Vidal é apresentado no Flamengo, realiza um sonho e se mostra animado

Nesta segunda-feira (18), o Flamengo apresentou o volante chileno Arturo Vidal, de 35 anos, que assinou contrato até o fim de 2023. Agora, o jogador inicia efetivamente sua relação com o clube, mas o namoro entre atleta e o rubro-negro através de declarações pelas redes sociais já não é de hoje, durava há muito tempo.

O nome de Vidal já até entrou no BID (Boletim Informativo Diário da CBF) e assim ele fica regularizado e apto a fazer sua estreia pelo Flamengo. Em entrevista coletiva de apresentação ele afirmou que seu grande objetivo é a conquista da Libertadores e tratou o clube da Gávea como “a melhor equipe da América do Sul”. “Esse é meu primeiro sonho [ganhar a Libertadores] Estou aqui no Flamengo para isso” – declarou.

Após a vitória do Flamengo contra o Coritiba, no último sábado (16), Dorival Jr. foi perguntado sobre a chance de relacionar Vidal contra o Juventude, próximo compromisso do time nesta quarta-feira (20) e o técnico disse que ainda é cedo para colocar o chileno em campo, já que ele terá que passar por algumas etapas para poder entrar em campo.

Em sua apresentação, Vidal revelou que seu sonho de defender o Flamengo começou depois de conversas com os brasileiros Renato Augusto e Rafinha, no Bayer Leverkusen e Bayern de Munique, respectivamente. Revelado pelo Colo-Colo (Chile), o jogador se transferiu em 2007 para a Europa, onde atuou por 15 anos. Seu primeiro clube no Velho continente foi o Bayer Leverkusen (Alemanha); depois passou por: Juventus (Itália), Bayern de Munique (Alemanha), Barcelona (Espanha) e Internazionale (Itália), antes de chegar ao futebol brasileiro. Por lá conquistou nove títulos nacionais, sendo: cinco italianos, três alemães e um espanhol, além de outros nove títulos entre copas e “supertaças” nacionais. Na última temporada (2021/22) pela Inter de Milão atuou em 41 jogos, marcou apenas 2 gols e deu 4 assistências para companheiros.


Arturo Vidal utilizará a camisa 32 no Flamengo. (Foto: Reprodução/Twitter)


Entrevista completa

  1. Onde mais gosta de jogar? – “Me sinto cômodo nas três [posições do meio de campo]. Joguei mais pela direita. Mas não tenho problema com a posição. Estou bem fisicamente, sei que falta um pouco para chegar no ritmo dos companheiros. Vamos passo a passo”.
  2. Momento mais feliz da minha carreira” – “Estou muito feliz no Rio, era um sonho. Falta um pouco para ser mais feliz, entrando no gramado com a camisa do Flamengo. Acredito que vá ser o momento mais feliz da minha carreira”.
  3. Comparação futebol europeu x futebol sul-americano: “Futebol europeu é mais físico., mas quando entrar em campo vou conseguir responder melhor a essa pergunta. Tecnicamente, aqui são melhores do que na Europa”.
  4. Origem do sonho de jogar no Flamengo: “Quem primeiro começou a me contar sobre o Flamengo foi o Renato Augusto no [Bayer] Leverkusen, em 2008 ou 2009. Falava sobre a torcida fanática. No Bayern [de Munique], com Rafinha, foi uma loucura”.
  5. Primeira impressão da torcida no Maracanã: “Na verdade, acho que foi uma das coisas mais lindas que já me aconteceram no futebol. Quando entrei no campo e a torcida começou a gritar meu nome sem nunca ter jogado aqui. Achei que ia chorar. Não consegui acreditar no que estava acontecendo”.
  6. Chegada ao elenco: “Tenho três dias treinando, conhecendo a equipe, com alguns eu joguei contra. Uma equipe forte, ganhadora, que mostrou isso no último jogo. A impressão é a melhor que tenho”.
  7. Melhor equipe da América do Sul” – “Faz muito tempo que queria jogar no Flamengo. A melhor equipe da América do Sul. Para seguir ganhando na minha carreira, tinha que ser aqui”.
  8. Estilo de jogo: “Minha forma de jogar é sempre no limite, mas respeitando o adversário. Não creio que vá ser mais polemico. Espero que não haja nenhum problema, expulsão nem nada. Espero me adaptar o mais rapidamente possível. É muito mais fácil quando se tem qualidade para isso.”
  9. Quando poderá estrear? – “O treinador claramente é quem sabe estou me preparando, quando ele achar que estou bem. Estou treinando com a equipe, não é fácil entrar. Venho de um mês e meio de férias, e na América do Sul seguem jogando. Mais difícil entrar jogando”.
  10. Convidou Alexis Sánchez? – “Alexis tem a vida dele. Não falei nada”.

