Clássico natalino de Mariah Carey ultrapassa 2 bilhões de streams no Spotify

Certamente um dos grandes ícones das festas de fim de ano, a música “All I Want For Christmas Is You”, de Mariah Carey, ultrapassou a marca de 2 bilhões de streams na plataforma Spotify. A música foi gravada em agosto de 1994 e desde então é considerada um indicativo da chegada do período natalino. Frequentemente piadas sobre um “descongelamento” da música são vistas durante todo o ano nas redes sociais, até o período de dezembro, onde a música pode ser ouvida em diversas mídias fazendo referência ao Natal. O marco foi atingido nesta sexta-feira (13). 

Sucesso natalino

A música de Mariah Carey é um clássico atemporal. A música faz diversas referências aos clássicos natalinos de várias épocas, além de ter uma melodia nostálgica que cativa diversas gerações. A música também foi lançada quando temas natalinos estavam em falta, o que fez ela se tornar facilmente um hino de Natal.

O marketing da música também ocorre de uma maneira muito inteligente, com diversos shows e referências em produções de Hollywood, como séries e filmes com tema natalino. As redes sociais, como TikTok, também colaboraram para o sucesso se manter. Hoje boa parte dos vídeos que abordam o tema possuem alguma referência ou uso da música de Mariah Carey.


Música é sucesso desde os anos 90 (Foto: reprodução/X/@PopCrave)

A música aborda o desejo de ter alguma pessoa querida próxima no Natal, fazendo uso de uma melodia e letra que é fácil de decorar e ficar gravada na mente. Mesmo com mais de 30 anos desde o lançamento, a música não demonstra queda de popularidade, o que fica ainda mais evidenciado com o marco no Spotify, uma das principais plataformas de streaming de música.

Mariah Carey

Apesar dos números da música serem desconhecidos, Mariah Carey com certeza tem uma mina de ouro em mãos. Com o merchandising, patrocínios e licenciamento, é de se imaginar que todos os anos ele deva ganhar muitos dólares com a canção. A música também já foi relançada em outras versões, uma delas contando com a participação do cantor Justin Bieber.

“Ainda Estou Aqui” terá sessão especial e apresentação de Guillermo del Toro em Los Angeles

“Ainda Estou Aqui” já é considerada uma das maiores produções cinematográficas brasileiras. A campanha de divulgação do longa segue em vários lugares do Brasil e do mundo e agora chegou a vez de Los Angeles. No dia 7 de janeiro o filme será apresentado em uma sessão que será mediada por Guillermo del Toro. As expectativas sobre o sucesso da campanha para o Oscar 2025 aumentaram após as nomeações do longa para as premiações Globo de Ouro e Critics Choice Awards. As chances de o filme figurar na lista das 15 produções prováveis de serem indicadas para Melhor Filme Estrangeiro são altas. A lista será divulgada no dia 17 de dezembro.

Grande sucesso

“Ainda Estou Aqui” foi uma grande surpresa. O filme conta com nomes como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco, além da direção de Walter Salles.

A trajetória do sucesso começou com nomeações em grandes festivais de cinema. A produção ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, que é muito reconhecido no ramo. Nas premiações o filme foi ovacionado pela plateia.


Produção conta com grande elenco e direção de Walter Salles (Foto: reprodução/ X/ @jotauelleia)

O filme foi apresentado pela primeira vez no dia 1 de setembro, após o lançamento nacional pelo menos 2,5 milhões de pessoas já foram aos cinemas assistir, incluindo “Ainda Estou aqui” entre as maiores bilheterias brasileiras. A bilheteria já supera 53 milhões de reais. Nos últimos dias a produção ficou apenas atrás de “Moana 2” em audiência.

A história

“Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil da década de 70 e mostra o país governado pela ditadura militar. A história conta as memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. A família teve que enfrentar diversos desafios após o marido de Eunice ser levado pela Polícia Militar, desaparecendo. O longa segue em cartaz nos cinemas e é uma forte indicação nos principais sites de crítica especializada.

Pelo menos 218 pessoas foram mortas em conflito na Síria, afirma ONG

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ONG com sede no Reino Unido, afirmou nesta terça-feira (10), que pelo menos 218 pessoas foram mortas em um conflito na região, as mortes teriam ocorrido em um período de três dias. A disputa começou após grupos apoiados pela Turquia e curdos aproveitarem os resultados da ofensiva do grupo Hayet Tahrir al-Sham (HTS) contra o regime de Bashar al-Assad. O regime do então presidente sírio caiu após uma ofensiva apoiada pelas forças militares de Israel.

