Missão Indiana Chandrayaan-3 descobre novas evidências sobre a Lua

A recente missão Chandrayaan-3, que posicionou a Índia como o quarto país a alcançar o solo lunar, trouxe à tona dados valiosos que reforçam teorias sobre a formação da Lua. Ao pousar em uma região de alta latitude ao sul, perto do polo sul lunar, a missão lançou um pequeno rover, Pragyan, para explorar a superfície. Equipado com instrumentos científicos, Pragyan percorreu aproximadamente 103 metros da superfície lunar e realizou 23 medições ao longo de 10 dias. Esses dados são os primeiros do tipo coletados nas proximidades da região polar sul.

O que Pragyan descobriu foi uma composição uniforme no solo lunar, predominantemente de uma rocha chamada anortosito ferroano. Essa rocha é similar às amostras obtidas pela missão Apollo 16, em 1972, na região equatorial da Lua. As descobertas foram publicadas recentemente na revista Nature e têm implicações significativas para a compreensão da evolução lunar. De acordo com os cientistas, a presença dessas rochas em diferentes partes da Lua sugere que o satélite natural da Terra já foi coberto por um oceano de magma, uma hipótese sustentada há décadas.


As descobertas da missão mudaram a ciência (Foto: Reprodução/Getty Images/Sanja Baljkas)


O oceano de magma e a formação da Lua

Diversas teorias sobre a formação da Lua têm sido propostas ao longo dos anos. No entanto, a maioria dos cientistas concorda que, há cerca de 4,5 bilhões de anos, um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra, lançando detritos no espaço que eventualmente formaram a Lua. As amostras lunares coletadas pelas missões Apollo, entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, indicaram que a Lua foi criada aproximadamente 60 milhões de anos após o início da formação do sistema solar.

A teoria do oceano de magma, que teria centenas a milhares de quilômetros de profundidade, sustenta que este persistiu por cerca de 100 milhões de anos. Durante o processo de resfriamento, cristais se formaram, e minerais como anortosito ferroano subiram à superfície, formando a crosta lunar. Outros minerais mais densos, como a olivina, afundaram para o manto lunar. A investigação de Pragyan revelou uma mistura de anortosito ferroano e outros minerais, reforçando ainda mais essa teoria.

Explorando os mistérios da Lua

O pouso da Chandrayaan-3 no Shiv Shakti Point, a aproximadamente 350 quilômetros da Bacia do Polo Sul-Aitken, permitiu aos cientistas estudarem de perto uma das regiões mais antigas da Lua. Acredita-se que um impacto de asteroide há 4,2 bilhões a 4,3 bilhões de anos tenha desenterrado minerais ricos em magnésio, como a olivina, misturando-os ao solo lunar.

As descobertas feitas pela missão indiana são cruciais para entender melhor a história da Lua. Segundo o principal autor do estudo, Santosh Vadawale, as novas medições aumentam a confiança na hipótese do oceano de magma lunar e abrem caminho para futuras explorações nas regiões permanentemente sombreadas dos polos lunares. Essas áreas, praticamente inexploradas, podem conter ainda mais pistas sobre as origens e a evolução da Lua.

A missão Chandrayaan-3 não apenas acrescenta um novo capítulo ao estudo da Lua, mas também oferece insights valiosos sobre a formação da Terra e de outros planetas rochosos, como Marte. A compreensão desses processos ajuda a modelar como todos os planetas, incluindo aqueles fora do nosso sistema solar, se formam e evoluem ao longo do tempo.

Instagram lançou um novo recurso no qual será possível adicionar músicas ao perfil

Novidade no Instagram, a rede social anunciou que, agora, os usuários poderão adicionar um trecho de música em seus perfis. A canção aparecerá na parte da biografia, abaixo da foto de perfil.

A novidade vem sendo comparada pelos internautas com uma função antiga da rede social MySpace, lançada em 2003, quando as redes sociais começavam a ganhar espaço na internet.

Novidade remete aos tempos do MySpace

Lembrando que, na época do MySpace, essa função ajudou a criar alguns virais dentro da plataforma e foi um dos primeiros lugares onde os cantores poderiam ver suas músicas compartilhadas fora da mídia tradicional.

