São Paulo registra segunda morte por varíola dos macacos

Neste domingo (16), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo anunciou que o estado registrou, no sábado (15), a segunda morte por varíola dos macacos. De acordo com o comunicado o paciente era natural de Santos, de 36 anos, além disso, tinha comorbidades e desde o início de setembro estava internado em Praia Grande. 

A primeira morte no estado foi confirmada na quarta-feira (12), o morador de São Paulo, de 26 anos, também tinha “diversas comorbidades”, segundo a pasta. Ao todo, no país, são 8.652 casos confirmados por varíola dos macacos e seis mortes, conforme os dados divulgados na última sexta-feira (14), pelo Ministério da Saúde. Contudo, o boletim considerou apenas a primeira vítima da doença em São Paulo. Portanto, ao total a quantidade de óbitos em breve deve ser de sete. Sendo eles em Minas Gerais (3) e no Rio (2), totalizando os números de óbitos.


Efeito da Varíola dos Macacos. (Foto: Reprodução/Pexels)


De acordo com a pasta da Saúde, São Paulo soma 3.901 casos e a secretaria ressalta ainda que, a “transmissão de contato íntimo e sexual” aumenta. Já, nesta quarta-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde anunciou que quatro principais emergências sanitárias ameaçam a região das Américas: cólera, poliomielite, Covid-19 e varíola dos macacos. 

Outro fator importante sobre o último registro de óbito, a propagação “parece estar diminuindo”, segundo a diretora da Opas, Carissa Etienne, mesmo que na semana passada mais de 2.300 novas infecções tenham sido contabilizadas pelos países que fazem parte da região.

O Ministério da Saúde recebeu a primeira remessa de vacinas, no início do mês, com 9,8 mil unidades, a fim de combater a monkeypox. O Brasil comprou cerca de 50 mil imigrantes por meio do fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A boa notícia é que os próximos lotes devem ser entregues até o fim de 2022.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), orientou que os imunizantes sejam utilizados também para realizar estudos. A pesquisa tem como objetivo gerar “evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança” da vacina contra a monkeypox e, assim, orientar a na melhor decisão dos gestores, de acordo com o Ministério da Saúde.

Vale ressaltar que a pasta reforça que as vacinas são seguras! E, atualmente, são utilizadas para proteger os indivíduos contra a varíola humana ou varíola comum.

Foto destaque: Varíola dos macacos. Reprodução/Freepik

Estados Unidos possui taxa de mortalidade por overdose 20 vezes maior do que a média global

A morte de adolescentes por overdose nunca esteve tão alta nos Estados Unidos (EUA) como está neste ano. Os adolescentes do país são cada vez mais atingidos por um medicamento da casa dos opióides, o fentanil. 

Mais de 100 mil americanos morreram de overdose no ano passado, e a grande maioria deles eram adultos. No entanto, o grupo de jovens vem apresentando maior taxa de óbito por esse exato motivo. 

Melanie Ramos, jovem de 15 anos, morreu dentro do banheiro da escola após ingerir um comprimido que continha fentanil. Melanie e uma amiga pensavam que estava tomando paracetamol e oxicodona, mas, as pílulas foram falsificadas e misturadas com fentanil, e a jovem acabou intoxicada.

A família de Ramos ainda sofre com o luto e relembram os traços da menina. “Ela era uma menina linda e doce, com pais trabalhadores”, relatou o tio dela, Oscar, durante uma vigília à luz de velas nos degraus da escola Bernstein High School, onde amigos e familiares rezaram em espanhol e colocaram flores em um santuário criado para Ramos. 


A droga que está matando adultos e adolescentes. (Foto: Reprodução/Hospital Santa Mônica)

 


O fentanil geralmente é contrabandeado para os Estados Unidos por cartéis de drogas mexicanos. Embora tenham o costume de misturar com drogas mais pesadas, como a heroína, os cartéis agora estão produzindo em massa pílulas de arco-íris, como se fossem comprimidos normais, para chamar a atenção das crianças que estão mais sujeitas a experimentá-las. 

