Desperdício têxtil resultado do fast fashion impacta prejudicialmente o meio ambiente

Realizado a pedido da deputada americana Chellie Pingree, o primeiro relatório federal obrigatório sobre o impacto do fast fashion no cenário ambiental foi divulgado com exclusividade, na última quinta-feira (12), pela Teen Vogue americana. O documento foi solicitado por Pingree – fundadora do Slow Fashion Caucus, um movimento que promove a economia circular de têxteis nos EUA – ao Government Accountability Office, com o intuito de demonstrar, de maneira clara, mediante dados, o que o desperdício resultante da produção de fast fashion está causando ao meio ambiente. 

Os números são alarmantes, mas não surpreendentes. O relatório concluiu que nos últimos vinte anos, houve um aumento de cerca de 50% dos resíduos à base de poliéster em aterros sanitários. Mas, segundo Pingree, a constatação é incerta e pode esconder dados ainda mais perigosos, já que a indústria da moda possui um grande déficit de informações – o desperdício nunca foi medido até hoje e, os poucos dados fornecidos, são desatualizados. Assim, o documento também auxilia na constatação desses números e facilita o caminho para encontrar soluções.

Uma cadeia de problemas

A descoberta mais oportuna relatada no relatório é a descrição do problemático sistema de desperdício têxtil. Para Teen Vogue, a deputada americana afirmou:

As pessoas estão comprando muito mais roupas agora, usando-as por um período de tempo muito mais curto, jogando-as fora, e elas estão acabando em nossos aterros sanitários. E elas não estão apenas sendo jogadas fora, mas, como o relatório enfatiza, elas podem se transformar em qualquer número de elementos nocivos, seja gás metano na atmosfera ou microfibras de plástico que podem levar para as águas subterrâneas ou para o oceano.”

Esse relato valida a opinião de diversas fontes ao redor do mundo, que a muito tempo confirmam o aumento desses resíduos e sua problematização.


Aterro sanitário abarrotado com resíduos têxteis (Foto: reprodução/ \Royalty-free/Getty Images Embed)


Além do desenfreado aumento na produção de roupas por parte das marcas, a preocupação também recai na falta de uma infraestrutura que viabilize aos consumidores uma circulação dessas peças. O relatório também deixa evidente a necessidade de regulamentação que torne as marcas que comercializam nos Estados Unidos responsáveis por esses resíduos.


Cada vez mais, aumenta a necessidade de um consumo de moda mais sustentável (Foto: reprodução/Royalty-free/Getty Images Embed)


Apesar de já existirem medidas e leis federais americanas que promovem o consumo de moda mais sustentável – como o projeto de lei Americas Act, da American Circular Textiles, que busca melhorar a reciclagem, e o The Fabric Act, que tem o intuito de aumentar os salários da indústria e, como consequência, criar mais empregos – agora, a grande preocupação é simbolizada por uma Casa Branca e um Senado preenchidos de republicanos, que historicamente não trazem a agenda ambiental como sua prioridade. 

Sobre essa questão, Pingree argumenta que posteriormente já trabalhou com muitos políticos republicanos, e acredita que apesar de seu foco não ser a poluição, o número crescente de importações da China e a perda da manufatura de trabalhadores americanos, pode significar um caminho estratégico na busca de apoio.

Outra questão levantada pela deputada é a dor de cabeça e a preocupação com o alto custo que os aterros sanitários representam para diversos governos do país e como a possibilidade de transferência desse fardo de volta para os fabricantes externos pode resultar em um movimento de atração. Pingree sugere que a criatividade será essencial para atrair apoio e visibilidade para essa questão.

Ainda há esperança

Com um suspiro de alívio, Chellie Pingree acredita que os jovens cada vez mais priorizam movimentos de revenda e reutilização de vestuário, e podem ser os responsáveis por liderar um caminho de consumo mais sustentável, apesar da preocupação com os prejudiciais cortes de orçamento. 

O relatório finaliza com seis recomendações diferentes sobre como as agências governamentais podem lidar com o desperdício, talvez estabelecendo um mecanismo que coordene os esforços federais na circularidade têxtil e envolver participantes federais para estabelecer metas e necessidades, visando resultados que beneficiem a sociedade na totalidade.

