Sobre Mateus Pessoa

Mateus é formado em Tecnologia da Informação pela Uninassau e atualmente estuda Jornalismo na Estácio de Sá. Ele iniciou sua carreira em produção audiovisual em 2022, trabalhando em um projeto para a Stellantis, a gigante automotiva multinacional que detém marcas como Jeep, RAM, Fiat e Peugeot.

Vigilância sanitária Intensifica fiscalização do metanol e seis bares são interditados em SP

A crise de saúde pública desencadeada pela intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas atinge um novo patamar de gravidade, com o número de estabelecimentos interditados subindo para seis desde o início das operações da Vigilância Sanitária na última segunda-feira (29). A ação visa conter a distribuição de produtos adulterados que já resultaram em dezenas de notificações e pelo menos uma morte confirmada.

Estabelecimentos interditados por risco à saúde em São Paulo

Quatro dos estabelecimentos fechados estão situados na capital paulista, enquanto outros dois foram identificados e lacrados na Grande São Paulo: um em São Bernardo do Campo e outro em Barueri. As interdições mais recentes, realizadas nesta quarta-feira (01), ocorreram na região da Bela Vista, em São Paulo, e na cidade de Barueri. Os locais foram fechados sob a justificativa de “risco eminente à saúde”, conforme determina a Vigilância Sanitária.

A operação de fiscalização tem sido minuciosa. Em um dos bares da capital, a equipe recolheu amostras de bebidas destiladas para análise laboratorial, buscando a confirmação da presença do metanol. O caso de Barueri é ainda mais alarmante: um grande lote de 128 mil garrafas de vodca foi lacrado e aguarda a apresentação de documentação comprobatória de origem e qualidade para uma possível liberação


https://www.youtube.com/watch?v=ZstjGNeSfUk
Matéria sobre bares fechados após fiscalizações em São Paulo (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Ameaça à Saúde: Casos de Intoxicação Aumentam

O cenário epidemiológico se agrava. De acordo com o mais recente boletim da Secretaria Estadual de Saúde, 37 casos de intoxicação foram notificados até o momento. Deste total, dez casos já foram confirmados como resultado direto da ingestão da substância tóxica. Além disso, a preocupação se volta para as vítimas fatais: cinco óbitos estão sendo investigados pelas autoridades de saúde, sendo uma morte já confirmada como decorrente da intoxicação por metanol e as outras quatro ainda sob análise.

O metanol é uma substância incolor, inflamável e líquida, comumente empregada na indústria como solvente ou na fabricação de diversos produtos, como plásticos e combustíveis, sendo altamente tóxico para o consumo humano.

Ministério da Justiça Alerta Comércio

Em resposta à escalada da crise, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu uma recomendação urgente direcionada a todos os agentes da cadeia de venda de bebidas alcoólicas, abrangendo bares, restaurantes, hotéis, casas noturnas, mercados, distribuidoras, plataformas de comércio eletrônico e apps de entrega em São Paulo e regiões adjacentes.

A nota do MJSP enfatiza que os estabelecimentos devem redobrar a atenção a sinais visíveis de adulteração, como lacres tortos, erros evidentes de impressão nos rótulos e, principalmente, preços atipicamente baixos que possam sugerir fraude. O alerta se estende também aos sintomas de intoxicação, que devem ser tratados como suspeita imediata: visão turva, dor de cabeça e náusea.

A investigação segue em curso, enquanto o setor de saúde e as forças de fiscalização trabalham incessantemente para retirar de circulação os produtos contaminados e evitar novas vítimas desta grave crise sanitária.

Parte de edifício de 20 andares desaba no bronx

Uma emergência assustou os moradores do bairro do Bronx, em Nova York, na manhã desta quarta-feira (01), após o desabamento parcial da fachada de um prédio residencial público de 20 andares. O incidente, que resultou na queda de um trecho da estrutura externa, mobilizou imediatamente equipes de resgate e autoridades municipais, embora, felizmente, não houvesse registros imediatos de feridos.

O colapso ocorreu pouco depois das 8h, no horário local. Chamadas para o serviço de emergência 911 alertaram a polícia e o Corpo de Bombeiros, que ao chegarem ao local, se depararam com uma abertura visível no edifício, conforme registrado em vídeos que rapidamente circularam nas redes sociais.

Segurança Garantida e Reparo Prometido

A provável causa do desmoronamento está sendo investigada como uma explosão de gás, que teria levado ao colapso do duto do incinerador do conjunto habitacional. Segundo informações da Associated Press, o Corpo de Bombeiros de Nova York indicou essa hipótese, mas ressaltou que uma investigação completa está em curso para determinar a causa exata e a extensão dos danos.