Temores

Com a queda do regime de Bashar al-Assad, há temores de que a Síria possa entrar em um período ainda mais tenso, uma vez que há diversas forças com interesse no território. O regime de Assad, que iniciou com o seu pai, Hafez al-Assad, começou em 2011 após a Primavera Árabe. Em seus últimos dias o regime apoiou o grupo Hezbollah, que está em conflito com as forças de Israel.


Forças de Israel destruíram equipamentos militares da Síria. (Foto: reprodução/ X/ @MonicaLaredo2)

O governo enfrentou diversas crises por conta de corrupção e falta de apoio popular, porém mantinha um grande poder e influência militar na região. Com o vácuo de poder, outros grupos na região iniciaram uma disputa pelo controle do território, o que tem causado destruição e mortes. Os combates estão concentrados nas regiões de Raqqa e Manbij.

As forças curdas, minoria étnica na região, têm se mostrado um dos principais aliados dos Estados Unidos na região, lutando sob a bandeira de Forças Democráticas Sírias. Após a queda do regime de forças extremistas, os curdos aproveitaram para aumentar suas áreas de influência na região.

Conflitos regionais

A região do Oriente Médio sofre com diversas disputas entre grupos extremistas ou políticos. Os combates se intensificaram após o início do conflito entre palestinos e israelenses, onde há o embate entre as forças de Israel e o grupo palestino Hamas. Nas últimas semanas a Síria foi atacada pelo menos 480 vezes pelas forças israelenses.

Tóquio lança semana de trabalho de 4 dias para combater envelhecimento da população

Tóquio, que é a principal região metropolitana do Japão, anunciou que a partir de abril de 2025 os trabalhadores poderão reduzir a jornada de trabalho para quatro dias. Outra medida anunciada é uma que permite a redução da jornada diária em até duas horas. As medidas têm como objetivo combater o envelhecimento populacional, um dos maiores problemas do Japão no século 21. O Japão tem enfrentado quedas constantes nas taxas de natalidade, isso em um país conhecido pelo foco nas carreiras profissionais.

Natalidade no Japão

Os japoneses são conhecidos por priorizarem as suas carreiras profissionais. Frequentemente as autoridades do país iniciam medidas com o objetivo de evitar mais quedas nas taxas de natalidade. Em junho de 2023, o governo japonês anunciou que investiria R$ 127,3 bilhões em projetos para aumentar a taxa de nascimentos no país. A problema da natalidade não é exclusivo do Japão.

Com as novas medidas, o governo de Tóquio espera que os cidadãos possam ter maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, tendo mais tempo para lazer e relacionamentos. O país também enfrenta problemas quanto as taxas de suicídios e depressão, algo que também pode estar relacionado a uma prioridade exagerada da carreira sobre o individual.


Japoneses priorizam a carreira profissional (Foto: reprodução/ X/ @tecture1)

O foco das novas medidas são as mulheres em idade fértil. A medida de redução de 2 horas da rotina diária de trabalho foi considerada como uma “licença parcial para cuidar dos filhos”.

“Empoderar as mulheres, um objetivo que tem ficado muito atrás no Japão em relação ao resto do mundo, é uma questão de longa data em nosso país”.

– Yuriko Koike, governadora de Tóquio

Crise demográfica

O Japão é uma das grandes potências asiáticas e tem enfrentado diversos desafios quanto ao envelhecimento populacional. Atualmente a população idosa do país está próxima dos 30%, o que agrava a situação em relação a mão de obra e gastos governamentais para a previdência. Além da crise demográfica, o país não incentiva a imigração de outras nacionalidades para aumento da força de trabalho.

Além das novas medidas, o governo japonês também promove o pagamento de uma bolsa mensal para as famílias até os 18 anos completos do filho e mais aberturas de creches. Além do Japão, outros países já implementaram ou estão discutindo a redução da jornada de trabalho.

ONU lança relatório e aponta que 5 bilhões de pessoas viverão em áreas áridas

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um relatório que descreve possíveis transformações globais até o final do século atual. O relatório é parte da programação da COP16 Riyadh, evento com foco no combate à desertificação e ocorre até o dia 13 de dezembro em Riyadh, Arábia Saudita. Conforme o relatório, até 2100 5 bilhões de pessoas viverão em regiões áridas. Com dados de 2020, esse número está próximo da metade atualmente.