Marina Ruy Barbosa chama a atenção ao usar vestido dourado

Na noite da última quarta-feira (11), a atriz Marina Ruy Barbosa, de 29 anos, chamou a atenção e atraiu todos os flashes, durante um evento em São Paulo. Deslumbrante, a também empresária brilhou ao exibir um look composto por um vestido longo dourado, com gola alta e mangas longas, com muito brilho, literalmente da cabeça aos pés.

O evento em questão é de sua amiga, a também empresária Luma Costa. Além de Marina, outras celebridades também marcaram presença, como foi o caso da também atriz Cris Vianna, que trajou um vestido deslumbrante na cor verde, acompanhado de maxi pulseiras douradas. 

O evento

A anfitriã promoveu um jantar de Natal na Soho House, na capital paulista. Luma é CEO e fundadora da Casa Costa, marca de tablewear e tablescaping no Brasil, especializada em “Home decor”.


Marina Ruy Barbosa, usa vestido dourado em evento e chama a atenção (Foto: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)


Marina usou as redes sociais para expressar sua felicidade, durante o evento da amiga:

“Feliz demais de estar perto esse ano vendo o seu sucesso. Estava tudo impecável, muito orgulho”, postou Marina nas redes sociais.

Bastaram os cliques caírem na web, que logo os seguidores começaram a elogiar o look da global, “Quando falei dress code dourado era DISSO que tava falando! ✨”, afirmou uma internauta; “Deveria ser proibido sair tão maravilhosa assim kkk”, escreveu uma página de fã clube da artista; “A mulher tá parecendo a verdadeira estatueta dourada de tão belíssima”, afirmou mais um fã.

Marina é um ícone da moda

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Marina arrasa ao apostar numa super produção cheia de glamour e muito brilho. Recentemente, a atriz também usou um vestido dourado, porém de alcinhas, para uma campanha publicitária de uma marca de chocolates.


Marina Ruy Barbosa em campanha publicitária (Vídeo: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa, @kopenhagen_)


A atriz é assumidamente uma fã de carteirinha do estilo. Recentemente, ela também investiu num vestido dourado para o evento da marca de perfumes Paco Rabanne.

Sim, ela é fissurada em vestidos, outra ocasião em que a diva estava deslumbrante foi quando usou um vestido azul para um casamento. Detalhe: ela estava acompanhada de ninguém menos que Abdul Fares, seu noivo, a mulher, além de poderosa, é um ícone quando o assunto é beleza e moda

Réveillon Vogue 2025: confira as tendências que vão bombar

Com a chegada de um novo ano, regado pela superlua, é claro que a inspiração não seria diferente, pois o tema aborda uma cena voltada para o futuro, com um desejo de explorar a natureza e seus encantos futuristas. Quando o assunto é moda e beleza, a Vogue dá um show e, pensando nisso, ela preparou algumas tendências que prometem dominar o réveillon 2025.

A promessa da gigante da moda inclui peças que vão desde o dress code à beleza, passando por diversos estilos e gostos, até mesmo aqueles mais exigentes na hora de fazer o ritual de passagem de ano, sem deixar de fora nenhuma tradição.

Inspirações de arrasar

Uma das grandes apostas para esse momento de transição são tons que remetem à força, à proteção, isso mesmo, os metalizados chegam com tudo neste fim de ano e prometem dar aquela renovada no guarda-roupa, durante a temporada. Outro que também não poderia ficar de fora é o clássico branco, para aqueles mais supersticiosos, que jamais passariam com outra cor, pois segundo eles a paz vem em primeiro lugar.



O branco surge totalmente repaginado unindo o clássico ao estilo e traz peças texturizadas, com aplicações de um brilho discreto, para aqueles mais cools, e buscam a prosperidade durante o ritual de passagem de ano, as apostas são as peças prateadas e o douradas, que surgem totalmente sexys, em materiais inesperados e com modelagem oversized.

Além de, claro, os famosos vestidos longos feitos de tecidos leves, em sua maioria para os adeptos das praias ou do clima mais tropical, e por falar em clima outra grande aposta são os macacões minimalistas, certeiros para brilhar em qualquer ocasião, principalmente no luar do réveillon.