Em Los Angeles (LA), a cidade mais importante do Estado da Califórnia, mortes recorrentes por overdose estão preocupando as autoridades. Em operação liderada pelo Departamento de Justiça da Califórnia, no último dia 12, foram apreendidos 24 quilos de fentanil, quantidade suficiente para fabricar 250 mil pílulas. 

Mas essa problemática não se restringe apenas a LA, e se expande por todo os EUA. 

Na semana passada, em Nova York, as autoridades apreenderam o equivalente a 15 mil pílulas coloridas estocadas em uma caixa de brinquedos LEGO.

Os Estados Unidos é o país pioneiro em relação a overdose, possuindo uma taxa de mortalidade 20 vezes maior do que a média global. “Infelizmente, somos de longe os líderes mundiais em mortes por overdose”, lamentou Joseph Friedman, pesquisador da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Foto Destaque: Fentanil, a droga que está matando adolescentes e adultos. Reprodução/DepositFotos

Estudiosos afirmam que a limpeza semanal dos colchões melhora a qualidade do sono

Um dos objetos que mais acolhe as pessoas, com toda a certeza é o seu colchão, por isso seu dono precisa ter um cuidado necessário. O ponto que mais deixa as pessoas em alerta é que os humanos passam mais de um terço da vida deitados. Portanto, cuidar do colchão antes de ser futilidade, é importante para a saúde.

Deixar os lençóis sem trocá-los por muito tempo, só faz com que o terreno fértil para bactérias, maus odores e outros problemas aumente. Por isso, a Sleep Foundation, organização que estuda a qualidade do sono, recomenda que a troca do lençol seja feita de forma semanal.


Cama desarrumada/ (Foto Reprodução: Portal Saúde no Ar)


Outra dica que deve começar a ser seguida é a lavagem de capas dos travesseiros, almofadas, cobertores, edredons e até dos travesseiros. A ideia é que eles sejam limpos com menos frequência do que os lençóis, mas mesmo assim, precisam de um “banho”.

Uma das recomendações dadas por especialistas nesta área é que a pessoa vire seu colchão pelo menos duas vezes ao ano. Para a Organização de Consumidores e Usuários (OCU) da Espanha, mesmo que o produto tenha um reforço em determinadas regiões, como na parte da cabeça ou dos pés, fazer o giro entre as pontas, já é um cuidado válido. Esta troca é recomendada quando o período de frio se intensificar ou quando houver um tempo de muito calor.


Cama arrumada/ (Foto Reprodução: Líder Interiores)


Na hora desta troca, uma boa ideia é fazer uma limpeza geral, ou seja, se puder aspirar a poeira e até fazer uma receita com bicarbonato de sódio, podem melhorar o aspecto do produto. Para especialistas, é importante também que o quarto especificamente embaixo da cama seja asprirado uma vez por semana.

Para aqueles colchões já manchados, existem certos truques que ajudam na hora de deixá-los como novos. O importante é lembrar que as manchas não podem ser molhadas excessivamente e o colchão não pode ser esfregado com muita força, pois ai ele será danificado, prejudicando a pessoa na hora do descanso. Os fabricantes também recomendam que a troca do produto seja feita entre 8 e 10 anos, ou quando ele não ajudar mais na hora do sono.

Foto Destaque: Jovem deitada na cama/ Reprodução: Higienização e Limpeza do Estofado

Especialistas se preocupam com a queda na taxa de vacinação contra o HPV

Segundo dados recentemente divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de adesão dos jovens tanto meninas quanto meninos, em relação à vacinação contra o vírus do HPV, vêm caindo desde o segundo ano da sua implantação no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Vale lembrar que, esta vacina é considerada uma das formas de prevenção de pelo menos seis tipos diferentes de câncer.