Desertificação crescente

Pesquisas como o do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens e Satélites (Lapis), apontam que diversas regiões do planeta estão em processo de desertificação por conta das mudanças climáticas. O estudo do Lapis fala sobre o semiárido brasileiro, que até 2100 poderá se tornar árido. Outras regiões, como o Nordeste brasileiro, apresentam características semelhantes.

A emergência apontada pela ONU mostra que os países precisam criar medidas para conter esse avanço ou garantir que as populações afetadas tenham recursos para se adaptarem às mudanças. Fluxos maiores de migrações por conta do clima são esperados até o final do século, processo gradual que já está acontecendo.


UNCCD, evento da ONU da COP16 focado na desertificação, ocorre na Arábia Saudita. (Foto: reprodução/ X/ @Cop16Riyadh)

Também por conta das mudanças climáticas, por exemplo, a ilha de Tuvalu está em processo de ser completamente engolida pelo oceano, exigindo adaptação da população ou migração.

Com o processo de desertificação, existe a preocupação quanto a produção agrícola e pecuária das regiões afetadas, que ficarão improdutivas. O relatório da ONU considera dados dos últimos 30 anos para buscar entender os efeitos nas próximas décadas, tendência que pode acelerar ou desacelerar dependendo das medidas tomadas.

“As secas terminam. Quando o clima de uma área se torna mais seco, no entanto, a capacidade de retornar às condições anteriores é perdida. Os climas mais secos que agora afetam vastas terras ao redor do globo não retornarão a como eram e essa mudança está redefinindo a vida na Terra”.

– Analisa Ibrahim Thiaw, Secretário Executivo da UNCCD.

Medidas necessárias

Segundo o relatório, os países poderão buscar melhorias no monitoramento, melhoria no uso das terras e aumento na eficiência hídrica. As medidas poderão conter alguns efeitos, e permitir maior controle.

A publicação da ONU está no documento “The Global Threat of Drying Lands”, que foi publicado nesta segunda-feira (9).

Região de Nevada nos EUA é atingida por terremoto 5,6 de magnitude

Nesta segunda-feira (9), o U.S. Geological Survey, Serviço Geológico dos Estados Unidos, detectou um terremoto de magnitude 5,6 na região de Yerington, localizada no estado de Nevada. Após o registro do fenômeno, foram percebidas ondas de choque que atingiram o estado da Califórnia. A região já tinha registros de outras atividades sísmicas que antecederam o registro. Com a magnitude, não são esperados danos expressivos, porém a estrutura local pode ser prejudicada.

Efeitos

A região do estado de Nevada possui um histórico de tremores registrados em uma média de 3,0 a 4,5, porém já ouve registros de terremotos atingindo a magnitude 7. Isso ocorre, pois, a região possui diversas falhas geológicas, porém terremotos que ultrapassam 5,0 são relativamente incomuns.


Epicentro dos tremores foi na região de Yerington (Foto: reprodução/ X/ @JoelCalhoun98)

O terremoto desta segunda-feira (9) foi sentido em outros estados e na capital do estado, Las Vegas. A vibração causa também um alerta, embora de baixo grau, de tsunami. A possibilidade continua sob investigação.

Os tremores foram sentidos em prédios públicos e universidades. Pessoas que estavam no 17º andar do Regional Justice Center, no 8º distrito judicial em Las Vegas, sentiram os efeitos. Entre as regiões da Califórnia que também perceberam os tremores estão Sacramento e Stockton.

Até o momento não há o registro de danos ou graves problemas estruturais causados após os tremores, porém as autoridades estão em alerta. Após o terremoto, outras ondas de choque com escala menor, entre 3,0 e 4,0, foram sentidas em diversos locais nas proximidades do evento principal.

Fenômeno natural

Regiões do mundo que ficam próximas a falhas geológicas e encontros de placas tectônicas. A região da Califórnia já teve um filme produzido com esse tema “Terremoto: A Falha de San Andreas”, com direção de Brad Peyton. O filme aborda a falha de San Andreas, famosa na região por se estender por quase toda a costa oeste do país. Outra região conhecida por ser terremotos frequentes é o Japão.