Ainda no MySpace, alguns nomes reconhecidos nos dias de hoje, como Arctic Monkeys e Lily Allen, alcançaram sucesso devido ao impulso dado pela plataforma, que por muito tempo foi a principal rede social da internet.


Rede social MySpace foi umas das responsáveis por popularizar as midas sociais, principalmente entre o publico mais jovem (Foto: reprodução/AFP/NICHOLAS KAMM/Getty Images Embed)


O recurso, que foi lançado nesta última quinta-feira e já deve estar disponível para todos os usuários, foi desenvolvido em parceria com a cantora Sabrina Carpenter, que exibiu um trecho do seu novo single “Taste” antes mesmo da música ser lançada ao público. Isso também fez parte da divulgação de seu novo álbum “Short n’ Sweet”, que chegou às plataformas musicais nesta última sexta-feira.


Novidade foi compartilhada no X oficial do Instagram (Foto: reprodução/X/Instagram)

Plataforma vem procurando por um público mais jovem

A novidade abre espaço para ainda mais música na plataforma, que vem tentando atrair um público cada vez mais jovem, que recentemente vinha migrando para o TikTok.

A novidade tende a ser bastante usada pelos usuários e pode ser empregada em uma estratégia para que os artistas divulguem suas novas músicas.

Neuralink transforma controle mental em realidade com novo implante de chip

A Neuralink, empresa de tecnologia fundada por Elon Musk, anunciou nesta semana que a cirurgia de um implante cerebral realizada em seu segundo paciente foi bem-sucedida. Alex, um ex-técnico automotivo que sofreu uma lesão na coluna vertebral, passou pelo procedimento e, em poucas horas, já conseguia projetar objetos em 3D e jogar videogames como Counter-Strike utilizando apenas sua mente. A operação, realizada no Barrow Neurological Institute em Phoenix, marca um avanço significativo na busca da Neuralink por criar uma conexão direta entre o cérebro humano e dispositivos digitais.

Avanços e correções no procedimento

Após o sucesso inicial com o primeiro paciente, Noland Arbaugh, a Neuralink implementou diversas melhorias no processo cirúrgico para evitar complicações que aconteceram anteriormente. O objetivo deles é criar uma interface conectada entre o cérebro e dispositivos digitais. No caso de Arbaugh, houve uma retração inesperada dos fios de eletrodos, limitando a avaliação completa do desempenho do dispositivo. Para garantir um melhor resultado em Alex, a empresa reduziu o movimento cerebral durante a cirurgia e minimizou a distância entre o implante e a superfície do cérebro, resultando em um processo mais seguro e eficaz.


Notebook conectado ao Neuralink (Foto: reprodução/Neuralink Blog)

Potencial para o futuro

A Neuralink continua a expandir as capacidades do seu dispositivo, conhecido como Link, que agora permite o controle de movimentos complexos em dispositivos digitais. Elon Musk espera que com os avanços tecnológicos, possa decodificar múltiplos movimentos simultâneos e reconhecer a intenção de escrita, beneficiando não apenas pessoas com limitações físicas, mas também indivíduos saudáveis, aprimorando suas capacidades cognitivas.

De acordo com a startup de Musk, o segundo paciente compreendeu rapidamente o funcionamento da interface cérebro-máquina, levando menos de cinco minutos para iniciar o controle do cursor do mouse após a primeira conexão. Após algumas horas de treinamento, Alex já demonstrava pleno domínio da técnica, sem qualquer relato de problemas. Além de restaurar a autonomia digital de pessoas com deficiências motoras, a Neuralink pretende, no futuro, utilizar o dispositivo para aprimorar habilidades humanas, como auxiliar na recuperação de memórias. Alex, que recebeu alta um dia após a cirurgia, já está utilizando um software de design assistido por computador para criar projetos em 3D, mostrando o avanço que a empresa teve com a tecnologia.

Descoberta de estrela hiperveloz revela novo mistério cósmico

Uma nova pesquisa revelou a descoberta de uma estrela que viaja pela Via Láctea a uma velocidade tão alta que pode escapar da gravidade da galáxia e entrar no espaço intergaláctico. A estrela foi detectada durante o projeto Backyard Worlds: Planet 9, e chamada de CWISE J124909.08+36211.0 (ou J1249+36), e viaja a impressionantes 600 Km/s, sendo aproximadamente três vezes mais rápida que o Sol.