“Uma investigação está em andamento para determinar a causa do ocorrido e a extensão de possíveis danos além dos já relatados na parte externa da chaminé” afirmou uma autoridade à agência de notícias, indicando a complexidade da avaliação estrutural pós incidente.


Vídeo divulgado em rede social do momento do desabamento (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Segurança Garantida e Reparo Prometido

Apesar da gravidade do colapso em um edifício de grande porte, as autoridades confirmaram que nenhuma unidade habitacional foi atingida diretamente. O prédio faz parte da habitação pública da cidade, o que coloca o foco na manutenção e segurança das infraestruturas sociais de Nova York.

O prefeito Eric Adams se manifestou rapidamente nas redes sociais, informando que havia sido notificado sobre a emergência e pedindo à população que evite a área enquanto as equipes de avaliação trabalham. “As autoridades seguem avaliando a situação” escreveu.

Posteriormente, em uma coletiva de imprensa, o prefeito Adams assegurou aos moradores que o prédio será reparado. A prioridade imediata é a segurança da comunidade e a estabilização da estrutura remanescente, enquanto a Autoridade de Habitação da Cidade de Nova York (NYCHA) é esperada para se pronunciar sobre as ações de longo prazo. O susto desta manhã serve como um alerta para a importância da fiscalização e manutenção contínua das estruturas urbanas em uma das cidades mais densamente povoadas do mundo.

 

Big Brother Brasil 26 apresenta revolução na dinâmica do reality

O Big Brother Brasil se prepara para uma edição que promete reescrever as regras do jogo. A TV Globo confirmou uma série de mudanças inéditas para o BBB 26, sinalizando um aumento significativo no poder de decisão do público e o retorno de rostos familiares, em uma mistura que promete elevar o nível de imprevisibilidade do reality show mais assistido do país.

Expansão da casa de vidro e retorno dos veteranos

A principal novidade, e talvez a mais audaciosa, reside na multiplicação da famosa Casa de Vidro. Pela primeira vez na história do reality, teremos cinco Casas de Vidro simultâneas, espalhadas estrategicamente pelas cinco regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Essa dinâmica não só ampliará o leque de participantes em potencial, mas também dará aos fãs a oportunidade de escolher quem, de fato, entrará na casa mais vigiada do país antes mesmo do confinamento oficial começar, injetando uma dose de regionalismo e diversidade imediata na competição.


Divulgação das novidades do BBB 26 (Vídeo: reprodução/Instagram/@bbb)


Mas as mudanças na seleção de elenco não param por aí. A Globo anunciou a criação de um novo grupo: o dos Veteranos. Além dos tradicionais grupos Pipoca (anônimos) e Camarote (famosos), a 26ª edição trará de volta ex-BBBs que marcaram edições passadas, misturando perfis e prometendo um crossover de gerações e estratégias que pode gerar confrontos épicos ou alianças inusitadas desde o primeiro dia.

Público com o ‘Poder do Big Boss’

A nova temporada do reality parece ser desenhada para colocar o público no centro da estratégia. A emissora revelou uma dinâmica que permitirá aos espectadores substituir qualquer jogador que esteja na casa. Essa troca virá de um “laboratório”, um espaço extra desafiador onde um grupo de confinados viverá “desafios e perrengues” para conquistar a audiência. O público terá o poder de julgar e decidir se algum desses aspirantes demonstrou merecer mais a vaga do que um dos participantes já fixos, garantindo que “plantas” não terão vida fácil e que o jogo estará em constante movimento.

Para fechar o pacote de inovações, o temido Big Fone também foi repaginado. A casa agora contará com três aparelhos, e o público terá a missão inédita de decidir qual deles irá tocar e, ainda mais crucial, qual mensagem será transmitida na ocasião. A dinâmica promete triplicar o pânico e a estratégia dos brothers e sisters, transformando cada toque em um evento de importância máxima para o destino do jogo. O BBB 26 está se desenhando não apenas como um reality show, mas como uma verdadeira revolução na interação entre programa e audiência, prometendo a temporada mais imprevisível e participativa de todos os tempos.

Popó Freitas, lenda do boxe, passa por cirurgia

O mundo das lutas acompanha com atenção o estado de saúde do ex-campeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas. O pugilista baiano deu entrada em um hospital da Rede D’OR em Salvador, onde foi submetido a um procedimento cirúrgico na tarde desta segunda-feira (29). A operação se deve a uma fratura na mão direita, consequência direta da briga generalizada que encerrou seu combate contra Wanderlei Silva no último sábado (28), em São Paulo.