As Crônicas de Nárnia, produção da Netflix, deve adaptar “O Sobrinho do Mago”

Um novo filme de As Crônicas de Nárnia está sendo produzido pela Netflix e possui direção de Greta Gerwig (Lady Bird e How I Met Your Father). Os rumores sobre a produção começaram em outubro de 2018, quando a empresa de streaming adquiriu os direitos dos livros clássicos escritos por C. S. Lewis. Nesta semana, o ator Jason Isaacs, que viveu Lucius Malfoy na franquia Harry Potter, revelou que a nova produção deve adaptar o livro “O Sobrinho do Mago”.

Prelúdio

O livro que será adaptado, O Sobrinho do Mago, conta uma história de antes do nascimento de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, protagonistas da adaptação de 2025 da Disney – As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. A franquia possui uma forte base de fãs e, atualmente, a trilogia de filmes supera 1 bilhão de dólares em bilheteria.

Ainda não há detalhes sobre a produção da Netflix até o momento, nem mesmo uma previsão de lançamento. As gravações estão previstas para serem iniciadas em 2025 e a produção pode levar pelo menos sete meses. Informações indicam que podem ser produzidos dois filmes. A expectativa é de que um deles possa adaptar O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, criando uma versão nova para a história adaptada pela Disney em 2005.


Disney adaptou As Crônicas de Nárnia em trilogia iniciada em 2005. (Foto: reprodução/ X/ @SeriesTWBZ)

Um dos atores escolhidos é Louis Partridge, que participou da franquia Enola Holmes. Ele ainda não teve o seu papel revelado.

O ator Jason Isaacs, conhecido pelo papel na franquia Harry Potter, apresentou empolgação quanto à nova produção.

“Eu amava tudo de Nárnia quando era criança. Quando Pedro me disse que não estaria de volta, eu entendi algo devastador sobre mortalidade”, disse o ator. “Eu peguei (O Sobrinho do Mago) porque Greta Gerwig está prestes a fazer o filme do livro, e mal posso esperar para ver”.

– Jason Isaacs

Falta de detalhes

A produção ainda está nos estágios iniciais e ainda não há muitos detalhes sobre a história ou elenco. Maiores detalhes devem ser relevados ao longo do ano de 2025, conforme a produção avançar. A expectativa dos fãs é de que o filme possa trazer detalhes dos livros, que ainda não foram apresentados nos cinemas.

Green Day, Pitty e outras atrações foram confirmadas para The Town 2025

A equipe do festival The Town anunciou nesta quarta-feira (4) diversas atrações para a edição de 2025 do evento. A edição ocorrerá entre os dias 6 e 14 de setembro e foram anunciadas as participações das bandas Green Day, Sex Pistols e os artistas Iggy Pop e Pitty. O evento, que ocorre em São Paulo, é organizado pelos mesmos produtores do Rock in Rio. As atrações anunciadas estão marcadas para o dia 7 de setembro.

Grandes atrações

O evento irá ocorrer na Cidade da Música, que será montada no autódromo de Interlagos. A primeira grande atração anunciada, que ocorrerá no dia 14 de setembro, foi a cantora Katy Perry. Ela esteve no Brasil em 2024 quando participou do Rock in Rio, na ocasião ela elogiou o público dizendo que foi o mais alto que já ouviu. Katy Perry também aproveitou a passagem pelo Brasil para fazer o anúncio do álbum “143”, o que foi considerado um presente para os fãs brasileiros.


Pitty é uma das atrações confirmadas para o The Town 2025. (Foto: reprodução/ X/ @thetownfestival)

A primeira edição do The Town ocorreu em 2023, quando houve a participação de grandes nomes da música como Demi Lovato, Post Malone, Bruno Mars, Maroon 5 e Foo Fighters.

Desde então o Brasil tem atraído diversos artistas internacionais que fizeram shows, como Madonna, Bruno Mars, Taylor Swift, The Weeknd, além da confirmação da vinda de Lady Gaga para um show em Copacabana, em maio de 2025.

“Definitivamente, um dia pra celebrar a essência do rock em suas diversas vertentes. E se eu disser que esse line-up está só começando”

– Página oficial do The Town

Reações

O anúncio das atrações gerou reações positivas nas redes sociais, diversas reações de comemoração e memes foram postadas nos comentários do post oficial, tanto no Instagram, quanto no X, antigo Twitter. A data escolhida, 7 de setembro, também foi alvo de elogios. Por conta do feriado nacional, a escolha permite que mais pessoas possam presenciar.

Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul, revoga lei marcial após pressão do parlamento

Nesta terça-feira (3), Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, havia decretado lei marcial com a justificativa de proteger o país de ações pró-Coreia do Norte. Após o anúncio da medida, houve um grande movimento de parlamentares e da sociedade contra a imposição. A Assembleia Nacional realizou uma sessão de emergência onde considerou o ato inconstitucional e inválido. Após as reações, seis horas após o decreto, Yoon Suk Yeol realizou um pronunciamento onde diz ter revogado a medida.

Motivações para a medida

Membros da oposição ao governo acreditam que a medida foi tomada com o objetivo de permitir que o presidente tenha controle total da Assembleia Nacional, onde atualmente as forças opositoras possuem participação relevante.


As forças armadas sul-coreanas chegaram a ser mobilizadas, de acordo com relatos (Foto: reprodução/ X/ @TretaNewsBR)

De acordo com o presidente, a razão do decreto seria a suposta presença de apoiadores e de infiltrados favoráveis ao regime da Coreia do Norte. A lei marcial serviria para evitar a influência do regime contra o qual a Coreia do Sul está tecnicamente em guerra desde os anos 1950.

A medida recebeu forte pressão contrária, incluindo de aliados do governo e membros do partido de Yoon Suk Yeol. Após a lei marcial ser considerada inválida, a Assembleia Nacional começou a pressionar o presidente para que a seja revogado o decreto.

Desdobramentos

As ações do presidente sul-coreano pegaram de surpresa diversas lideranças. A Coreia do Sul é historicamente um aliado forte dos Estados Unidos e da OTAN. O vice-secretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell, chegou a declarar que o governo americano está observando o cenário com bastante preocupação. Ainda de acordo com o vice-secretário, a situação seria o momento mais crítico da política sul-coreana desde a década de 1980.


Governo sul-coreano tem atravessado crises de popularidade (Foto: reprodução/ X/ @choquei)

O governo de Yoon Suk Yeol tem sido considerado impopular. O atual presidente foi eleito por uma margem apertada de aproximadamente 1% em relação ao adversário. Ele ganhou notoriedade após atuar como promotor e lidar com casos relevantes na carreira. O governo, que foi eleito em 2022, tem atravessado crises e acusações de corrupção.

Coreia do Sul tem onda de protestos, após presidente decretar lei marcial

Nesta terça-feira (3), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial para conter o que chamou de “elementos pró-Coreia do Norte”. O objetivo do presidente seria de usar do aparato para realizar ações contra apoiadores do regime norte-coreano no país. Yoon Suk-yeol acusou a oposição de estar alinhada com a Coreia do Norte, com objetivo de inviabilizar o seu governo. Uma onda de protestos com a participação de milhares de pessoas foi percebida, após o anúncio do decreto.

Medida inesperada

Antes do decreto, o presidente Yoon Suk-yeol já vinha tendo alguns embates com a oposição ao governo. Após a rejeição a uma proposta de orçamento do governo e moções de impeachment contra promotores, o presidente realizou críticas severas. Ele mesmo também havia sido promotor antes da presidência.

A medida foi anunciada como uma tentativa de conter o apoio à Coreia do Norte, porém membros da oposição acreditam que a medida, na verdade, teria o objetivo de permitir que Yoon Suk Yeol tenha controle total da Assembleia Nacional.


Pronunciamento durante Assembleia Nacional da Coreia do Sul, considerando o decreto como inválido (Foto: reprodução/ X/ @updatechart)

O apoio à decisão não foi unânime, nem entre os membros da base aliada e nem no partido de Yoon Suk Yeol. Mesmo com a presença das forças especiais da polícia para conter os manifestantes que estavam em frente à Assembleia Nacional, os deputados conseguiram realizar uma sessão de emergência, na qual consideraram o decreto como inválido. De acordo com o líder da oposição, Lee Jae-Myung, quem seguir o decreto, descumprirá a lei da Coreia do Sul.

O presidente realizou um pronunciamento inesperado para a população, quando anunciou o decreto.

“Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”.

– Yoon Suk-yeol

Lei marcial

Lei marcial é uma determinação, em que o chefe de Estado suspende todas as leis democráticas de um país por leis militares. Todos os direitos e garantias estabelecidos em um regime democrático deixam de ter validade, enquanto durar a determinação.

A lei marcial também prevê maior autoridade para as forças armadas, que passam a tomar decisões em nome do país, havendo também a suspensão das instituições democráticas e do Congresso.