O futuro é agora

A pegada dominante é a futurista, então que tal se inspirar na era espacial e abusar dos cortes geométricos e suas modelagens, repleta de materiais tecnológicos e arrasar na festa. Os vestidos também embarcam nessa atmosfera, trazendo volume sutil com toque contemporâneo às peças, além de tops estruturados e saias com recortes estratégicos.



Para compor o look, é claro que não poderia faltar a amiga número 1 das mulheres, uma bela maquiagem, para relaxar a beleza feminina e escrever mais um capítulo para o ano que se inicia.

A dica é usar sombras prateadas e iluminadores com efeito brilhante, destacando o olhar, enquanto delineado dourado, por sua vez, mostra uma personalidade mais ousada.

Para as mais básicas, o menos é mais, e a aposta fica por conta de peças mais minimalistas, como, por exemplo, lábios naturais e pele com acabamento radiante, equilibrando o brilho dos olhos com uma base leve de efeito mais saudável.

Retorno do uso de pele animal no mundo da moda gera polêmica nas redes sociais

As roupas feitas com pele animal, outrora símbolo de luxo e status, voltaram a ser assunto no mundo da moda. O desejo de grandes marcas internacionais em reintegrar peças de pele real em suas coleções, tem atraindo consumidores em busca de exclusividade e sofisticação. Contudo, essa tendência reacendeu debates acalorados sobre ética, sustentabilidade e os impactos ambientais da produção de moda.

Nos últimos anos, várias grifes haviam declarado banir o uso de pele animal, optando por alternativas sintéticas e sustentáveis. Essa mudança refletia uma crescente pressão de consumidores e organizações de proteção animal, além de uma tentativa das marcas de alinhar-se aos valores modernos de responsabilidade social. Porém, o possível retorno das peles verdadeiras revela um mercado onde a demanda por autenticidade e qualidade artesanal ainda prevalece entre parte da elite.


Volta de Looks em pele animal (Foto: reprodução/Leli Corrales)

O uso de do material animal já foi motivo protestos 

Os defensores da indústria argumentam que peles verdadeiras são biodegradáveis, duráveis e muitas vezes provenientes de práticas regulamentadas. Em contrapartida, críticos destacam que a produção envolve sofrimento animal e ainda contribui para a degradação ambiental, além de questionarem se a “biodegradabilidade” justifica o uso desses materiais frente às alternativas sintéticas mais éticas.


Volta do uso em pele animal(Foto: reprodução/Jeremy Moeller/Getty Images Embed)


A controvérsia atinge também o público consumidor. Enquanto alguns veem a retomada das peles como um resgate da tradição, outros consideram a prática antiquada e moralmente inaceitável. As redes sociais tornaram-se palco de debates intensos, com celebridades e influenciadores tanto promovendo quanto criticando a tendência.

China tem  queda em uso de pele animal

Muitos países têm registrado uma queda significativa na produção e no uso desse material. Essa mudança reflete pressões éticas, ambientais e regulatórias, além de uma transformação nos valores dos consumidores. Segundo o site Metrópole, até a China, maior produtor mundial, reduziu pela metade a produção em pele desde 2022.


Volta do uso em pele animal(Foto: reprodução/Jeremy Moller/ Getty Images Embed)


O futuro das peles no mundo da moda parece incerto, dividindo opiniões entre tradição e inovação. Marcas que decidem incorporá-las enfrentam o desafio de equilibrar demandas de mercado e responsabilidades éticas, enquanto a sociedade continua questionando os limites do que pode ser considerado aceitável na busca por luxo.

Confira looks icônicos de Sabrina Carpenter em “A Nonsense Christmas”, da Netflix

Sabrina Carpenter, cantora e atriz conhecida por sua versatilidade, estreou, no último dia 6 de dezembro, o especial de Natal “A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter” na Netflix. O programa, que mistura performances musicais e esquetes cômicos, oferece uma abordagem divertida e irreverente das tradicionais celebrações natalinas. E, como era de se esperar, os figurinos de Sabrina são um show à parte. O especial está disponível na Netflix e promete ser uma das atrações imperdíveis desta temporada.