A vacina que começou a ser disponibilizada para as meninas pelo SUS em 2014 e para os meninos em 2017, sofreu uma queda de 72% para elas e 52% para eles desde o primeiro ano cheio de aplicações. Entre 2015 e 2021, para meninas e de 2018 até 2021 para os meninos. Estes dados foram coletados pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).


Jovem tomando vacina/ (Foto Reprodução: UOL)


Este imunizante além de proteger o organismo humano contra o Papilomavírus humano (HPV), ajuda no fortalecimento contra os cânceres de: pênis, vulva, pescoço, reto, vagina, garganta e até o de colo do útero. Uma das metas do país seria que com a aplicação em massa desse imunizante, o câncer de colo do útero pudesse ser erradicado, como aconteceu no Canadá e na Austrália.

Segundo a coordenadora do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) e médica titular do A.C. Camargo Câncer Center, Andréa Gadêlha Guimarães, a vacina aplicada protege contra quatro tipos de vírus. “Dependendo do tipo de HPV, o vírus pode representar baixo ou alto risco de evolução para o câncer e fora que a vacina é quadrivalente, ou seja, protege contra os quatro tipos de vírus mais frequentes”, explica.

Vale lembrar que, o Ministério da Saúde agora permite que homens e mulheres imunossuprimidos com idades entre 9 e 45 anos, que convivem com HIV, AIDS, possuem um órgão sólido transplantado, medula óssea ou sejam pacientes oncológicos podem se vacinar. Quem não faz parte do público alvo e quiser se vacinar, pode procurar pela vacina na rede privada.


Menina tomando vacina/ (Foto Reprodução: Prefeitura de Fortaleza )


Para especialistas como Andréa e a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Mônica Levi, a sociedade hoje não enxerga mais a gravidade nas doenças e por isso a queda no número de imunizações está aumentando. “Falta educação para que as pessoas entendam que uma das formas de evitar um surto, nós precisamos de altas taxas nas coberturas vacinais”, pontua Mônica.

Fatores como a falta de relação do HPV com os tipos de câncer, ideais tanto culturais quanto religiosos, o alto índice atual de desinformação espalhado nos meios de comunicação e principalmente as dificuldades de logísticas, acabam por complicar o trabalho de médicos na hora de alertar a população sobre os benefícios das vacinas.

Foto Destaque: Adolescente tomando vacina/ Reprodução: UOL

Alimentação saudável pode ajudar na prevenção do câncer de mama

O câncer de mama, doença muito perigosa para as mulheres, pode atingir mais de 66 mil casos até o fim deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Contudo, para evitar o desenvolvimento desta doença, um dos principais fatores que ajudam no fortalecimento do organismo é o cuidado na hora das refeições, pois um estilo de vida saudável e que seja rico em nutrientes ajudam na prevenção da enfermidade.

Segundo a nutricionista do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ana Salomon, o cuidado que as mulheres devem ter diarimente para se prevenirem deste câncer, está altamente ligado com a alimentação. Uma das recomendações é a escolha por alimentos naturais ao invés dos ultraprocessados.


Alimentos ultraprocessados/ (Foto Reprodução: APPAI)


A alimentação saudável que inclui alimentos naturais, variedade e quantidade correta de frutas, verduras e legumes, os cereais itegrais, ajudam muito na hora de manter o estado nutricional adequado e claro, previne diversos tipos de doenças. Consumir uma alimentação saudável, garante uma qualidade de vida melhor no futuro”, afirma.

Para Ana, os alimentos “vilões” na dieta e que devem ser eliminados em primeiro lugar são:

  • Fast-Foods;
  • Alimentos ultraprocessados;
  • Com altos níveis de açúcar;
  • Carnes em conserva;
  • Embutidos;

Ela ainda pontua que o consumo maior que 500g de carne vermelha ao longo da semana deve ser evitado, pois as gorduras interferem na produção de hormônios e afetam diretamente a saúde. Bebidas muito adocicadas e as alcoólicas devem passar longe da dieta, pois são prejudiciais.