Estudos sobre a estrela

Estudos sugerem que J1249+36 é uma estrela de massa muito baixa, possivelmente uma subanã L, que é muito mais fria e menos luminosa que o Sol. Essa descoberta é particularmente empolgante porque, embora estrelas de hipervelocidade tenham sido teorizadas desde 1988 e observadas desde 2005, estrelas de massa baixa com tais velocidades são extremamente raras.


Imagens tiradas pelo James Webb (Foto: reprodução/Nasa/Getty Images Embed)


O grupo de cientistas que encontrou o objeto analisou os dados do Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA, e as observações subsequentes confirmaram sua alta velocidade e trajetória. A estrela pode ter sido ejetada de um aglomerado globular ou de um sistema binário de anãs brancas e supernovas. Essas possíveis origens são investigadas para entender melhor a natureza do objeto e o processo que pode ter levado a essa velocidade impressionante.

O que essa descoberta impacta

Essa descoberta fornece insights sobre estrelas em alta velocidade e baixa massa, e também pode ajudar a revelar a presença de aglomerados globulares não descobertos e a história evolutiva da nossa galáxia. Os astrônomos esperam que futuras observações ofereçam mais detalhes sobre a composição e o caminho de J1249+36, o que pode lançar nova luz sobre a dinâmica estelar e a formação galáctica.

Os pesquisadores agora estão analisando a composição química de J1249+36 para determinar sua origem exata. Elementos pesados criados em explosões de anãs brancas ou padrões distintos encontrados em estrelas de aglomerados globulares podem  fornecer pistas sobre a trajetória da estrela e sua história. Com a ajuda de telescópios como o James Webb, que recentemente identificou anãs marrons em aglomerados globulares, os cientistas esperam identificar uma “impressão digital química” que revele se J1249+36 foi ejetada de um desses antigos sistemas estelares ou se tem uma origem diferente. Conhecimento esse que pode não apenas expandir nossa compreensão sobre estrelas hipervelozes, mas também iluminar novos aspectos da formação e evolução galáctica.

Tecnologia inovadora chinesa pode prolongar vida de baterias com safira artificial

Cientistas chineses fizeram uma descoberta que pode representar um avanço significativo na tecnologia de chips ao desenvolver “wafers dielétricos” feitos de safira artificial. A pesquisa é considerada inovadora na área, principalmente por estabelecer uma base para chips mais eficientes em termos de consumo de energia.

A descoberta pode ter um grande impacto na indústria, à medida que os aparelhos eletrônicos vêm se tornando menores e mais potentes. O desafio de criar transistores que possam operar de forma eficiente em escalas manométricas se intensificou, e um dos principais obstáculos tem sido a eficácia dos materiais dielétricos, que atuam como isolantes em chips.


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Produção de chips e parte essencial da indústria de tecnologia (Foto: reprodução/E+/PonyWang/Getty Images Embed)


Em dimensões extremamente reduzidas, como as presentes nos modernos smartphones, esses materiais perdem parte de sua capacidade isolante, o que contribui para o superaquecimento e a baixa duração da bateria desses dispositivos.

Pesquisa foi liderada por grupo chinês

O Instituto de Microssistemas e Tecnologia da Informação de Xangai, parte da Academia Chinesa de Ciências, foi responsável por liderar essa pesquisa inovadora. A equipe desenvolveu wafers dielétricos de safira artificial através de um processo inédito de oxidação por intercalação.

“o óxido de alumínio que criamos é essencialmente safira artificial, idêntica à safira natural em termos de estrutura cristalina, propriedades dielétricas e características de isolamento”

Tian Zi’ao, cientista envolvidos no projeto

Chips de IA podem ser um dos grandes beneficiários dessa pesquisa

A pesquisa detalha que a safira cristalina resultante desse processo apresenta um nível de vazamento elétrico excepcionalmente baixo, até mesmo em escalas de apenas um nanômetro. Essa característica é fundamental para o desenvolvimento de chips que não apenas consomem menos energia, mas que também prolongam a vida útil da bateria dos dispositivos, abrindo portas para avanços significativos em áreas como inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), podendo ser um grande trunfo em um mundo onde a tecnologia vem buscando a eficiência máxima.