Foto Destaque: Arturo Vidal sorri na entrevista coletiva de apresentação no Flamengo. (Foto: Reprodução/Twitter)

CBF admite ao Palmeiras erro em protocolo do VAR; clube pede que linha seja traçada

Nesta segunda-feira (18), o Palmeiras enviou um novo ofício à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) onde solicita que a entidade trace a linha de impedimento na origem da jogada que gerou o gol do São Paulo no clássico da última quinta-feira (14) em partida válida pela rodada de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, edição 2022.

O pedido veio a partir da resposta da confederação, que após o recebimento e análise do primeiro ofício do clube alviverde admitiu ter havido um erro no protocolo do VAR (Video Assistance Referee – árbitro de vídeo), ao não traçar a linha de impedimento para verificar se a posição do centroavante são-paulino, Jonathan Calleri, era regular ou não (irregular) no início do lance que originou no pênalti tricolor, que decretou o 2 x 1 no tempo normal e a necessidade de penalidades máximas para conhecer o vencedor do confronto.

O Verdão havia encaminhado um primeiro ofício logo após a realização do clássico e agora enviou este novo documento visando a transferência completa do lance e o desenvolvimento para a melhoria do futebol brasileiro. O clube se mostrou indignado com a conversa entre o árbitro de campo, Leandro Pedro Vuaden, e a equipe do vídeo; questionando no primeiro ofício à CBF a posição do argentino camisa 9, a disputa entre o mesmo e o zagueiro Gustavo Gómez dentro da área palmeirense, e um pênalti em Dudu ainda no primeiro tempo, que o Var não entendeu como necessária e, por isso, não recomendou a análise da imagem no monitor à beira do gramado.


O lance polêmico: CBF indica que VAR deveria ter checado possível impedimento de Calleri em Palmeiras x São Paulo. (Foto: Reprodução/GE)


A CBF respondeu que no lance a favor do Verdão, o camisa 7 dobrou os joelhos e por isto não foi pênalti. Sobre a marcação a favor do São Paulo, a entidade sustenta que a infração aconteceu, e o contato com Calleri em Gómez não foi suficiente para ser marcada falta no capitão palmeirense.

Na primeira explicação ao Palmeiras, a CBF diz que os árbitros que erraram no protocolo do VAR do Choque-Rei foram mandados ao Programa de Assistência ao Desempenho da Arbitragem (Pada). São eles, os árbitros de vídeo: Emerson de Almeida Ferreira e Marcus Vinícius Gomes, que trabalharam no jogo entre Palmeiras x São Paulo no Allianz Parque, pela Copa do Brasil e que, inclusive foram retirados pela CBF da escala da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro (Brasileirão).   

Apesar das justificativas da CBF, o clima no Palmeiras segue de revolta por um erro que eles entendem como grave num jogo decisivo. Já no domingo (17), Rogério Ceni, técnico do São Paulo, também falou que a CBF deveria mostrar se seu jogador estava impedido. Ao apresentar o vídeo com a conversa do VAR sobre o lance, a entidade já havia indicado o erro por não ter sido traçada a linha.

 

Foto Destaque: Palmeiras x São Paulo, o clássico paulista chamdo de “Choque-Rei”. (Foto: Reprodução/ABC Repórter) 

Russell revela que foi encurralado por contrato na Williams

Uma das maiores campeãs da Fórmula 1 com nove títulos, a Williams foi de terceira forca do campeonato na era dos motores híbridos em 2014 à laterna do Mundial de 2018 a 2020. E, a situação foi particularmente difícil para George Russell, atualmente na Mercedes, mas que estreou na principal categoria do automobilismo pelo time britânico, em 2018.  Ele revelou que não pode adiantar sua promoção por conta do declínio da ex-equipe.

“Quando assinamos com a Wiliams em 2018, era uma equipe que havia conquistado pódios, terminado em terceiro e quinto no campeonato, e então teve um ano muito ruim. Mas pensamos que poderiam se recuperar, então concordamos que seria bom passar três anos lutando por pontos, talvez pódios. Só que três anos pilotando sozinho no fundo do grid foi muito. Infelizmente, Claire [Wiliams, ex-chefe] fez um bom trabalho nas negociações do contrato e não havia saída para mim” – disse.

