Estudo mostra empresas mais utilizadas em phishing

Em uma tentativa de garantir maior “veracidade” ao golpe, e atingir ainda mais vítimas, hackers usufruem da confiabilidade de empresas conhecidas pelo público; esse tipo de ataque é conhecido como phishing. Um estudo do Cisco Talos relata que algumas das mais empregues são Amazon, DocuSign, e PayPal, sendo o primeiro lugar ocupado pela Microsoft.

A pesquisa

Os casos de “impersonificação de marcas” foram averiguados pelos pesquisadores da Cisco Talos no período de março a abril de 2024, ao redor do globo, e assim surgiu o ranking com as 30 marcas mais utilizadas, como Adobe, Instagram e Chase.

Além de mostrar estas empresas, a pesquisa relata que, tendo esse conhecimento, nota-se como é preciso uma vigilância otimizada, além de medidas proativas para combater o crime cibernético.

Com esses dados é possível realizar um treinamento intensivo com os funcionários, para ficarem mais atentos nos e-mails recebidos, em especial quando for de alguma empresa indicada pelo estudo.

Ataque cibernético

Os ataques ocorrem por meio de ameaças, com objetivo de conseguir credenciais ou demais dados sensíveis, utilizando-se do nome dessas marcas para que as pessoas confiem e forneçam tais informações.


O phishing ocorre por meio do roubo de dados sensíveis (Foto: Reprodução/Freepik/@pikisuperstar)

Os métodos utilizados pelos hackers vão desde a manipulação do código-fonte HTML, até a recuperação de servidores remotos. E a cada dia essas estratégias são aprimoradas, para conseguir os dados dos usuários desatentos, bem como passar ainda mais credibilidade, e dificultar o reconhecimento de um e-mail falso.

O phishing pode ocorrer tanto via e-mail, quanto por meio de SMS, ligações, e até mesmo como uma página da internet que se passa por um e-commerce, como ocorreu com sites como Magazine Luiza, por exemplo.

A luta contra o ciberataque

É alertado pelo ensaio que a parte mais fraca, e que mais precisa de ações para lidar com os crimes cibernéticos, são os seres humanos. Assim, a Cisco criou um recurso novo para e-mails, que identificará a impersonificação de marcas no e-mail recebido.

Essa solução é um dos degraus para suprimir ao máximo estes ataques, por meio da consolidação da segurança de e-mails pessoais e de organizações ao redor do mundo.

Apple domina a lista dos smartphones mais vendidos em 2024

Com a predominância de Apple e Samsung no topo das vendas globais, a paisagem do mercado de smartphones mostra uma competição acirrada, mas ainda sem grandes mudanças nos principais jogadores. A tendência de consumidores priorizarem durabilidade e eficiência em seus dispositivos continua a moldar as escolhas de mercado.


(Foto: Iphone 15/Site Apple)

A Apple continua a liderar as vendas globais com sua série de iPhones 15. A preferência dos consumidores por dispositivos mais caros e tecnologicamente avançados está em alta, impulsionada pela expectativa de manter esses aparelhos por um período mais longo. Segundo a Counterpoint, essa escolha é motivada pela durabilidade e eficiência dos modelos mais recentes. Com os usuários optando por substituir seus aparelhos com menos frequência, investir em um smartphone top de linha se tornou uma decisão estratégica para garantir desempenho e atualizações por mais tempo.

Os três smartphones mais vendidos no mundo são o iPhone 15 Pro Max, iPhone 15 e iPhone 15 Pro, respectivamente. Essa tendência reflete uma preferência dos consumidores por dispositivos mais caros e tecnologicamente avançados, com a expectativa de mantê-los por um período mais longo.

A resposta da Samsung

Embora a Apple tenha liderado, a Samsung também teve um desempenho significativo com sua linha Galaxy S23. Os modelos mais vendidos da Samsung em 2024 foram:

  1. Samsung Galaxy S23 Ultra
  2. Samsung Galaxy S23
  3. Samsung Galaxy S23+

Esses modelos competem diretamente com os lançamentos da Apple, oferecendo uma alternativa robusta para os consumidores que preferem o ecossistema Android. A Samsung continua a atrair uma base de consumidores leais, valorizando a inovação e a qualidade de seus dispositivos.