Estrela rara em trajetória de fuga da Via Láctea intriga astrônomos

Uma estrela rara, conhecida como J1249+36, foi recentemente detectada viajando a uma velocidade surpreendentemente alta oque pode levá-la a escapar da Via Láctea, a descoberta foi feita pelos cientistas cidadãos, participantes do projeto Backyard Worlds: Planet 9, foram os primeiros a notar o objeto em movimento rápido, que agora é o centro de uma pesquisa intrigante no campo da astronomia.

O objeto, possivelmente uma estrela vermelha tênue, está se movendo a uma velocidade de cerca de 600 quilômetros por segundo, o que equivale a 1,3 milhão de milhas por hora, apenas para comparação, o Sol orbita a Via Láctea a uma velocidade significativamente menor, de aproximadamente 200 quilômetros por segundo.

Se os dados forem confirmados, esta será a primeira estrela de baixa massa conhecida a atingir tal velocidade, um fenômeno raramente observado. A descoberta foi documentada por uma equipe de astrônomos e cientistas cidadãos e aceita para publicação no The Astrophysical Journal Letters.


Imagem conceitual da estrela compartilhada no X (Foto: reprodução/X/MAstronomers)

A estrela foi detectada através de uma combinação de dados coletados por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Observatório W. M. Keck e o telescópio Pan-STARRS. Inicialmente, houve dúvidas sobre a verdadeira natureza do objeto, se seria uma estrela de baixa massa ou uma anã marrom, que e um corpo celeste que não é exatamente uma estrela, mas também não é um planeta, ficando em uma especie de meio termo.

Dois cenários são considerados como possíveis causas da aceleração da J1249+36: uma interação com uma anã branca que explodiu em uma supernova ou uma ejeção de um aglomerado globular por buracos negros binários. Ambos os cenários explicariam a trajetória única da estrela, que pode levá-la a deixar a galáxia em um futuro distante.

Esta descoberta não apenas amplia o entendimento sobre estrelas hipervelozes, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a dinâmica e a evolução de objetos celestes de baixa massa.

OpenAI firma parceria com Condé Nast: O futuro da inteligência artificial e do jornalismo

Em um movimento que sinaliza uma nova era na relação entre inteligência artificial e jornalismo, a OpenAI, liderada por Sam Altman, anunciou uma parceria com a Condé Nast, a editora por trás de ícones como Vogue e The New Yorker. Este acordo permitirá que os modelos da OpenAI, incluindo o ChatGPT e o protótipo SearchGPT, sejam treinados com conteúdos dessas marcas renomadas


OpenAI destaca a importância da parceria com a Condé Nast. (Foto: Reprodução/IAm/Divulgação)

A parceria entre a OpenAI e a Condé Nast vai além de um simples acordo comercial. Ela representa uma mudança significativa na forma como as empresas de tecnologia e as editoras estão se relacionando. Durante anos, gigantes da tecnologia como o Google dominaram a distribuição de conteúdo na internet, deixando os veículos de mídia tradicionais lutando para monetizar seu trabalho. Agora, a OpenAI, apoiada pela Microsoft, está emergindo como uma nova força nesse cenário, buscando não apenas exibir, mas também aprender com os conteúdos das principais marcas jornalísticas.

Parceria entre Condé Nast e OpenAI

Roger Lynch, presidente executivo da Condé Nast, destacou que esta parceria começa a compensar a perda de receitas que as mídias digitais e impressas vêm enfrentando ao longo da última década. Em um memorando interno, Lynch afirmou que essa colaboração representa uma oportunidade de manter a relevância e a sustentabilidade dos veículos da Condé Nast em um ambiente digital cada vez mais competitivo.

Algumas organizações de mídia, como The New York Times e Intercept, já processaram a OpenAI por questões relacionadas aos direitos autorais de seus conteúdos. O diretor de operações da OpenAI, Brad Lightcap, reconheceu esses desafios, mas reforçou o compromisso da empresa em trabalhar de forma colaborativa com seus parceiros de notícias, garantindo que a IA mantenha a precisão e a integridade das reportagens.

Vogue e sua história que atravessa gerações


Revista icônica Vogue. Foto: Reprodução/ Bmmagazine/@shutterstock

Fundada em 1892, a Vogue começou como uma simples revista semanal de moda e alta sociedade em Nova York, abordando temas como moda, etiqueta e estilo de vida. O fundador, Arthur Baldwin Turnure, idealizou a publicação como um reflexo do estilo e da sofisticação das elites da época.