O britânico fez parte da Academia de Pilotos da Mercedes e foi campeão na base da F1 ao passar pela GP3 (atual Fórmula 30 e Fórmula 2 nas temporadas de estreia em cada campeonato. Ele estreou na Fórmula 1 em 2019 como colega de equipe do polonês Robert Kubica; foi o veterano que conquistou o GP da Alemanha, o único ponto do time então sob comando de Claire Wiliams, filha do fundador da equipe, Frank Wiliams.

Na temporada seguinte (2020), com a saída de Kubica e a chegada do novato canadense Nicholas Latifi, Russell assumiu o posto de principal piloto da equipe. Em dezembro, até se destacou ao surgir na briga pela pole position e a vitória do GP do Sakhir (Bahrein), quando substituiu Lewis Hamilton na Mercedes quando o hepta campeão contraiu coronavírus (COVID-19) pela primeira vez.


George Russell foi o 2º colocado no GP da Bélgica 2021, em Spa-Francochamps; este foi o primeiro pódio da Williams desde 2017 e o primeiro do britânico na F1. 


Em 2021, o jovem faria sua última temporada com a Williams, agora sob nova gestão; de propriedade da empresa de investimentos Dorilton Media e tendo o ex-diretor de automobilismo da Volkswagen, Jost Capito, como chefe. No entanto, além de estar preso ao time por contrato, Russell ainda correu o risco de ficar sem assento para a temporada, sendo substituído pelo dinamarquês Kevin Magnussen, que estava deixando a F1 na época.

“Eu estava em contato com a Williams. No entanto, seria como voltar no tempo; eu teria que encontrar mitos patrocinadores ou dar a eles um bom cheque. A Williams me viu como um possível substituto para George Russell. A resposta veio de cara: ‘Que tipo de equipe é essa?’. Abandonar George Russell e manter Nicholas Latifi seria ridículo, pura idiotice. George Russell é um megatalento que venceu tanto a GP3 quanto a Fórmula 2 em sua primeira temporada naquelas categorias, e não deveria deixar a F1” – revelou o atual piloto da Haas em sua autobiografia, que fora lançada em 2021.

Apesar do impasse com a Williams, Russell falou sobre a importância do apoio dado a ele pela Mercedes, chefiada por Toto Wolff: “Toto sempre me dizia ‘apenas continue fazendo o seu trabalho na pista e logo estará no carro’. E aí tivemos o GP do Sakhir em 2020. Acho que sempre acreditaram em mim. E isso é algo que me sinto tao sortudo por ter tido, porque eles nunca estão tentando me colocar numa posição para me testar e ver se vou falhar. Eles querem me ajudar a crescer, garantir que3 eu alcance meu potencial”.  

Mas, valeu a pena a espera. Atualmente, George Russell faz sua primeira temporada na Mercedes ao lado do compatriota, Lewis Hamilton, e vem anotando resultados melhores que os do heptacampeão mundial, apesar das limitações do carro da equipe alemã neste ano. Um dos pilotos mais regulares do grid em 2022, com 24 anos ele ocupa o 5º lugar no campeonato de pilotos, uma posição a frente do colega, e conquistou três pódios em 11 corridas completadas – são 12 no total até o momento na temporada.

“Quando olho para trás, acredito que ingressar na Mercedes no ano passado ou mesmo em 2020 teria sido incrivelmente difícil, por ter que enfrentar Lewis quando o carro evoluiu para se adequar ao seu estilo de pilotar ao longo de tantos anos, era o bebê dele. Agora é como uma folha em branco para todos, todo mundo está começando do zero, então esse provavelmente era o momento certo” – avaliou.

 

Foto Destaque: George Russell, piloto da Mercedes, no GP da Áustria 2022. (Foto: Reprodução/GE) 

Tatiana Weston-Webb vence em J-Bay e assume o 3º na WSL

Nesta sexta-feira (15), a brasileira Tatiana Weston-Webb venceu a penúltima etapa da Liga Mundial de Surfe, a WSL (World Surf League), disputada em Jeffreys Bay (J-Bay), na África do Sul.

Tati, como é também conhecida, encarou a australiana Tyler Wright na final e garantiu o título ao somar 17.50 contra 15.67 da rival. Com a vitória, ela também assumiu o 3º lugar do ranking mundial, conseguindo assim se estabelecer entre as cinco primeiras que vão para as finais da WSL (WSL Finals) em setembro, que será realizada em Trestles, na Califórnia (EUA). A gaúcha não escondeu a felicidade quando soube de sua nova colocação no campeonato: “Uau, é sério? Terceiro lugar é um grande feito. Eu estou muito feliz e muito feliz de poder ser uma surfista profissional”.

