O furacão Melissa atingiu o Caribe nesta semana, deixando pelo menos 30 mortos e milhares de desabrigados. Classificado como um dos fenômenos mais fortes do Atlântico nos últimos 150 anos, o Melissa provocou grande destruição na Jamaica, em Cuba e nas Bahamas, com ventos que chegaram a quase 300 km/h e chuvas torrenciais.
As autoridades locais enfrentam dificuldades para contabilizar as vítimas e acessar áreas isoladas, especialmente na Jamaica, onde o primeiro-ministro Andrew Holness declarou estado de calamidade pública.
O impacto na região
O Melissa se formou rapidamente, passando de uma tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em menos de 48 horas. No auge de sua intensidade, chegou a ventos sustentados de 298 km/h — igualando recordes históricos de potência no Atlântico.
Na terça-feira (28), a tempestade atingiu a Jamaica em sua categoria máxima, provocando destruição em comunidades inteiras, quedas de energia e inundações severas. De acordo com o governo jamaicano, cerca de 77% do país ficou sem eletricidade, e mais de 140 mil pessoas ficaram isoladas após a passagem do ciclone.
Governo da Jamaica lança site oficial para coordenar doações e apoio após furacão (Vídeo: reprodução/Instagram/@andrewholnessjm)
Cuba e Bahamas também sentiram os efeitos do furacão. Em Cuba, mais de 735 mil moradores precisaram deixar áreas de risco, enquanto nas Bahamas, voos foram suspensos e quase 1.500 pessoas foram retiradas de regiões vulneráveis. No Haiti, a situação foi ainda mais trágica: 23 mortes foram confirmadas, incluindo 10 crianças, após o transbordamento de um rio em Petit-Goâve.
Esforços internacionais e reconstrução
Com o furacão agora seguindo em direção às Bermudas, os países atingidos iniciaram operações de busca e resgate. Forças internacionais se mobilizaram rapidamente. O Reino Unido destinou 2,5 milhões de libras em ajuda humanitária, e os Estados Unidos enviaram uma força-tarefa para apoiar as operações de socorro.
De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, equipes especializadas em busca e resgate urbano foram enviadas ao Caribe para auxiliar as comunidades mais afetadas. A China também anunciou o envio de centenas de kits de suprimentos para Cuba.
Enquanto os esforços de recuperação continuam, a Organização Meteorológica Mundial classificou o furacão Melissa como “a tempestade do século” para o Caribe, um alerta sombrio sobre o aumento da frequência e da intensidade desses fenômenos climáticos na região.