Em 1909, a Condé Nast adquiriu a revista, e foi sob a liderança de Condé Montrose Nast que a Vogue começou a se transformar no ícone global que conhecemos hoje. Nast viu potencial na revista para expandir seu alcance e influência, e foi responsável por torná-la uma publicação mensal, além de internacionalizar a marca. Sob sua direção, a Vogue passou a enfatizar a fotografia de moda, atraindo alguns dos melhores fotógrafos e artistas da época.

Ao longo do século XX, a Vogue se estabeleceu como a “bíblia da moda”, definindo tendências e influenciando a indústria como nenhuma outra publicação. Editores lendários como Diana Vreeland e Anna Wintour ajudaram a moldar a revista, cada uma trazendo sua visão única.

Hoje, a Vogue continua a ser uma força dominante na indústria da moda, com edições em vários países, com presença digital, e continua a influenciar não apenas o que as pessoas vestem, mas também como a moda é percebida no contexto da cultura global.

Missão da ESA realiza manobra para exploração de Júpiter

A Agência Espacial Europeia (ESA) está alcançando marcos importantes em sua missão para explorar as luas geladas de Júpiter com a sonda Juice (Jupiter Icy Moons Explorer). Lançada em abril de 2023, a sonda realizou uma manobra de assistência gravitacional dupla, envolvendo a Lua e a Terra, um feito inédito no campo da exploração espacial.

Essa técnica, que utiliza a gravidade dos corpos celestes para alterar a trajetória da sonda, foi essencial para colocá-la no caminho correto para seu próximo destino: Vênus.

O sobrevoo duplo ocorreu em 19 e 20 de agosto de 2024. Durante esse período, a sonda passou a 700 quilômetros da superfície lunar e, em seguida, a 6.807 quilômetros da Terra. Essas manobras são fundamentais para desacelerar a Juice e ajustá-la para um sobrevoo de Vênus em agosto de 2025, o que a colocará em rota para Júpiter, onde deve chegar em julho de 2031.


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A Agência Espacial Europeia quer explorar mais partes do universo (Foto: Reprodução/Getty Images Embed)


O desafio e a precisão das manobras

Realizar uma manobra de assistência gravitacional, especialmente uma dupla como essa, exige precisão extrema. Qualquer erro poderia desviar a sonda de seu curso, colocando em risco a missão planejada há mais de 20 anos.

Segundo Ignacio Tanco, Gerente de Operações da Sonda Juice, a operação é comparável a dirigir em alta velocidade por um corredor estreito, onde a margem de erro é mínima.

Além da complexidade técnica, a sonda também enfrentou o desafio de ajustar sua orientação para evitar o superaquecimento, já que se aproximou mais do Sol durante o sobrevoo. Seus painéis solares foram inclinados estrategicamente, e a antena de alta ganância foi usada como um escudo térmico.

Riscos e oportunidades na jornada para Júpiter

Alcançar Júpiter, localizado a aproximadamente 800 milhões de quilômetros da Terra, é uma tarefa monumental que requer um planejamento minucioso. A utilização da gravidade da Terra e de Vênus para ajustar a trajetória da sonda permite economizar combustível, essencial para que a Juice possa carregar uma vasta gama de instrumentos científicos.

Durante o sobrevoo, a sonda ativou seus dez instrumentos científicos para calibrá-los e coletar dados valiosos. Um desses instrumentos, o Radar para Exploração de Luas Geladas (Rime), teve a oportunidade de medir o ruído eletrônico que tem interferido em suas operações, um passo importante antes de alcançar Júpiter.

NASA lança satélite que localizará gases de efeito estufa

Na última sexta-feira (16), um foguete SpaceX Falcon 9 foi disparado pela NASA, com o satélite Tanager-1 a bordo, a fim de que gases que provocam o efeito estufa sejam localizados, identificados e mensurados.

Levando consigo tecnologia de espectrômetro de imagem produzida pela própria NASA, no Jet Propulsion Laboratory, ainda na sexta-feira, os comunicadores terrestres receberam contato do Tanager-1.