Com a vitória em J-Bay, ela se torna a única mulher a vencer duas etapas nesta atual temporada e conseguiu tal feito pela primeira vez na sua carreira. A brasileira também venceu a etapa de Peniche, em Portugal. Outro feito histórico foi que Tati teve ainda duas notas acima do critério “excelente” no Mundial de Surfe. Ela somou um 8.5 e um 9.0 – a maior nota feminina na competição.  

Na final, Tatiana soube bem administrar a vantagem que conseguiu logo no início da bateria. Já sua adversária, Tyler Wright, teve duas grandes ondas de 8.17 e 7.50, mas não conseguiu virar e superar a brasileira. “Levei muita onda na cabeça, mas valeu a pena. Eu queria agradecer o apoio de todo mundo. Eu estou muito feliz!” – declarou após sair do mar.


Os campeões, Ethan Ewing e Tatiana Weston-Webb, com seus respectivos troféus. (Foto: Reprodução/GE) 


No masculino, a vitória ficou com o australiano Ethan Ewing que venceu o compatriota, Jack Robinson – 16.80 contra 16.30. Esta foi sua primeira vitória na temporada e, com o resultado, ele ultrapassou o campeão olímpico, Ítalo Ferreira, no ranking mundial. Entre os brasileiros o mais bem colocado foi Yago Dora, que caiu para o campeão da etapa. Já o potiguar perdeu de virada para o japonês, Kanoa Igarashi, nas quartas de final. Ítalo sentiu fortes dores na lombar e saiu carregado da praia para o posto médico assim que terminou a bateria; foi derrotado por apenas 0.43. Samuel Pupo também caiu nas quartas de final para o outro finalista da etapa, Jack Robinson.

 

Foto Destaque: Tatiana Weston-Webb comemora resultado na etapa de J-Bay (África do Sul). (Foto: Reprodução/GE) 

Hamilton cita nova onda de COVID e volta a usar máscaras na F1

Embora o uso de máscaras não seja mais obrigatório para frequentar o paddock da Fórmula 1, no último GP da Áustria, Lewis Hamilton foi visto utilizando o equipamento de proteção, antes e após a corrida. Uma cena que seria comum em 2020 e 2021, mas não este ano (2022) que passou a ser raridade desde que a FIA retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras.

Antes mesmo do último final de semana em Spielberg (Áustria), a cena já tinha sido vista na corrida anterior, em casa – Silverstone (Inglaterra), quando o heptacampeão mundial voltou a utilizá-las, voluntariamente, nas duas últimas corridas da temporada. Até agora de maneira isolada, o britânico atribuiu a readoção das máscaras para proteção em coletivas e eventos à alta de casos de coronavírus nos seus círculos sociais próximos.

“Acabei de notar que muitas pessoas ao meu redor estão ficando, doentes e definitivamente não querem ficar novamente. Já experimentei duas vezes. Mas só noto muitas pessoas ao meu redor, muitos dos meus amigos me mandando mensagens dizendo que estão com COVID, e alguns deles são muito piores que outros”, explicou Hamilton. 

Um exemplo é o engenheiro de corrida de Hamilton, Peter Bonnington, que inclusive não esteve presente no Circuito de Red Bull Ring, em Spielberg, no último fim de semana e trabalhou de casa; a equipe Mercedes não confirmou o caso positivo, mas o piloto – que foi orientado na etapa pelo engenheiro de desempenho, Marcus Dudley – citou Bono ao dar detalhes sobre sua decisão: “Eu não tive Bono comigo neste fim de semana. Ninguém está usando máscara, então definitivamente estou usando a minha. Eu espero que as pessoas façam o que elas realmente querem fazer e isso é a sua saúde no fim das contas” – disse. “Eu quero ir para casa saudável. Eu quero ser capaz de me levantar e treinar e fazer as coisas que eu amo fazer. E eu tento, se posso, manter as pessoas que amo ao meu redor também seguras quando posso, quando estou perto delas”, finalizou.