Popó passa por cirurgia na mão após fratura

A assessoria de imprensa do atleta confirmou a informação ao g1, detalhando que Popó está no centro cirúrgico desde o início da tarde. Embora a equipe não tenha especificado a gravidade da lesão, as imagens de raio-X que circularam mostram claramente a fratura que exigiu a intervenção médica. A mão direita, uma das principais ferramentas de Popó ao longo de sua vitoriosa carreira, foi lesionada durante a confusão que se seguiu ao final da luta principal do evento.

O procedimento, que os médicos estimam durar cerca de 2:30h, busca corrigir o dano ósseo e garantir a plena recuperação do ex-campeão. A expectativa é que, após a cirurgia, ele permaneça em observação antes de iniciar o processo de reabilitação.


Popó fala sobre cirurgia e sua vitória no seu perfil do Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@popofreitas)


A lesão na mão, no entanto, não foi o único motivo de preocupação. Um comunicado enviado à imprensa revelou que Popó também passou por exames de cabeça após o confronto. Embora os exames não tenham detectado qualquer fratura craniana, foi constatado um sangramento interno que já está sob controle pela equipe médica.

Comunicado oficial e debate sobre segurança em eventos de luta

A nota oficial faz questão de tranquilizar fãs e o público, reforçando que o lutador está clinicamente estável e que as medidas necessárias foram tomadas com urgência. A violência da briga que irrompeu no ringue após o término do duelo contra Wanderlei Silva chocou a comunidade das lutas e levantou debates sobre a segurança e o controle em eventos esportivos de grande porte.

Popó, um dos maiores nomes do boxe brasileiro, acumula títulos mundiais e um legado inquestionável. A notícia de sua lesão e a necessidade de cirurgia após um episódio de violência extra-luta marcam um desfecho lamentável para o aguardado confronto. O foco agora se volta para sua recuperação e o desejo de que o campeão retorne o mais breve possível à plena saúde. Os próximos boletins médicos serão cruciais para acompanhar o progresso pós-operatório.

Ouro e ações dos EUA batem recordes simultaneamente em meio a otimismo do mercado

O mercado financeiro global assiste a um fenômeno incomum: o ouro e o índice acionário S&P 500 dos EUA atingem picos históricos simultaneamente. Na segunda-feira (22), ambos renovaram suas máximas, um feito que se repetiu seis vezes só neste ano e dez vezes no ano passado. Este alinhamento é notavelmente raro, tendo ocorrido antes, de 1970 a 2023, apenas em duas ocasiões, em 1972, logo após o fim da conversibilidade do dólar em ouro.

Historicamente, esses ativos caminham em direções opostas. O ouro, um tradicional “porto seguro“, prospera em tempos de incerteza e pessimismo econômico. Já as ações costumam subir em cenários de crescimento ou quando a expectativa de estímulo monetário é alta. A convivência atual sugere uma encruzilhada, onde medo e confiança se sobrepõem, ou que uma dinâmica mais profunda está em jogo.

Desvalorização do dólar impulsiona ouro e ações americanas

A principal tese para explicar o inusitado recorde duplo é a forte desvalorização do dólar americano. Analistas como Marko Papic, da BCA Research, e Peter Corey, da Pave Finance, apontam para o enfraquecimento da moeda como o catalisador. O Índice Dólar já recuou 10% neste ano, o que favorece o ouro, cotado em dólares, e torna as ações americanas mais atraentes para investidores estrangeiros.

Este declínio é atribuído, em parte, ao esgotamento do impulso fiscal gerado pelos trilhões de dólares injetados na economia dos EUA durante a pandemia. Segundo Papic, o fim da “dominância fiscal americana” é um ponto de virada.


Ouro e ações dos EUA estão em alta simultaneamente (Foto: reprodução/X/@bahiaeconomica)


Risco de repetição histórica, inflação pode ameaçar os recordes de mercado

O paralelo com o início da década de 1970, o último momento de convergência, é um alerta. Na época, a queda da inflação entre 1970 e 1972 impulsionou as ações. Contudo, a aceleração inflacionária em 1973 levou a um aumento brusco nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), resultando na perda de metade do valor do S&P 500.

Especialistas alertam que a sustentação dos recordes atuais dependerá do rumo da economia: se o crescimento for consistente, as ações podem se decolar e manter a alta; se a inflação ressurgir e o Fed agir drasticamente, o mercado pode enfrentar um desfecho semelhante ao de 1973.