Já alimentos aliados no combate tanto do câncer quanto para outras doenças, segundo a nutricionista e que precisam estar presentes diariamente, são:

  • Cenoura;
  • Beterraba;
  • Vegetais verdes e folhosos;
  • Vegetais crucíferos, como brócolis, agrião entre outros;
  • Grãos integrais;
  • Frutas diversificadas; 

Frutas diversificadas/ (Foto Reprodução: Wizard)


Sobre o uso de suplementos, Ana explica que ainda não há um estudo científico que afirme haver uma relação na prevenção deste câncer. Contudo, ingerir este produto sem a prescrição de um profissional, pode causar outras consequências graves ao funcionamento correto do organismo. Desta forma, pode até haver o desenvolvimento de doenças graves.

 

Foto Destaque: Prato com alimentação saudável/ Reprodução: Pense Natural

Conselho Federal de Medicina modifica as normas de uso sobre o canabidiol

Na nova resolução publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), na última sexta-feira (14), houve a atualização da norma em relação ao uso de canabidiol. A partir de agora, os médicos devem seguir novas normas e assim orientar os pacientes que dependem desta substância para realizar seus tratamentos.

A resolução CFM n° 2.324 agora é mais restritiva, pois autoriza que produtos feitos com base de cannabis apenas sejam indicados para tratar determinados quadros de epilepsia. O conteúdo ainda afirma que está proibida a prescrição de outros derivados da cannabis sativa que não seja o canabidiol.


Folhas de Cannabis e recipiente com o óleo/ (Foto Reprodução: Gazeta do Povo)


Um novo ponto do texto é que os médicos estão “vedados” de prescrever o canabidiol para outras doenças, menos para aquelas em que o tratamento serve como um estudo científico. Vale lembrar que existem diversas terapias que usam de base este medicamento, pois ele serve para tratar desde transtornos de espectro autista até casos de depressão e ansiedade.

Questionada sobre este retrocesso nas normas, a relatora da resolução, Rosylane Rocha, afirmou: “Houve um aumento no número de atividades  de fomento ao uso de produtos baseados na cannabis e também um certo crescimento na prescrição desta substância para outras doenças, substituindo os tratamentos convencionais e comprovados por estudos e tudo isso após o aval da ANVISA”, revelou.

Agora apenas as epilepsias ligadas com a Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa é que têm o aval do uso de CBD. Segundo especialistas, esta atualização no texto se contradiz e pode inviabilizar a utilização do Metavyl, único remédio feito com CBD e aprovado no Brasil. Ele é indicado para o tratamento da Esclerose Múltipla.


Óleo de canabidiol e folhas de cannabis/ (Foto Reprodução: Medicom)


Para a diretora executiva da Apoio a Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (APEPI), Margarete Brito, essa resolução é um retrocesso. “Hoje temos na associação mais de 4 mil pacientes idosos com doenças como Alzheimer, Parkinson e dores crônicas que usam este medicamento. Os médicos que indicam essa substância para o tratamento, ficam intimidados de perderem seu registro na CFM”, afirmou.

A CEO e fundadora da Sphera Joy e FlowerMed, Caroline Heinz, explica que o novo texto da resolução é incongruente, pois o próprio Ministério da Saúde põe em prática outra coisa. Para ela, se não pode usar a substância, não há  razão de a Secretaria de Saúde, o Ministério da Saúde e o SUS, gastarem dinheiro na compra deste medicamento.

Foto Destaque: Óleo de canabidiol/ Reprodução: Blog de Neurologia do Dr. Matheus Trilico

Conheça os sintomas do teratoma

Teratoma é um tumor formado por células germinativas, que dão origem a diversos tipos de tecidos. Por isso, é comum que no teratoma surjam cabelos, pele, dentes, unhas e dedos dependendo dos tipos de células presentes. O teratoma é mais frequente que surjam no ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, e pode se desenvolver em qualquer lugar do corpo. 