De máscara, Lewis Hamilton circula pelo paddock da Fórmula 1. (Foto: Reprodução/Estadão)


Em uma das vezes em que se infectou com o coronavírus, Lewis Hamilton ficou fora do GP do Sakhir (Bahrein) de 2020. Para o seu lugar, a Mercedes teve seu atual companheiro de equipe, George Russell, então piloto reserva do time alemão, mas que à época pilotava pela Williams. O jovem conterrâneo liderou boa parte da prova, mas por um erro da própria Mercedes e um pneu furado, terminou a corrida em 9º lugar. Na ocasião, o vencedor da prova foi Sergio Perez, então piloto da Racing Point – atual Aston Martim. Hoje na RBR, o mexicano chegou a estar em 18º, mas fez uma corrida de recuperação e conquistou sua primeira vitória na categoria. Já pela equipe austríaca, Checo teve mais duas vitórias – GP Azerbaijão (Baku) 2021 e GP Monaco 2022 – sendo o maior vencedor do seu país na Fórmula 1.

Neste ano, em 2022, Lewis Hamilton também já disse ter se sentido desconfortável durante uma reunião de pilotos para o GP da Austrália (Melbourne) quando muitas das pessoas que estavam presentes optaram por não utilizar máscaras. A F1 retorna as atividades no próximo final de semana (22 a 24 de julho) para o GP da França, no Circuito de Paul-Ricard, em Le Castellet.

 

Foto Destaque: De máscara, Lewis Hamilton circula pelo paddock da Fórmula 1. (Foto: Reprodução/GE) 

Justiça acata ação contra Piquet e pede indenização milionária por falas preconceituosas contra Hamilton

Nesta segunda-feira (11), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal recebeu e aceitou a ação civil pública contra Nelson Piquet pelos comentários racistas e homofóbicos contra Lewis Hamilton. O documento foi protocolado por quatro entidades, que pedem uma indenização no valor de R$ 10 milhões ao tricampeão de Fórmula 1. O ex-piloto brasileiro tem agora 15 dias para apresentar uma contestação.

A ação foi realizada pela Educafro (entidade responsável por promover a inclusão de negros nas universidades públicas e particulares), o Centro Santo Dias (órgão de defesa dos direitos humanos), a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas (ABRAFH). As entidades citam “reparação de dano moral coletivo e dano social atingidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro de modo geral”.

Estamos positivamente surpresos. Até então, a Justiça aceitava apenas uma ação por danos coletivos contra empresa, e não contra uma pessoa apenas. É uma inovação muito grande, que vai abrir um debate muito importante no país”, declarou Frei David Santos, porta-voz do Educafro.

Nelson Piquet causou polêmica ao chamar Lewis Hamilton de “neguinho” durante uma entrevista realizada em novembro do ano passado (2021), mas que viralizou nas redes sociais somente na última semana. Ele fez um comentário homofóbico contra o britânico para justificar a perda do título de 2016 para o alemão Nico Rosberg. Segundo a BBC, a F1 o baniu dos paddocks da categoria.


A declaração de Nelson Piquet foi mais um episódio controverso do ex-piloto e tricampeão. (Foto: Reprodução/Estadão)


A Educafro espera que o caso se resolva por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que pode ser aplicado com ou sem a condução do Ministério Público. Na petição, a entidade pede ainda que Nelson Piquet seja obrigado a publicar em nota um pedido público de desculpas e pague uma multa no valor de R$100 mil caso volte a fazer declarações racistas ou homofóbicas. “Esperamos que ele [Piquet] e sua equipe tenham tranquilidade para tirarmos a ação do juiz e que tenhamos uma conversa bastante madura e responsável. Nosso foco é a construção do respeito e da equidade”, completou o porta-voz.

Ainda segundo ele, o caso também está sendo levado para uma entidade de juristas negros dos EUA, com nome ainda em sigilo, para que um segundo processo seja aberto também naquele país. O valor da indenização seria usado na abertura de editais para órgãos defensores de pautas do movimento negro e LGBT+.

 

Foto Destaque: Montagem com Nelson Piquet (a esquerda) e Lewis Hamilton (a direita). (Foto: Reprodução/Carta Capital)

Di María é apresentado na Juventus: “O clube mais importante e vencedor da Itália”

Nesta segunda-feira (11), a Juventus apresentou oficialmente Ángel Di María. O novo camisa 22 da Vecchia Signora que fora anunciado na última sexta-feira (8) concedeu sua primeira entrevista coletiva no novo clube e explicou os motivos da transferência para Itália.

Depois 7 anos e de conquistar títulos com o Paris Saint-Germain (França), o argentino deseja continuar levantando troféus com a Juve: “Escolhi a Juventus porque é o clube mais importante e vencedor da Itália e tem todas as cartas na manga para poder ganhar vários títulos. Sei que é um time forte e quero fazer parte dessa equipe” – disse.