A moda vintage e sexy de Sabrina Carpenter

Em “A Nonsense Christmas”, Sabrina apresenta músicas do seu álbum de Natal, Fruitcake, além de versões repaginadas de clássicos natalinos. O espetáculo conta com a participação de grandes nomes da música, como Shania Twain, Kali Uchis, Chappell Roan e Tyla, com quem Sabrina divide o palco em performances emocionantes. Entre os momentos de comédia, a atriz Quinta Brunson se destaca, interpretando um fantasma inusitado do presente de Natal. Além disso, Cara Delevingne e Kyle Mooney trazem leveza e humor ao programa.


Sabrina apresenta suas músicas de Natal em “A Nonsense Christmas” (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

Mas, sem dúvida, um dos maiores destaques do especial são os looks de Sabrina Carpenter. Desde um macacão sensual ao estilo Mamãe Noel até produções mais sofisticadas e girly, a cantora se consagrou como ícone de estilo com suas escolhas de figurino.

Chanel vintage em Nova York e Dueto com Chappell Roan

Para a exibição do especial de Natal, em Nova York, Sabrina optou por um look peludo preto e branco da coleção de outono de 1994 da Chanel. O visual exalava sofisticação e um toque clássico, enquanto um batom vermelho cereja completava o look com um toque de ousadia. Sabrina optou por esse conjunto da marca icônica, misturando o clássico com o contemporâneo, e certamente se destacou entre os convidados da noite.


Look vintage preto e branco (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

Para o dueto com Chappell Roan, Sabrina apostou em um conjunto de veludo verde, adornado com aplicações de brilho prateado. 


Conjunto de veludo verde (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

A escolha foi perfeita para transmitir uma elegância festiva, com uma vibe sofisticada e, ao mesmo tempo, descontraída, ideal para um número musical de Natal. O brilho e o verde vibrante trouxeram um ar de celebração e glamour ao palco.

Performance com Tyla e Kali Uchis

No número ao lado de Tyla, Sabrina optou por um body brilhante, inspirado nos designs icônicos de Bob Mackie, estilista que se notabilizou por suas criações exuberantes. Embora não esteja confirmado se o body é um original vintage, a peça remete ao estilo glamouroso dos anos 70 e 80, com muito brilho e sensualidade, perfeito para um momento musical de grande impacto.


Body brilhante remetendo aos anos 70 (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

Para o número com Kali Uchis, Sabrina escolheu um delicado babydoll rosa, que trouxe um toque de sensualidade e um ar retrô à performance. O visual bem feminino, com uma pegada vintage, se destacou pela suavidade e, ao mesmo tempo, pelo charme da simplicidade.


Babydoll rosa retrõ (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

Esse look combinou perfeitamente com a suavidade da música e a energia de Sabrina no palco.

Minivestido preto no dueto com Shania Twain

No dueto com Shania Twain, Sabrina brilhou com um minivestido preto, adornado com detalhes prateados. A peça, simples, mas com um toque de glamour, trouxe um ar de modernidade ao clássico vestido preto, criando uma estética que foi ao encontro da elegância e sofisticação da cantora, além de destacar sua postura de ícone de estilo.


Minivestido preto com detalhes prateados (Foto: reprodução/Instagram/@sabrinacarpenter)

Sabrina Carpenter navegou entre looks ousados e sofisticados, com um mix de referências vintage e contemporâneas. Seus figurinos não só complementaram a estética do especial de Natal, mas também solidificaram sua imagem como ícone fashion. A combinação de sensualidade, estilo retrô e toques modernos, fez dela a protagonista não só no palco, mas também na moda.

Matthieu Blazy anuncia saída e deixa legado criativo na Bottega Venetta

Matthieu Blazy, diretor criativo da Bottega Veneta desde novembro de 2021, está de saída da marca italiana. A confirmação veio acompanhada de rumores de que ele assumirá o comando da Chanel, com estreia prevista para outubro de 2025. Aos 40 anos, o estilista belga, conhecido por sua habilidade em unir tradição e inovação, deixa um legado criativo que transformou a Bottega em referência na indústria da moda.

A transição ocorre em um momento estratégico, com a britânica Louise Trotter, ex-Carven, assumindo o comando da Bottega Veneta. Segundo Leo Rongone, CEO da marca italiana, Trotter traz uma estética refinada e uma visão cultural alinhada aos valores da casa. Essa mudança marca o início de um novo capítulo tanto para Blazy quanto para a Bottega, refletindo a constante evolução das grandes maisons de luxo.