A expectativa do satélite

As informações obtidas pelo satélite ficarão disponíveis ao público assim que existirem, possibilitando a geração e inovação dos métodos para controle das alterações pelas quais o clima vem passando.


O satélite Tanager-1 obterá informações da localização dos gases por meio de “impressões digitais” (Foto: reprodução/X/@ReiserXAI)

Em pleno funcionamento, os dados serão recebidos por meio de comprimentos de luz refletidos no planeta Terra, detectando assim compostos de metano e dióxido de carbono. Gases estes que são os mais responsáveis pelas mudanças climáticas, originando-se, na maioria das vezes, das indústrias de agricultura, gestão de resíduos e combustíveis fósseis.

Tecnologia de espectrômetro de imagem

A tecnologia do satélite permitirá que sejam localizadas as “impressões digitais” que o gás deixa após absorver diversos comprimentos de luz, o que dirá se está ou não presente na atmosfera da Terra.

Aproximadamente 130 mil quilômetros quadrados da superfície do planeta serão analisados pelo Tanager-1, cotidianamente. Além de auxiliar no controle do efeito estufa, os dados serão úteis para os cientistas da Carbon Mapper.

Segundo satélite

A Carbon Mapper Coalition relatou desejo em disparar um novo satélite com a mesma tecnologia, a fim de garantir maiores fatos sobre os gases que causam o efeito estufa na Terra.

Conforme o comunicado que a NASA encaminhou para a imprensa, dados atuais relatam que, comparado a 1750, a atmosfera possui 50% a mais de dióxido de carbono.

Cientistas exploram exoplanetas e explicam a descoberta

Desde 1992, a astronomia vive um novo capítulo com a confirmação dos primeiros exoplanetas, corpos celestes que orbitam estrelas fora do Sistema Solar. De lá para cá, mais de 5.700 exoplanetas foram identificados, e milhares de outros aguardam verificação. A cada nova descoberta, cientistas mergulham em mundos desconhecidos que vão além do que imaginamos em nosso próprio sistema.

Os exoplanetas variam em tamanho, composição e condições, com alguns se assemelhando aos planetas que conhecemos e outros apresentando características inexplicáveis. Entre os mais comuns estão os planetas do tipo mini-Netuno e Superterra, com dimensões e composições que podem incluir gás, rocha, água e até mares de lava. Alguns cientistas acreditam que esses planetas podem até oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento da vida, mas ainda é preciso estudá-los mais profundamente.


Exoplanetas surpreendem os cientistas (Foto: Reprodução/Alxpin/Getty Images embed)


Descobrindo exoplanetas

Detectar exoplanetas é uma tarefa complexa. O primeiro método bem-sucedido, a velocidade radial, utiliza o efeito Doppler para identificar variações no movimento das estrelas causadas pela influência gravitacional de planetas em órbita. Em 2009, o telescópio espacial Kepler revolucionou a busca ao introduzir o método de trânsito, analisando diminuições no brilho das estrelas para detectar a passagem de exoplanetas à sua frente.

O telescópio Tess, lançado em 2018, também se especializou no método de trânsito, confirmando até agora mais de 500 exoplanetas e investigando milhares de outros candidatos. Outros métodos inovadores, como a imagem direta e a microlente gravitacional, continuam sendo utilizados para refinar a busca por esses corpos celestes enigmáticos.

A cada novo planeta descoberto, o entendimento da composição e da diversidade dos exoplanetas se expande, abrindo portas para mais perguntas sobre a nossa galáxia e a possibilidade de vida em outros cantos do universo.

Tipos de exoplanetas

Entre os tipos de exoplanetas mais conhecidos estão os gigantes gasosos, como os Júpiteres quentes, que podem alcançar temperaturas extremas por estarem muito próximos de suas estrelas. Planetas Netunianos, semelhantes a Netuno e Urano, possuem atmosferas compostas por hidrogênio e hélio e, em alguns casos, núcleos rochosos.

As Superterras, por sua vez, são maiores que a Terra, mas menores que Netuno, com uma grande variedade de características. Elas podem ou não ter uma atmosfera, tornando-as um dos focos das pesquisas sobre habitabilidade. Já os planetas rochosos, como a Terra e Marte, são compostos de rocha e outros minerais, e alguns apresentam oceanos e sinais que indicam a possibilidade de formação de vida.