Di María usará a camisa 22 na Juventus. (Foto: Reprodução/Twitter)


Em novembro acontecerá a Copa do Mundo do Catar e Di María não esconde a vontade de defender a Argentina. Mas mesmo com o Mundial cada vez mais perto, o jogador de 34 anos afirmou que mantém a cabeça no presente e nas atividades a serem realizadas pelo novo clube.  

“A Copa do Mundo é um evento extraordinário para qualquer jogador, uma honra poder participar. No entanto minha cabeça está voltada apenas para a Juve porque antes do Mundial teremos muitos jogos e competições” – afirmou.

Ángel Di María chega à Juventus com contrato de um ano, ou uma temporada, segundo a imprensa europeia. Na pré-temporada, os Bianconeri tem dois amistosos marcados contra Barcelona e Real Madrid, nos dias 26 e 30 de julho, respectivamente. Já a estreia na Seria A (Campeonato Italiano) está marcada para o dia 15 de agosto, em casa, no Allianz Stadium, em Turim, contra o Sassuolo.

 

Foto Destaque: Ángel Di María posa no Allianz Stadium, casa da Juventus, seu novo clube. (Foto: Reprodução/Twitter)

Djokovic a Kyrgios: “Nunca pensei que diria tantas coisas boas sobre você”

 A relação entre Novak Djokovic e Nick Kyrgios nunca foi das melhores. Na verdade, é difícil dizer com quem o australiano ainda não arrumou confusão no circuito mundial de tênis, considerando atletas, árbitros, boleiros e torcedores. Mas, parece que isto tem começado a mudar após a final entre eles que decidiu o campeão de Wimbledon, edição 2022.

No domingo (10), após perder a final do mais tradicional torneio da modalidade em sua primeira aparição numa decisão de Grand Slam, Kyrgios ouviu muitos elogios do rival em uma entrevista bem-humorada e divertida que até arrancou risadas de quem estava presente na quadra central do All England Club: “Nick, você vai voltar aqui. É difícil encontrar palavras de consolação num momento difícil como este. Você merece estar entre os melhores do mundo neste piso. Parabéns a você e ao seu time. Eu desejo a você tudo de melhor. Eu realmente respeito muito você. Você é um tenista fenomenal, um talento incrível. As coisas estão se acertando para você e tenho certeza de que veremos você cada vez mais na reta final dos Grand Slams. Nunca pensei que diria tantas coisas boas sobre você considerando a nossa relação. É oficialmente um bromance (risos)” – é uma expressão da língua inglesa utilizada para designar um relacionamento íntimo, não sexual e romântico, entre dois homens, uma forma de intimidade homossocial. Em outras palavras, uma amizade muito forte entre dois homens –, disse o sérvio após conquistar seu sétimo título na grama de Londres e seu 21º “Majors’ da carreira.

Antes da decisão do último domingo, os tenistas haviam trocado algumas mensagens pelas redes sociais. Eles apostaram que quem vencesse a partida pagaria o jantar. E, não deu outra, esta revelação gerou uma resposta no pós-jogo que, por sua vez, criou outra piada instantânea: “Por isso ele perdeu. Quem sabe esse não é o início de uma relação maravilhosa entre nós dois”, completou Djokovic.  


Nick Kyrgios reclama durante a decisão de Wimbledon 2022. (Foto: Reprodução/GE) 


As tretas de Nick Kyrgios

 

Considerado o bad boy do tênis, o australiano se envolveu em inúmeras polemicas nos últimos anos. Desde críticas a outros tenistas, ofensas a árbitros e torcedores, raquetes quebradas ou arremessadas que já, inclusive, atingiram pessoas (boleiros), multas, acusação de fazer “corpo mole” durante jogos e, fora de quadra, até uma acusação de agressão por parte de uma ex-namorada.

Dentre as muitas confusões está uma de 2019, quando em entrevista ao jornalista Ben Rothenberg (New York Times), ele falou sobre sua relação com os tenistas do Big Four (Andy Murray, Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer), onde não poupou o sérvio: “Eu só sinto que ele tem uma obsessão doentia em querer ser amado. Ele quer ser como Roger [Federer]. Para mim, pessoalmente, eu não ligo… ele quer ser tão amado que eu não consigo aguentar. Tipo, as celebrações dele são tão constrangedoras… ele é um dos maiores que a gente já viu. Honestamente, acho que ele vai passar Federer no número de Grand Slams. Não interessa quantos Grand Slams ele ganhe, ele nunca será o maior de todos os tempos para mim” – disse à época.