O impacto de Blazy na Bottega Veneta

Durante seus quase três anos à frente da Bottega Veneta, Blazy conseguiu revitalizar a marca ao unir códigos tradicionais com um toque de modernidade e humor. Suas coleções, aclamadas por público e crítica, trouxeram um senso de escapismo e renovação que atraíram uma nova geração de consumidores. Entre seus maiores trunfos estão os acessórios de luxo, que rapidamente se tornaram sucessos comerciais.


Matthieu Blazy impactou a Bottega Veneta (Foto: reprodução/Instagram/@matthieu_blazy)


A habilidade de Blazy em conectar inovação e comercialidade foi crucial para reposicionar a marca no topo da indústria. Ele conseguiu superar concorrentes como Simon Porte Jacquemus e Hedi Slimane, nomes fortes para cargos de destaque no mercado de luxo. Esse reconhecimento consolidou sua reputação e o preparou para o maior desafio de sua carreira: liderar a Chanel.

O próximo capítulo na Chanel

Com a saída de Virginie Viard, que sucedeu Karl Lagerfeld, Matthieu Blazy assume o posto de diretor criativo da Chanel, considerado o cargo mais cobiçado da moda. Sua estreia está marcada para outubro de 2025, durante a Semana de Moda de Paris, e promete trazer uma nova perspectiva para a maison francesa. A escolha de Blazy reflete o desejo da Chanel de inovar sem perder sua essência, um equilíbrio que o estilista demonstrou dominar em sua trajetória.


Matthieu Blazy assume liderança de desenhos da Chanel (Foto: reprodução/Carmine Romano/The New York Times)

Segundo Bruno Pavlovsky, presidente de moda da Chanel, Blazy foi selecionado após uma reunião decisiva em julho de 2025. Ele destacou que o belga não é apenas talentoso, mas também possui a visão estratégica necessária para liderar a marca. Em um cenário de constantes mudanças na moda, a Chanel busca manter sua relevância global, e Blazy representa a aposta certa para guiar a maison em uma nova era de criatividade e sofisticação.

Louise Trotter assume direção criativa da Bottega Veneta após saída de Matthieu Blazy

Louise Trotter assume cadeira da direção criativa da Bottega Veneta após saída de Matthieu Blazy. Matthieu deixou a marca após fortes rumores de sua saída para atuar na marca de luxo Chanel, Blazy assume posição vaga há seis meses na Chanel.

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Na reta final do ano o mercado de luxo anda movimentado. Em comunicado oficial, o CEO da Bottega Veneta disse que a “estética de Trotter combina perfeitamente com a marca, seu design requintado com artesanato sublime e seu compromisso com a cultura se alinha com a nossa visão”. Ele ainda declarou ser extremamente grato a trajetória de Blazy na marca, “minha sincera gratidão por sua criatividade visionária”. Trotter irá assumir o cargo a partir de fevereiro de 2025.


Trotter já havia atuado na Lacoste (Foto: reprodução/032c/Victoria Camblin)

Trajetória

Louise Trotter já passou por marcas de luxo consolidadas e com nome forte no mercado como, por exemplo, Lacoste. Louise foi a primeira mulher a ocupar o cargo de direção criativa na marca francesa. Na carven a estilista ocupou o cargo por um curto período, menos de um ano.

Nascida no ano de 1969 em Sunderland, no Reino Unido, Trotter vive atualmente em Paris, formada em marketing e design na Universidade de Newcastle Polytechnic. Começou sua carreira como diretora de compras nas ruas de Whistles, logo após se mudou para os Estados Unidos para assumir a vice-presidência de design de moda feminina na Gap em Nova York. Depois disso, ela se tornou chefe de moda feminina na Calvin Klein, antes de assumir uma função de design na Tommy Hilfiger.

Ela se juntou à marca britânica Jigsaw como diretora criativa em 2007, com sua primeira coleção para a marca, que foi bem recebida pela imprensa de moda, estreando no outono daquele ano. Em 2009, ela assumiu o comando da Joseph, mudando-se para Paris e sucedendo o fundador da marca, Joseph Ettedgui, que morreu em 2010.