Isenção de IR até R$ 4.990 avança no Senado e acelera corrida no Planalto

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal deu um passo significativo nesta quarta-feira (24), ao aprovar um projeto de lei que estabelece a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com rendimento mensal de até R$ 4.990. A medida, que busca zerar a alíquota para uma faixa maior de contribuintes, surge como um movimento estratégico para intensificar a pressão sobre a Câmara dos Deputados, onde uma proposta semelhante e de interesse primordial do governo já tramita.

O texto foi aprovado em caráter terminativo na CAE, com o endosso do parecer favorável do presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao projeto de autoria do líder do MDB no Senado, senador Eduardo Braga (AM). A aprovação terminativa é um procedimento regimental importante: caso não haja apresentação de recurso para análise em Plenário do Senado, a matéria será remetida diretamente para apreciação da Câmara dos Deputados.

Promessa de Campanha e Tramitação Paralela

A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma das principais bandeiras e promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A urgência em aprovar a medida é clara, já que a legislação precisa ser sancionada até o final deste ano para que seus efeitos fiscais entrem em vigor no próximo exercício.

No entanto, a expectativa é que o projeto aprovado no Senado não avance devido ao adiantamento da discussão na Casa vizinha. Lideranças da Câmara anunciaram que a proposta de interesse do Executivo, relatada pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deve ser votada no Plenário na próxima quarta-feira. O texto de Lira é visto com bons olhos pela equipe econômica.


Matéria sobre a aprovação da isenção de imposto de renda de até R$ 5 mil (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Senado)

A aceleração da pauta ocorre após reportagens indicarem que a discussão do IR na Câmara havia perdido espaço nas últimas semanas, ofuscada por temas como a chamada PEC da Blindagem e uma proposta de anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Compensação Fiscal e Justiça Tributária

O Palácio do Planalto aposta na medida não apenas como cumprimento de promessa eleitoral, mas também como um pilar da justiça tributária. O plano do Executivo para compensar a perda de arrecadação com a isenção é implementar uma cobrança de imposto maior sobre os mais ricos. Este foco na equidade fiscal é um tema que deve permear a provável campanha de reeleição de Lula em 2026.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo na última terça-feira, afirmando esperar que a proposta seja aprovada pelas duas Casas do Congresso a tempo de ser sancionada pelo presidente Lula já em outubro.

Em um cenário de incerteza quanto ao cronograma de aprovação, o governo não descarta alternativas. Uma delas é, justamente, o texto aprovado pela CAE do Senado, idealizado por Renan Calheiros, arquirrival político de Lira em Alagoas. Fontes palacianas informaram à Reuters que, se o prazo de dezembro se mostrar apertado, o Planalto estuda a possibilidade de editar uma Medida Provisória (MP), nos moldes do projeto já enviado ao Congresso, para assegurar a entrada em vigor da isenção no próximo ano.

Deputada Carla Zambelli se defende da prisão na Itália

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) participou remotamente, via videochamada, de uma audiência crucial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Detida na Itália, onde aguarda a decisão sobre um pedido de extradição, a parlamentar defendeu-se de um processo interno que pode levar à cassação de seu mandato. O caso é motivado por sua recente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi acusada de participar da invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Zambelli acusa perseguição política

Em seu depoimento, Zambelli criticou a postura do ministro Alexandre de Moraes, responsável por assinar o mandado de prisão que a mantém detida. “Eu não estou foragida, estou exilada”, declarou, alegando estar sob uma “prisão administrativa”. A deputada afirmou que as autoridades italianas consideram o mandado de prisão como uma “broma” e expressou otimismo quanto à sua soltura. “Estou tranquila por saber que em breve não estarei mais presa, estarei em liberdade”, disse.

A defesa de Zambelli argumenta que o processo é uma perseguição política, uma narrativa que ela buscou reforçar ao sugerir que sua condenação no STF foi conduzida por uma única pessoa, o que contradiz a decisão unânime da Primeira Turma do tribunal.


Matéria sobre depoimento de Carla Zambelli (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Durante a inquirição, a parlamentar exibiu lapsos de memória notáveis. Questionada sobre um relatório da Polícia Federal relacionado aos seus dispositivos eletrônicos, ela alegou: “Como estou aqui na prisão há 56 dias, minha memória não alcança”. A resposta foi prontamente direcionada a seu advogado. Zambelli também rechaçou o depoimento do hacker Walter Delgatti, com quem se encontrou em 2022.