(Foto: Samsung Galaxy s23/ Loja Samsung)

Comparação com 2023

Pouco mudou desde 2023 em termos de liderança de mercado. No ano passado, a lista dos 10 smartphones mais vendidos também foi dominada por Apple e Samsung, sem a presença de outros fabricantes. O relatório da empresa de pesquisas Omdia mostrou que a Apple e a Samsung continuam a ser as principais escolhas dos consumidores, evidenciando uma forte lealdade às marcas e a uma contínua preferência por qualidade e inovação.

Os dados de 2024 reforçam a posição da Apple no mercado, com uma linha de produtos que continua a atrair consumidores globalmente. A Samsung, embora ainda seja um concorrente significativo, não conseguiu superar a popularidade dos modelos mais recentes da Apple.

TikTok usará inteligência artificial em publicidades

Durante o Festival Internacional de Criatividade de Cannes, o TikTok surpreendeu ao revelar seu mais recente projeto inovador: o uso de influenciadores digitais baseados em inteligência artificial, conhecido como Symphony. Esse recurso, inicialmente destinado a testes em publicidade, permite que anunciantes criem campanhas utilizando avatares virtuais em vez de personalidades reais.

Os avatares são programados para comunicar em mais de 10 idiomas e foram lançados para testes piloto a partir de maio de 2024. Eles simulam pessoas reais e podem interagir com o público.


Inteligência Artificial (Foto: reprodução/Pinterest/@Jens)

Uma nova era na publicidade digital

A principal vantagem oferecida pelo Symphony está na flexibilidade, porque os anunciantes podem optar entre utilizar avatares genéricos ou personalizados, este último podendo ser modelado com base em porta-vozes específicos de marcas. Todo o conteúdo gerado por essas ferramentas será claramente identificado com a marcação “gerado por IA”, assegurando transparência aos consumidores.

Além disso, os avatares são controlados, então vão falar apenas o que for programado. Isso pode auxiliar as marcas que os contratarem, porque as propagandas estarão mais perto da perfeição.

Impactos e preocupações futuras

Apesar das vantagens em termos de custo e eficiência na produção de conteúdo, a iniciativa também levanta questões importantes. Especialmente relevante é o potencial uso de conteúdo gerado por IA para desinformação, uma preocupação crescente em contextos eleitorais sensíveis. Em resposta a essas preocupações, o TikTok e outras 19 empresas de tecnologia assinaram um compromisso para implementar tecnologias de “Credenciais de Conteúdo”, visando combater práticas abusivas e garantir a integridade das plataformas.

Essa nova abordagem marca não apenas uma mudança significativa na maneira como os consumidores interagem com influenciadores digitais, mas também redefine os padrões de transparência no marketing digital. Com políticas rigorosas contra o uso não identificado de IA, o TikTok reforça seu compromisso com a segurança e a confiança dos usuários dentro da plataforma.

“InsideU”: conheça o jogo que transforma emoções em aventuras interativas

O sucesso de filmes como “Divertida Mente” evidencia a necessidade de ensinar crianças a lidar com suas emoções desde cedo. Inspirado por essa ideia, o psicólogo clínico, Dr. Sam Hubley, da Universidade do Colorado, desenvolveu o InsideU. Este inovador jogo educativo não apenas cativa, mas também educa crianças sobre suas próprias emoções de maneira divertida e envolvente.

A obra da Disney-Pixar que personifica emoções como Alegria, Tristeza e Raiva, inspirou não apenas espectadores, mas também psicólogos como Hubley. Ele viu no filme uma oportunidade única para introduzir conceitos complexos de maneira acessível às crianças. Após uma recepção entusiástica de seu público-alvo, Hubley decidiu transformar essa inspiração em algo tangível: um jogo educativo.


Personagens que representam emoções no filme “Divertida Mente” (Foto: reprodução/Pinterest/@Rosie)

Mais que um jogo, uma experiência de autoconhecimento

Desenvolvido em parceria com o Renée Crown Wellness Institute e a Liquid Interactive, o InsideU combina a expertise acadêmica com a habilidade artística de animação. O jogo utiliza personagens familiares de “Divertida Mente” para guiar crianças em aventuras interativas que exploram emoções como Alegria, Tristeza e Medo. Ao brincarem com esses personagens, as crianças são incentivadas a refletir e expressar seus próprios sentimentos de maneira segura e lúdica.

O projeto não apenas ensina habilidades de inteligência emocional, mas também incorpora feedback contínuo de seus usuários jovens. Através de colaborações com crianças reais durante o desenvolvimento da brincadeira, o InsideU se adapta constantemente para atender melhor às necessidades e preferências de seu público-alvo.