Em 2014, Trotter estreou um desfile de moda feminina Joseph durante a London Fashion Week, o que deu mais autoridade à própria marca do varejista multimarcas. Trotter também é amplamente creditada por um papel fundamental na expansão internacional da marca, bem como pela contratação do ex-aluno da Z Zegna, Franceso Muzi, como o primeiro designer da Joseph para sua coleção de moda masculina.

Mistério revelado: Matthieu Blazy assume direção criativa da Chanel em 2025

Matthieu Blazy já estava sendo cotado por diferentes veículos da imprensa especializada no mundo da moda para assumir a direção criativa da Chanel, e agora finalmente o anúncio oficial foi feito, “Estou muito feliz e honrado de entrar na maravilhosa Chanel. Estou ansioso para conhecer toda a equipe e escrever este novo capítulo”, declarou o designer em comunicado oficial.

Sucessão

Virginie Viard deixou a direção criativa da Chanel em junho deste ano e desde então a marca busca um sucessor para assumir o cargo. A última coleção da marca francesa não foi assinada por nenhum designer principal, tendo sido feita pelo time de moda da grife. A expectativa é que com a chegada de Matthieu surja uma abordagem combinando respeito pela tradição com uma visão inovadora, assim como foi sua chegada à Bottega Veneta.


Modelo da coleção de Matthieu para Bottega Veneta (Foto: reprodução/Instagram/Matthieu_blazy)

História

Blazy nasceu em 1984, sua carreira como designer começou acompanhado de Raf Simons, na época atuava na área de moda masculina da marca homônima. Sua primeira experiência moldou seu estilo atual, até hoje é possível ver referência deste trabalho em suas criações atuais. Em seguida Matthieu migrou para a Maison Margiela.

Foi então na Margiela que Blazy se destacou no mercado, misturando alta-costura ao disruptivo, Matthieu conquistou a indústria. Seu trabalho mais notório na marca foram as máscaras de cristais, que foram usadas pelo rapper Kanye West em suas turnês.

Em 2014 o designer tornou-se então sênior em sua atuação. Ele atuou sob a direção de Phoebe Philo, no estúdio da Celine, Phoebe é considerada outra grande personagem no mundo da moda. Philco também teve influência no estilo de desenho atual de Blazy, trazendo uma estética mais sofisticada e minimalista.

Entre os anos de 2016 a 2019, Blazy trabalhou novamente com Raf Simons, fazendo parte do time da Calvin Klein, como diretor de design das coleções masculina e feminina. Logo após foi nomeado como diretor criativo da Bottega Veneta, aonde atual até hoje. A frente da marca teve seu trabalho aclamado pela crítica, se consolidando como um dos nomes principais e mais talentosos de sua geração. Matthieu se destaca por sua criatividade e capacidade de criar coisas novas e ainda assim sofisticadas.

Apesar de jovem Matthieu carrega um currículo recheado de colaborações importantes, nome famoso no mundo da moda e com seu grande potencial para a criatividade. Caso realmente seja nomeado para a Chanel terá oportunidade de crescer e se destacar ainda mais e quem sabe até inaugurar uma nova era na marca de luxo.

Após uma década de transformação, John Galliano deixa Maison Margiela

Hoje, (11) de dezembro, após uma década no comando da Maison Margiela, John Galliano anunciou sua saída da marca, marcando o fim de um período transformador, tanto para o estilista quanto para a grife. Conhecido por sua abordagem teatral e inovadora, Galliano revitalizou a identidade da Margiela, integrando elementos ousados ao DNA minimalista da marca. Durante sua gestão, a Margiela não só ganhou destaque nos desfiles de alta-costura, como também obteve resultados financeiros expressivos, com um crescimento de 23% no último ano, impulsionado principalmente por mercados asiáticos, como China e Coreia.

Futuro de John ainda é incerto

A decisão de Galliano de não renovar seu contrato reflete seu desejo de novos desafios criativos. Enquanto a Maison Margiela ainda não anunciou um sucessor, o futuro do estilista já gerou intensa especulação na indústria da moda. Fontes apontam para uma possível ida à Fendi, especialmente após a recente reestruturação da marca com um novo CEO.