Ela negou a afirmação de Delgatti de que teria dormido em sua casa, minimizando a relação a um mero encontro profissional para verificar a segurança das urnas eletrônicas. A deputada negou veementemente ter pago R$ 40 mil ao hacker, mencionando apenas um pagamento indireto de R$ 3 mil por meio de uma empresa de divulgação de seu mandato.

CCJ se aproxima de decisão final sobre cassação de Zambelli

O processo na CCJ é um passo decisivo, com o relator Diego Garcia (Republicanos-PR) agora responsável por elaborar o parecer final. A comissão já ouviu outros depoimentos importantes, incluindo o de Delgatti e de um perito, e a fala de Zambelli era aguardada para complementar o conjunto de evidências. A decisão do colegiado será levada a plenário, onde a cassação do mandato exigirá o voto da maioria absoluta dos deputados.

A audiência, que teve um momento de tensão com uma questão de ordem apresentada pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) contra a realização da oitiva, rejeitada pelo presidente da CCJ, Paulo Azi (União–BA), sublinha a polarização e a gravidade do processo.

Enquanto aguarda o desfecho de seu caso na Itália, Zambelli enfrenta no Brasil a possibilidade real de perder sua cadeira na Câmara. Sua licença de 127 dias, concedida antes de sua detenção, já havia transferido sua vaga para o suplente Coronel Tadeu (PL-SP). A votação na CCJ e, em seguida, no plenário, será o capítulo final de um caso que mescla tecnologia, política e justiça, com a deputada lutando em duas frentes diferentes para manter sua liberdade e seu mandato.

Michelle Bolsonaro se mostra disposta a concorrer a cargos políticos em 2026

Em uma entrevista ao periódico britânico The Telegraph, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro indicou que está preparada para assumir uma eventual candidatura política nas eleições de 2026. A declaração, veiculada nesta quarta-feira, ocorre em meio a especulações sobre seu futuro político, com seu nome sendo cogitado tanto para o Senado Federal quanto para a disputa presidencial:

“Vou me erguer como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça”, afirmou Michelle. Ela vinculou sua decisão a um propósito divino, reiterando seu compromisso com a base de apoio de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se, para cumprir a vontade de Deus, seja necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para o que quer que ele peça a mim”, continuou.

Michelle Bolsonaro critica decisão do STF

A entrevista também serviu de plataforma para que a ex-primeira-dama defendesse seu marido, condenado por sua participação em uma suposta trama golpista. Michelle Bolsonaro descreveu a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal como uma “farsa judiciária” e alegou que as acusações contra Bolsonaro são “fabricadas” para mascarar o que ela chamou de “sérias violações” em curso no Brasil. Segundo ela, as acusações expõem, na verdade, as supostas irregularidades que ocorrem no país.

A ex-primeira-dama também comentou a atual situação do ex-presidente, que cumpre pena em prisão domiciliar. Michelle destacou que sua prioridade, neste momento, é cuidar de sua família:

O objetivo é fazer com que a perseguição e humilhação infligida a nós, conservadores, não destrua minha família ou as de muitos outros que são injustamente atingidos por essa perseguição covarde”, disse ela.


Matéria sobre a entrevista de Michelle Bolsonaro onde ela afirma que está pronta para eleições de 2026 (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Michelle responsabiliza Lula e Moraes por sanções dos EUA

Na conversa com o jornal britânico, Michelle Bolsonaro ainda abordou as sanções impostas por Donald Trump a autoridades brasileiras. Ela sugeriu que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estaria deliberadamente provocando o caos no país para, então, culpar o presidente americano: “Nós não desejamos sanções para o Brasil, mas não temos influência sobre os Estados Unidos”, declarou.

Ao final, Michelle apontou o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes como os verdadeiros responsáveis pela crise que, segundo ela, culminou nas sanções. A ex-primeira-dama encerrou sua fala reforçando a visão de que as ações desses dois líderes foram a causa das medidas punitivas, isentando a responsabilidade da oposição brasileira sobre a situação. As falas de Michelle reforçam sua presença no cenário político e indicam uma postura combativa para os próximos anos.

Trump associa o uso do paracetamol durante gravidez ao autismo

Em uma declaração que gerou controvérsia e reações imediatas da comunidade médica e científica, o presidente Donald Trump associou o uso de paracetamol durante a gravidez a um suposto aumento no risco de autismo em crianças. Em um anúncio realizado nesta segunda-feira (22), ele afirmou que a agência reguladora de medicamentos dos EUA, a FDA (Food and Drug Administration), alertará os médicos sobre essa suposta conexão, recomendando que grávidas evitem o medicamento a menos que seja “estritamente necessário”.