Impacto e futuro do InsideU

Este aplicativo não é apenas uma ferramenta educacional, mas também uma plataforma que ajuda crianças a desenvolverem uma compreensão mais profunda de si mesmas e de seus sentimentos, integrando diversão e aprendizado de maneira inovadora. A iniciativa já alcançou milhares de crianças ao redor do mundo, promovendo uma abordagem proativa e positiva em relação à educação emocional.

Essa ideia inovadora não só ajuda os mais novos a fazerem as pazes com suas emoções, como poupa tempo dos mais velhos. É claro que os pais possuem importância fundamental no desenvolvimento cerebral dos pequenos, mas com a rotinas cada vez mais corridas, esse tipo de dispositivo pode ser uma “mão na roda”.

Com planos para expandir suas funcionalidades e conteúdos, o InsideU continua a evoluir como uma ferramenta essencial para pais e educadores interessados em fortalecer a saúde mental e emocional das crianças desde cedo.

Meta discute possível parceria com Apple

Com o campo cada vez mais competitivo, a Meta, conhecida por ser a empresa dona do Facebook, iniciou as discussões sobre a integração do seu modelo generativo de IA com o da sua conhecida rival Apple.

A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal no último domingo (23), sendo que isso se torna uma possibilidade apenas depois da integração da chamada “Apple Intelligence”, com a incorporação da tecnologia ao ChatGPT e Siri.

Anúncio se alinha com planos da Apple

Ainda de acordo com a Reuters, o anúncio está alinhado com os planos da Apple de adicionar tecnologia de outras empresas de IA em seus dispositivos. A expectativa é que a empresa, conhecida pela fabricação do iPhone, faça alianças com outras gigantes da tecnologia em diferentes regiões do mundo, como a China. Durante sua conferência anual de desenvolvedores, que ocorreu recentemente, a empresa chegou a anunciar seu primeiro parceiro, o ChatGPT da OpenAI.


Apple vem avançando cada vez mais no campo da inteligência artificial  (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Caso a empresa feche outros acordos, os usuários terão a opção de escolher quais outros modelos externos desejam usar, além dos próprios sistemas internos já integrados com os dispositivos da empresa. Nestes casos, as marcas parceiras não teriam que pagar nada, apenas vender as assinaturas premium dentro do “Apple Intelligence”, com as empresas lucrando através da manutenção de uma parte da receita das assinaturas.

Uma das principais vantagens de manter aberta a negociação com outras empresas é que a Apple deixa de depender excessivamente da OpenAI, tendo assim outras opções caso algum problema ocorra.

Anthropic e outra empresa que negocia com a Apple

Outra empresa que atualmente está negociando com a Apple é a startup de IA Anthropic, que tem a intenção de trazer sua IA para o Apple Intelligence. No entanto, tanto a Meta quanto a Anthropic não comentaram sobre a possível parceria.

Eficiência e confiança na Inteligência Artificial deriva de sua transparência

A solução para fazer com que mais pessoas confiem em novas tecnologias, como a IA generativa, é a transparência. Essa é a posição de 82% dos CEOs brasileiros, conforme pesquisa divulgada pela IBM (International Business Machines Corporation).

Destes, 62% apoiam que é preciso haver um controle para esta IA desde o princípio, e não apenas quando for executada, a fim de que a ética, conformidade regulatória e transparência ocorram desde o princípio.


IBM trabalha para o uso da IA, em especial em corporações (Foto: reprodução/instagram/@ibm)

The CEO Study

O The CEO Study 2024 ocorreu com 3.000 CEOs, de mais de 30 países e 26 indústrias. É ressaltado ainda que, a IA generativa mais avançada será o diferencial, e a vantagem de uma empresa para sobre a outra, conforme 51% dos CEOs do Brasil.

Ademais, o sucesso de sua implementação proverá devido à cultura da empresa, e a concordância e engajamento do público, segundo 74% dos executivos brasileiros. Caso os funcionários e o público não concordem com o uso desta IA generativa, a tecnologia e técnicas utilizadas não importarão. Por isso a importância de gerar mudanças positivas quanto ao uso da IA.

Apesar de já existir equipes com conhecimento e habilidades para inserção desta tecnologia na empresa de 57% dos altos executivos, 59% relataram complicações na contratação de pessoas para preencher estes cargos.

Inclusão da IA no Brasil no próximo semestre

Durante o próximo semestre, 78% das empresas brasileiras continuaram a transformar suas empresas e, para manter sua vantagem competitiva, 68% destes CEOs decidiram correr mais riscos.