Também, Kyrgios já chamou Djokovic de “idiota” nas redes sociais. Mas, o sérvio não costuma responder às provocações. Por outro lado, em janeiro deste ano, o australiano foi um dos poucos colegas de profissão a sair em defesa do ex-número 1 do mundo durante o episodio do banimento de Djokovic da Australia por não ter se vacinado contra a COVID, o que o impediu de disputar o Australian Open – primeiro Grand Slam da temporada – e, se nada mudar, deve se repetir agora no último, o US Open que acontece em Nova York (EUA) entre os dias 29 de agosto e 11 de setembro. Um caso de amor e ódio entre os atletas.

 

Foto Destaque: Novak Djokovic e Nick Kyrgios posam juntos antes da Final de Wimbledon, edição 2022. (Foto: Reprodução/GE) 

Wimbledon: Nadal desiste de semifinal e após nova lesão volta a falar de aposentadoria; Djokovic vence e vai a final

Na quinta-feira (7), o tenista Rafael Nadal desistiu da semifinal de Wimbledon por conta de uma lesão no músculo abdominal. Com isso, Nick Kyrgios avançou diretamente à decisão; esta é a primeira vez na carreira que o australiano fará uma final de Grand Slam.

O espanhol entrou em quadra para as quartas de final contra Taylor Fritz (EUA) já com o problema e precisou de atendimento durante a partida. Apesar das dores fortes, relatadas por ele, venceu o jogo por 3 sets a 2, com duração de 4h20. Mas, em exames de imagem feitos após o jogo detectaram uma ruptura de 7mm no musculo abdominal. Segundo o jornal espanhol Marca, apesar do problema, o atual número 3 do mundo pretendia jogar, porém após treinar na parte da manhã, Nadal convocou uma coletiva de imprensa e anunciou sua desistência da semifinal.

Eu não quero entrar na quadra e não ser competitivo o suficiente para jogar o meu melhor. A coisa mais importante para mim é a felicidade, e não um título”, afirmou.

Nadal disse também ter ignorado os pedidos do pai e da irmã para que desistisse do jogo enquanto sofria para se movimentar em quadra e, principalmente, sacar, já que quase não saltava. Na entrevista, ele afirmou não saber como conseguiu buscar a virada em cinco sets nessas condições. O Touro Miúra, com isso, renunciou à chance de conquistar o Grand Slam, ou seja, vencer os quatro ‘majors’ no mesmo ano, pela primeira vez na carreira.

Após mais este episódio difícil, Rafael Nadal voltou a falar sobre aposentadoria. Extremamente abalado, o tenista espanhol disse como tem sido manter sua competitividade com problemas físicos e voltou a falar sobre um possível ponto final na carreira. “A possiblidade de me aposentar ainda está na minha mente”, revelou Nadal durante a coletiva de imprensa que informou sua desistência da semifinal.

Passei o dia inteiro pensando no que fazer, mas se continuar a lesão vai piorar cada vez mais, me sinto muito triste em dizer isso. Tomei a decisão porque acho que não posso ganhar jogos dessa forma. Não é que eu não possa sacar bem, é também que não posso fazer o movimento normal para sacar. Não posso arriscar ainda mais e passar 2 ou 3 meses fora. Existe uma coisa mais importante do que ganhar Wimbledon: é a minha saúde”, disse.

Os problemas físicos não são exclusividade de hoje. Aos 36 anos, Nadal, tem enfrentado alguns nos últimos anos, mas que não tem o impedido de vencer. Na última conquista de Roland Garros – seu 14º na carreira -, por exemplo, ele chegou a jogar com o pé anestesiado por conta das fortes dores, originadas pela síndrome de Müller-Weiss. O médico, inclusive, chegou a chamar de “milagre” ele conseguir jogar naquelas circunstâncias e ainda com o pé dormente. “O pé, que era o que mais me preocupava, agora está me respeitando” – completou em tom de brincadeira.


Novak Djokovic vibra com vitória e vaga na decisão de Wimbledon. (Foto: Reprodução/GE) 


Nesta sexta-feira (8), a outra semifinal do torneio mais tradicional do tênis, Novak Djokovic venceu Cameron Norrie por 3 sets a 1, de virada, parciais de 2/6, 6/3, 6/2 e 6/4. Com isso, o sérvio derrotou o dono da casa, o britânico, para avancar pelo quarto ano consecutivo à grande decisão. Agora, ele está a uma vitória do sétimo título na grama sagrada de Londres e podendo igualar a marca de Pete Sampas.