Declarações infundadas contrastam com consenso médico

A afirmação, no entanto, vai de encontro às diretrizes atuais de saúde e às evidências científicas. O paracetamol (acetaminofeno), vendido nos EUA sob a marca Tylenol, é globalmente reconhecido como um analgésico e antitérmico seguro para uso na gestação. Organizações de saúde, como o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, reforçam que não há provas de uma relação direta e causal entre o uso prudente do medicamento e problemas de desenvolvimento fetal.

A própria farmacêutica Kenvue, que produz o Tylenol, emitiu um comunicado oficial, ressaltando a ausência de “base científica” para a associação feita por Trump. A preocupação da comunidade médica é que declarações sem embasamento possam levar gestantes a evitar um medicamento essencial para tratar febre e dores, condições que, se não tratadas, podem apresentar riscos reais, como parto prematuro ou aborto espontâneo.


Reportagem aborda declaração polêmica de Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio BandNews FM)

Trump promove leucovorina como tratamento para autismo

Além da polêmica sobre o paracetamol, Trump também defendeu o uso da leucovorina, uma forma de ácido fólico já usada em tratamentos oncológicos, como uma possível terapia para o autismo. A fala foi feita pouco depois de a FDA aprovar uma versão do medicamento para tratar uma condição rara, a deficiência cerebral de folato (CFD), que pode manifestar sintomas semelhantes ao autismo.

Embora alguns estudos limitados tenham sugerido um potencial de melhora em sintomas de autismo, a comunidade científica é unânime em apontar a necessidade de pesquisas de maior escala e rigor metodológico para comprovar qualquer benefício. A ausência de um novo estudo que embase a recomendação de Trump levanta sérias preocupações sobre a validade da indicação.

Governo Trump mira esposa de Alexandre de Moraes com Lei Magnitsky

Em uma escalada de tensões diplomáticas, o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (22), a aplicação de sanções à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A medida, publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano, utiliza a Lei Magnitsky, um instrumento legal que permite aos EUA punir estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos e corrupção.

A sanção contra Viviane Barci de Moraes se soma à punição já imposta ao próprio ministro, Alexandre de Moraes, em julho. Com a designação, todos os bens e ativos da advogada nos EUA estão bloqueados, além de qualquer empresa ligada a ela, como o escritório de advocacia Lex Instituto de Estudos Jurídicos, com sede em São Paulo, do qual ela e dois de seus filhos são sócios. O comunicado do Tesouro americano justifica a ação, afirmando que a advogada fornece uma “rede de apoio financeiro” ao marido.

Lei Magnitsky amplia tensão entre Brasil e EUA

A Lei Magnitsky, apelidada de “pena de morte financeira”, é um dispositivo legal que foi criado em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que morreu na prisão após denunciar um grande esquema de corrupção. Inicialmente focada em oligarcas russos, a lei foi expandida em 2016 para ser aplicada globalmente em casos de violações de direitos humanos e corrupção em larga escala.


Matéria aborda a sanção da Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/ O POVO)

A decisão americana surge em um contexto de crescente atrito entre os dois países. Funcionários do Itamaraty, que se manifestaram sob a condição de anonimato, consideram a aplicação da lei uma escalada de tensão e uma clara mensagem de que o governo Trump busca a impunidade total para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Três dias antes do veredito que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, o governo americano já havia indicado que continuaria a aplicar sanções a autoridades brasileiras.

Retaliação americana inclui revogação de vistos

Além das sanções a Viviane, o governo Trump também revogou os vistos americanos do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outras cinco autoridades do Judiciário brasileiro. Em resposta, Messias classificou as medidas como “totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas” e reafirmou seu compromisso com a independência do Judiciário brasileiro. A estratégia de retaliação do governo americano é percebida como uma resposta direta à condenação de Bolsonaro, aliado político de Trump, e foi criticada por grande parte da imprensa internacional.

As sanções a autoridades brasileiras, especialmente aos juízes do STF e suas famílias, ganharam força após a articulação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que está nos EUA desde fevereiro deste ano. Durante o julgamento de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o STF não cederia a pressões externas, em uma clara referência às sanções anunciadas pelos EUA. A diplomacia brasileira continua a observar os desdobramentos, com o receio de que as ações unilaterais possam comprometer a relação entre as duas nações.