Elizangela perdeu trabalho por posicionamento negacionista antivacina

Patricia Barboza Schwambach Por Patricia Barboza Schwambach
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A atriz Elizangela, que morreu nesta sexta-feira (3), foi excluída do elenco de “Travessia”, novela de Glória Perez exibida em 2022 no horário nobre da TV Globo, após se recusar a cumprir o requisito imposto pela emissora.

Todos os funcionários ligados à empresa precisavam se vacinar para poder atuar nas obras da casa. Elizangela era declaradamente apoiadora do movimento antivacina, propagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.


Publicação polêmica de Elizangela sobre vacinação (Foto: reprodução/Instagram/@atrizelizangela)


Fora da tv

Sua última participação em uma novela da Globo foi em “A Dona do Pedaço”, em 2019. Carmelinda, sua personagem na trama, era dona do prédio para onde Josiane (Agatha Moreira) se mudava após perder tudo.

O pequeno papel encerrou sua carreira na televisão, visto que após esse trabalho, seu posicionamento negacionista na era pós-covid a tornou persona non grata nas emissoras. O negacionismo culminou com a morte de mais de 700.000 brasileiros.

Longa carreira

Elizangela estreou ainda criança, aos 7 anos de idade, fazendo comerciais na extinta TV Excelsior. Aos 10 anos apresentou o programa “Essa Gente Inocente” e aos 12 fez sua estreia na Globo. Na emissora de Roberto Marinho, participou do programa infantil “Capitão Furacão” e não parou mais. Em “O Cafona”, sua primeira novela, ela viveu a filha de Francisco Cuoco e conquistou a protagonista já em sua segunda participação no gênero de maior sucesso entre o público.

Ao lado de Stepan Nercessian protagonizou “Bandeira 2”, de Dias Gomes. Na sua caminhada como Global, interpretou diversos papeis em novelas e especiais, dentre eles “Roque Santeiro” e “O Médico e o Monstro”. Em 1993 migrou para o SBT, onde participou de duas produções: “Éramos Seis” e “As Pupilas do Senhor Reitor”.

De volta à Globo atuou em grandes sucessos, como: “Por Amor”, “Senhora do Destino” e “A Favorita”. A artista deixou uma obra inédita, o filme “Oficina do Diabo” que estava previsto para estrear em outubro, mas foi adiado por problemas de direitos autorais.

 

Foto destaque: Elizangela em foto de divulgação. (Reprodução/Divulgação TV Globo/@otempo)

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