Dono de seis troféus na quadra central de Wimbledon, o ex-número 1 do mundo tenta o hepta que o colocaria como o segundo maior vencedor da era aberta, atrás apenas de Roger Federer, que é o recdordista de títulos no All England Club, são oito taças conquistadas pelo suico ao longo da carreira, no principal torneio dele.

Para alcançar tal feito histórico, Djokovic terá pela frente Nick Kyrgios, que nem precisou entrar em quadra para avançar a decisão – isso após a desistência de Rafael Nadal. Em dois jogos disputados entre eles, duas vitórias para o australiano. A final acontece domingo (10), às 10h pelo horário de Brasília.

 

Foto Destaque: Rafael Nadal em coletiva de imprensa onde anunciou sua desistência da semifinal de Wimblebon. (Foto: Reprodução/GE) 

Brasil perde por 3 a 0 para França na Liga das Nações

Na madrugada desta sexta-feira (8) a seleção brasileira masculina teve mais um compromisso pela terceira rodada da VNL (Volleyball Nations League – Liga das Nações) e, dessa o Brasil não se encontrou em quadra e acabou superado pela França em jogo realizado em Osaka (Japão).

Sofrendo demais com o saque adversário a seleção comandada por Renan Dal Zotto caiu com parciais de 25/21, 25/22 e 25/21, conhecendo assim o seu quarto revés na competição dentre 11 partidas realizadas até agora. Já classificado para fase final que acontecerá em Bolonha (Itália), a nossa seleção luta agora para fechar na melhor posição possível e, com isso, fugir das fortíssimas Polônia e da Itália – que liderava até o início desta rodada.

O próximo e último desafio do Brasil nesta primeira fase do torneio será contra os donos da casa, os japoneses. Este confronto acontece no domingo (10), às 7h10 pelo horário de Brasília.


Jogadores do Brasil em tentativa de parar o forte ataque francês. (Foto: Reprodução/GE) 


Com relação ao jogo entre os dois últimos campeões olímpicos, a seleção brasileira começou com os jovens Fernando Cachopa (levantador) e Adriano como novidades entre os titulares, deixando os experientes Bruninho e Lucarelli na reserva. O primeiro ponto do jogo foi do Brasil e de bloqueio, do central Isac. Os franceses, porém, logo viraram para 3/1 e foram para a primeira parada técnica com 12/6 a favor, mostrando que não queriam ser ultrapassados na classificação. Com muitas difidulcdades em conter os ataques adversários, a equipe brasileira viu o primeiro set ficar cada vez mais distante. Os dois aces, de Adriano e Isac, até deram gás, mas Barthélémy Chinesyev colocou uma bola no chão e fechou em 25/21.

No segundo set, o Brasil começou novamente melhor e parecia que pegaria embalo. Foram dois ótimos ataques seguidos de outro jovem, Darlan, que construíram a vitória parcial em 5/3. Mas os franceses, no entanto, deram o troco e as duas bombas de Jean Patry no serviço recolocaram os atuais campeões olímpicos à frente. O Brasil não se desanimou e revidou, fazendo 14/11 após um ataque preciso de Leal. O panorama era bom, mas os mortais saques franceses fizeram o jogo se igualar em 18/18. Depois, aproveitando-se do posicionamento errado no fundo de quadra brasileira, Patry conseguiu mais um ace e colocou a França, novamente, em vantagem. Sem mais desperdiçar as oportunidades que apareceram, Les Bleus fecharam o set em 25/22 e colocaram 2 a 0 no placar.

O terceiro e no que, infelizmente, foi o último set da partida, já sentindo a derrota próximo a técnico brasileiro fez mexidas na equipe logo no início, colocando Rodriguinho, Leandro e Honorato, posteriormente, trocou de líbero, quando pôs Maique no jogo. As mudanças não surtiram efeito desejado, e a França rapidamente abriu 11/8. Com total controle da situação, a equipe francesa seguiu com tranquilidade e com a confortável vantagem e liquidou a vitória com outro 25/21, chegando assim à sua vitória na competição.

Por fim, o Brasil entrou em quadra com Cachopa, Leal, Flávio, Darlan, Isac e Adriano, além de Thales (líbero). Entraram no decorrer da partida Bruninho, Rodriguinho, Honorato, Leandro e Maique (líbero). O melhor pontuador brasileiro foi Darlan, com 9 pontos, seguido por Flávio, com 8. Já Jean Patry liderou este quesito com ampla vantagem: 19 pontos e terminou como destaque tanto da França quanto do jogo.

 

Foto Destaque: Jogadores do Brasil em partida da Liga das Nações. (Foto: Reprodução/GE)