Marcelos Flores, gerente geral da IBM Consulting Brasil, comenta que a implementação da IA no mercado brasileiro é uma forma de intensificar a produtividade de seus negócios, bem como sua competência; desta forma, não se trata mais da fase de testes.

Ao mesmo tempo em que se tenta compreender como esta tecnologia pode ajudar as empresas, a fim de alcançar novos patamares de ROI, a falta de controle, os problemas para integração, a dificuldade de dados e a limitação de práticas é uma obstrução excessiva para que a IA seja utilizada.

Wells Fargo demite funcionários por uso de dispositivos para enganar monitoramento

Mais de uma dúzia de funcionários do banco americano Wells Fargo foram demitidos, após usarem ferramenta para simular movimentos no mouse e, com isso, mostrarem que estariam realizando atividades no computador.

Mouse Jiggler

A ferramenta usada pelos funcionários é a chamada “mouse jiggler”, que permite simular movimentos no mouse e não deixar que o computador entre na tela de descanso. Segundo o Bloomberg, essa atividade é ilícita no Brasil e ganhou uma notoriedade no TikTok em 2022, principalmente durante o período de pandemia, no qual muitos funcionários trabalhavam no modelo de Home Office.

O mouse jiggler cria uma falsa atividade no computador e apesar de não ser ilegal comprar ou possuir a ferramenta, seu uso para burlar sistemas de monitoramento de produtividade é considerado antiético e pode levar a sérias consequências trabalhistas.


Homem trabalhando remotamente (Foto: reprodução/Andrew Caballero-Reynolds/Getty Image Embed)


Uso é considerado desonesto

Mauricio Correa da Veiga, advogado trabalhista no Brasil, esclarece que o uso desta ferramenta para enganar o empregador pode resultar em demissão por justa causa. Segundo ele, o uso pode ser considerado como uma forma de ludibriar o controle de atividades durante o período de trabalho, configurando no ato de improbidade por desonestidade e deslealdade. Veiga faz essa afirmação ao se referir ao artigo 482 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

Veiga destaca que o monitoramento de atividades de trabalho dos funcionários é algo legal feito pela empresa, com ou sem o conhecimento dos funcionários, embora o ideal seja os informar sobre isso. Ele lembra que o uso do mouse jiggler não pode acarretar em um processo para o funcionário, mas que a empresa o pode demitir com justa causa.

Em 2022, muitos usuários do TikTok buscavam formas de burlar a eficiência no trabalho remoto, o que fez com que usassem a ferramenta e mostrassem a muitos como a utilizar de forma prática. Segundo o jornal The New York Times, em 2022 cerca de 80% dos 10 maiores empregadores dos Estados Unidos monitoravam a produtividade de seus funcionários através de softwares específicos.

Governo dos Estados Unidos processa Adobe

O governo dos Estados Unidos entrou com um processo contra a Adobe nesta última segunda-feira, acusando a empresa de prejudicar os consumidores ao inscrevê-los em seus planos mais lucrativos sem divulgar de forma clara termos importantes.

Empresa ficou conhecida como a criadora do o popular Photoshop

A empresa mais conhecida como criadora do Photoshop, está sendo acusada pelo governo dos Estados Unidos de não informar adequadamente sobre suas altas taxas, que às vezes chegam à casa das centenas de dólares, para os usuários que desejam cancelar suas assinaturas de forma antecipada.


Sede da adobe em San Jose na Califórnia onde o processo vem sendo movido contra a empresa pelo governo dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


O governo ainda afirmou que a Adobe esconde termos importantes atrás de várias barreiras, como letras pequenas, textos longos e hiperlinks, divulgando claramente as taxas apenas quando os usuários tentam cancelar. Isso torna o processo de cancelamento oneroso e complicado.

Modelo de negocio atual vem sendo seguido desde 2012

A Adobe vem seguindo esse modelo de assinatura, onde ela exige que os usuários paguem pelo acesso ao software de forma recorrente desde 2012. Antes disso, os usuários já pediam para acessar o software mediante o pagamento de uma taxa única, o que é algo difícil de acontecer, já que as assinaturas representam a maior parte da receita da empresa.

Isso ocorre em um momento em que os programas da Adobe enfrentam uma concorrência cada vez mais forte, com o surgimento de outras empresas no mercado e os usuários tendo cada vez mais opções de soluções alternativas.

A ação, apresentada no Tribunal Federal de San Jose, na Califórnia, tem como objetivo multar a Adobe, obter uma liminar e buscar por possíveis outras soluções. No entanto, até agora a Adobe não se pronunciou sobre o caso.