Outra hipótese seria um retorno à Dior, onde Galliano brilhou por 15 anos, antes de deixar a casa de forma controversa em 2011, após uma grande polêmica, em que foi amplamente condenado, resultando em sua saída. John  foi demitido depois que um vídeo foi à público, fazendo comentários antissemitas, enquanto estava embriagado. Contudo, o sucesso atual de Maria Grazia Chiuri, como diretora criativa da Dior, torna essa possibilidade incerta.


Post de John Galliano, anunciando sua saída da Maison Margiela ( Foto: reprodução/Instagram/@jgalliano)

O fim de um capítulo na moda

A saída de Galliano também reflete uma tendência na indústria de luxo, com várias grifes enfrentando mudanças de liderança criativa nos últimos anos. Esse cenário cria oportunidades e desafios para designers renomados como Galliano, que continua sendo uma figura central no universo fashion, capaz de redefinir o futuro de qualquer marca, onde trabalhe.

O legado de Galliano na Margiela será lembrado como um período de renascimento artístico e sucesso comercial, consolidando a marca como uma das forças mais inovadoras da moda contemporânea.

Depois de avalanche do verde Brat, Charli XCX aposta em marrom tendência de 2025

Ela dominou as paradas e os streamings de 2024. Charli XCX lançou seu álbum BRAT em junho deste ano, na efervescência do verão no hemisfério norte, e junto com ele uma avalanche verde neon dominou as redes sociais. Mas, recentemente, a diva pop decidiu mudar sua estética, e apostou em um vestido de tule marrom para participar do brunch da Variety, onde recebeu o prêmio de hitmaker do ano, no último sábado (07).


Charli XCX com vestido marrom “Mocha Mousse” (Foto: reprodução/Axelle/Bauer-Griffin/Getty Images Embed)


Com ousadia e transparência, o modelo escolhido é da maison francesa Yves Saint Laurent, de frente única, produzido inteiramente em um tom marrom, que remete à recente cor eleita pela Pantone, como cor do ano, a “Mocha Mousse”.  

Febre verde neon BRAT

Se você estava vivo e em contato mínimo com as redes sociais durante esse ano de 2024, com certeza, em algum momento, mesmo que inconscientemente, entrou em contato com a febre viral de BRAT – nome do álbum lançado pela cantora Charli XCX. 

A produção superou o cenário musical e se transformou em um fenômeno cultural entre os jovens, todos conquistados pela rebeldia, vulnerabilidade e imperfeição despretensiosa da cantora britânica, que de brinde, além da estética cativante, retratou em suas músicas as angústias de uma geração dividida entre a ansiedade e a euforia. Por consequência, o verde neon gritante que estampava a capa do álbum dominou a indústria da moda e os guarda-roupas de muitos durante o segundo semestre. 

Mas como tudo que é bom dura pouco, até a própria Charli parece ter enjoado da radiante estética verde e optou pelo clássico e versátil marrom, outro queridinho das fashionistas de 2024.

Cor de 2025

Contrariando o reinado absoluto do “pretinho básico”, como sinônimo de versatilidade e elegância, o marrom dominou as passarelas e as tendências do final de 2024. Para consolidar ainda mais esse hit, a Pantone anunciou a tonalidade “Mocha Mousse” como tom do próximo ano. O marrom suave evoca, segundo o próprio anúncio, uma sensação de conforto sensorial que apenas sabores de café, cacau e chocolate proporcionam. 


Pantone divulga cor do ano de 2025: Mocha Mousse (Foto: reprodução/divulgação/Pantone)

Embora o anúncio tenha trazido a novidade do nome de batismo, a cor já ficou extremamente familiar aos olhos treinados pelo cenário fashion internacional. Durante este ano, as principais marcas trouxeram às passarelas ao redor do mundo um grande ênfase no tom. De Chloé a Stella McCartney, passando por Isabel Marant, Gucci e Prada, os tons terrosos tomaram conta das diversas coleções desfiladas. 

Saindo do escopo high couture, o marrom também se sobressaiu no streetwear, já que a cor apresenta uma versatilidade comum apenas ao seu primo distante, o preto. Com a capacidade do tom de estar presente em diferentes texturas, múltiplos tecidos e construindo diversas peças, fica fácil entrar na tendência, e assim como Charli XCX abandonar o verde BRAT.