Ele é considerado um tumor congênito,é gerado antes do nascimento. Geralmente surge no ovário nos testículos, e não se espalha pelo corpo sendo considerado  benigno, bastando uma cirurgia para remoção. O tumor se manifesta na idade adulta.


Foto: Teratoma causa dores abdominais Reprodução/iop


Um estudo realizado por médicos brasileiros, indica que descobrir as causas são difíceis de serem identificadas. O teratoma pode ser separado em três níveis : o primeiro sendo conhecido como cisto dermoide, sendo em 95% dos casos benignos, o segundo, sendo considerado maligno e atinge até 2% das pessoas, o terceiro é mais raro de acontecer é composto por um único tipo de tecido, como o da tireoide.

O crescimento do teratoma é lento, sendo apenas dois milímetros por ano, o tumor costuma ser identificado  antes de causar algum dano ao paciente.Contudo, quanto maior o tumor fica, aumenta também os riscos e as complicações, como torção no ovário ou ruptura do cisto. Os principais sintomas do teratoma são: sangramento uterino anormal, dor nas costas, dores abdominais, e distúrbios gastrointestinais e na bexiga.

O diagnóstico do teratoma, pode ser identificado por meio de exame de imagens, como a ultrassonografia. Existem casos difíceis de serem diagnosticados e podem ser identificados com o uso de tomografia especializada ou ressonância magnética. Após a sua identificação, é feita uma biópsia no paciente para determinar se o tumor é benigno ou maligno. O tratamento é feito somente com remoção cirúrgica do tumor sendo o teratoma maligno e um grau mais agressivo, o paciente precisa passar por quimioterapia. 

Foto destaque: Reprodução/ mdsaude

Haiti passa por surto de cólera em meio a crise política

O Haiti passa por novo surto de cólera. Já são 18 mortes e 32 casos confirmados, além de centenas de casos suspeitos até o dia 9 de outubro. Enquanto isso, o país passa por uma crise política e econômica que levou ao fechamento de uma série de estabelecimentos, incluindo hospitais. Há risco da propagação de novas doenças como a poliomielite. A recomendação é de que os cidadãos mantenham a higiene das mãos e consumam água potável.

 Há cerca de um mês, um bloqueio de gangues fechou um terminal de distribuição de combustível importante no país. A movimentação aconteceu, pois o governo decidiu aumentar o preço dos combustíveis em meio à crise. A situação política do Haiti é instável desde 2018 e, mesmo em meio a pandemia, os protestos não param. O primeiro-ministro, Ariel Henry, assumiu o cargo após seu antecessor, Jovenel Moïse, ser assassinado.


Foto: Protestos no Haiti. Reprodução/Jeanty Junior/Reuters


A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alerta para o risco de surto de novas doenças. O Haiti é um dos países com risco “muito alto” de transmissão da poliomielite. Os outros são Brasil, República Dominicana e Peru. Segundo Carissa Etienne, diretora da Opas, apenas 51% estão totalmente vacinadas contra a pólio no Haiti. “Isso está bem abaixo dos níveis recomendados, deixando o Haiti em altos riscos de novos surtos”.

O Haiti já passou por um surto de cólera anteriormente, em 2010. Na ocasião, cerca de 10 mil pessoas morreram. Forças de paz das Nações Unidas teriam despejado esgoto infectado em um rio e propagado a doença. Elas estavam estabelecidas no país desde 2004 após a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide. Em 2016, as Nações Unidas pediram desculpa pelo ocorrido, mas sem assumir a responsabilidade. Em 2020, a Opas revelou que o Haiti passou um ano sem casos confirmados de cólera.

Foto destaque: Crise política no Haiti. Reprodução/Jeanty Junior/Reuters

Fora de época, casos de influenza aumentam entre crianças

O número de casos de gripe entre crianças vem aumentando. A procura por hospitais infantis está em crescimento e a vacinação abaixo da expectativa. Os sintomas gripais são causados pelo vírus da influenza, sendo o subtipo predominante o H3N2. O aumento dos casos aparece fora do período esperado, assim como no ano passado. 

Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, nos últimos 30 dias a procura por hospitais infantis aumentou cerca de 20% no estado. Entre janeiro e setembro foram notificados 690 casos de Síndrome Respiratória Aguda em crianças de até 11 anos, cerca de 30% no último mês. Um dos motivos é a vacinação abaixo do esperado. Apenas 65% receberam a vacina em São Paulo. 


Foto: Criança vacinada. Reprodução/Everton Lima/IFF/Fiocruz


A meta do governo federal é vacinar 95% na faixa etária entre 6 meses e 5 anos. Até o momento, esses números chegaram apenas a 67,6%. Alguns estados não apresentam nem 50% dessas crianças vacinadas, como o Rio de Janeiro (45,3%), o Acre (34,9%) e Roraima (31,8%). Segundo o pediatra e infectologista Daniel Jarovsky, em entrevista ao UOL, muitos acreditam já estarem imunes sem vacina. “Muitos pais e crianças, por exemplo, não receberam a vacinação neste ano porque foram infectados em dezembro de 2021 e entenderam que, por isso, estariam imunes, mas não estão. É necessário atualizar a vacina da gripe todo ano.”

O vírus da gripe começa a preocupar fora de época pelo segundo ano seguido, o que dificulta o controle. Em 2021, o surto teve seu ápice em dezembro. Neste ano, cresce em setembro. O período de pico da influenza costuma ser no inverno, entre julho e agosto. A sazonalidade comum a essa doença se perdeu após o período de isolamento social causado pela COVID-19. 

Os especialistas alertam para a importância da vacinação, pois por mais que seja menos letal que a COVID-19, a influenza pode evoluir para casos graves, levando a internação.

Foto destaque: Criança gripada. Reprodução/Getty Images

Estudo Americano compara Arroz branco com doces afirmando serem igualmente prejudiciais

O Arroz branco é o principal agente do almoço da população brasileira. É um fato geral de que praticamente toda refeição carrega o arroz e o feijão como principais alimentos. Entretanto, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos por pesquisadores do American College Of Cardiology, o consumo exacerbado de arroz branco pode causar consequências à saúde. 

Uma delas é o aumento do risco de desenvolver doenças no coração. Os pesquisadores compararam o consumo de doces e outros alimentos gordurosos com o consumo de arroz branco. Para realizar essa comparação, foram recrutados mais de 2 mil pacientes com doença arterial coronariana prematura que foram submetidos a radiografias do coração, no hospital do Irã.

Para contrabalancear, foram adicionadas 1,1 mil pessoas saudáveis no estudo como grupo controle, enquanto os outros 1,3 mil pacientes possuíam obstruções nas artérias. Todos receberam os mesmos questionários sobre sua alimentação e a frequência de consumo de certos alimentos. 


Grãos Integrais e Grãos Refinados (Foto: Reprodução/iStock) 


Ao término dessa pesquisa, os cientistas responsáveis puderam concluir que as pessoas que consumiam mais grãos refinados, possuíam um risco maior de desenvolvimento de doença arterial coronariana prematura. Contudo, quem consumia grãos integrais, apresentavam redução no risco de desenvolver a doença.

“Existem muitos fatores pelos quais as pessoas podem estar consumindo grãos mais refinados em oposição aos integrais. Por exemplo, alguns dos fatores mais importantes a serem considerados incluem a economia e renda, emprego, educação, cultura, idade e outros fatores semelhantes”, explica o cientista Mohammad Amin Khajavi Gaskareim, principal coordenador do estudo. 

O estudo observou e comparou esses alimentos, porém, é incerto afirmar com 100% de certeza de que grãos refinados como o Arroz branco pode causar sempre danos ao coração. É importante fazer acompanhamento nutricional estando ou não com alguma complicação de saúde. Até mesmo para evitar problemas como esse.

Foto Destaque: Arroz branco/Reprodução/Gazeta do Povo