TikTok ultrapassa WhatsApp em tempo de uso mensal entre brasileiros

Dados surpreendentes divulgados pela Data AI Intelligence mostraram que o WhatsApp perdeu a liderança para o TikTok no tempo gasto pelo usuário mensalmente na plataforma. No entanto, ainda de acordo com o levantamento, ambas as plataformas continuam próximas.

Números de outras plataformas foram citados também

De acordo com os números divulgados, os brasileiros passam em média 30 horas mensais no TikTok versus 24 horas no WhatsApp. Ainda na mesma pesquisa, foi divulgado que tanto o YouTube quanto o Instagram ficaram empatados, com a média de consumo de ambos sendo 22 horas mensais. O Facebook vem na sequência com 12 horas, e o X consome cerca de 3 horas mensais.


TikTok vem ficando a frente de outros aplicativos quando o assunto e tempo de consumo dentro da plataforma  (Foto: reprodução/Getty Images News/Matt Cardy/Getty Images Embed)


O ranking ainda apontou o tempo de consumo de algumas plataformas menos conhecidas, como o Pinterest, com 2 horas, o Telegram, conhecido como uma alternativa ao WhatsApp, com 1 hora, e o LinkedIn, com menos de 1 hora.

Possíveis causas para esse avanço do TikTok

Uma possível causa para os números do TikTok é que a rede social vem cada vez mais ocupando espaço, com seu algoritmo sendo criado com o intuito de fazer o usuário passar mais tempo dentro da plataforma. Aliado a isso, está o crescimento da plataforma, principalmente entre o público mais jovem, que vem usando o TikTok cada vez mais como sua principal rede social, deixando o WhatsApp para contatos mais casuais.

Outro ponto que ajuda o TikTok é que ele vem moldando várias tendências, muitas vezes alcançando o público geral, com a plataforma tendo grande influência, principalmente no mundo da música.

Um outro número curioso mostrado pela pesquisa foi a queda de popularidade do X. Mesmo ainda tendo uma base ativa de usuários bastante sólida dentro do país, a plataforma já não tem tanto apelo quanto no passado.

Perfis femininos falsos têm poder nas campanhas de influência online

Campanhas de influência na internet, promovidas por países como Rússia e China, bem como estratégias adotadas pelas grandes empresas de tecnologia, têm utilizado perfis femininos falsos para espalhar propaganda e desinformação. O uso desses perfis tem mostrado ser uma ferramenta eficaz para aumentar o engajamento e a disseminação de mensagens devido aos estereótipos de gênero que ainda prevalecem.

Segundo Wen-Ping Liu, pesquisador de desinformação e investigador do Ministério da Justiça de Taiwan, perfis falsos que se apresentam como mulheres têm maior sucesso em atrair atenção e credibilidade nas redes sociais. Liu observou isso ao estudar os esforços chineses para influenciar as eleições em Taiwan.

“Fingir ser mulher é a maneira mais fácil de ganhar credibilidade”, afirmou o pesquisador, explicando que a manipulação dos estereótipos de gênero facilita o engano dos usuários.


Smartphone com imagem representando IA (foto: reprodução/freepik)

Preferência por bots com identidade feminina

Sylvie Borau, professora de marketing e pesquisadora online, descobriu que os internautas tendem a preferir bots que se apresentam com características femininas, percebendo-os como mais humanos e acolhedores. As contas femininas são, geralmente, vistas como mais calorosas e amigáveis, enquanto as masculinos são associadas à competência e ameaças.

Perfis falsos de mulheres jovens e atraentes são eficazes para aumentar a visibilidade e o alcance online. A Cyabra, uma empresa israelense especializada em detecção de bots, revelou que perfis femininos recebem, em média, três vezes mais visualizações do que os masculinos.

Humanização da IA

A questão se estende além dos perfis falsos, envolvendo também o desenvolvimento de assistentes de voz e chatbots. O CEO da OpenAI, Sam Altman, ao buscar uma nova voz feminina para o ChatGPT, encontrou resistência devido à preocupação de que essas escolhas possam reforçar estereótipos de gênero. A atriz Scarlett Johansson, por exemplo, recusou o pedido de uso de sua voz no programa, levantando questões sobre a ética dessas práticas.

Um relatório da ONU intitulado “Os robôs são sexistas?” sugere que muitos desses perfis e bots femininos são criados por homens, ressaltando a necessidade de maior diversidade nas equipes de desenvolvimento de IA para evitar a perpetuação de estereótipos sexistas.