Ex-Príncipe Harry confessou que bebia e usava drogas pesadas após a morte da sua mãe

Lucas Barbosa Por Lucas Barbosa
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A morte da princesa Diana impressionou a todos no ano de 1997. Após um acidente em um túnel rodoviário de Paris, Diana faleceu aos 36 anos de idade. Em entrevista ao “60 minutes”, da CBS, seu filho caçula, ex-príncipe Harry, confessou ter sido um momento delicado em sua vida, que o levou a beber e usar drogas pesadas. 

Durante a entrevista, Harry, que tinha 12 anos, declarou que sentia muita raiva com o ocorrido:  “Era óbvio para nós, quando crianças, a participação da imprensa britânica na miséria de nossa mãe e eu tinha muita raiva dentro de mim que, felizmente, nunca expressei a ninguém”, começou. 

A solução para que ninguém percebesse essa raiva e não descontá-la em ninguém foi o uso de substâncias que o faziam perder a noção da realidade que havia acontecido. Em conversa com Anderson Cooper, o duque de Sussex, relatou que abusou de drogas, como maconha e cocaína, que o ajudavam a lidar com a situação. 

“Mas eu comecei a beber muito, porque eu queria entorpecer o sentimento, ou queria me distrair do que quer que eu estivesse pensando. E eu, você sabe, recorreria às drogas também”, relembrou na entrevista. 

Harry também assumiu ter recorrido a psicodélicos para lidar com a tragédia. Ayahuasca e cogumelos foram outras opções que o príncipe encontrou na época: “Eu nunca recomendaria que as pessoas fizessem isso de forma recreativa. Para mim, eles limparam o para-brisa da miséria da perda. Eles limparam essa ideia que eu tinha na cabeça, que eu precisava chorar para provar para minha mãe que eu sentia falta dela. Quando, na verdade, tudo o que ela queria era que eu fosse feliz”, completou.

Durante a entrevista, Harry também contou que duvidava da morte de sua mãe. Até os 23 anos de idade, o ex-príncipe acreditava que poderia ter sido uma estratégia para Diana sair dos holofotes e reencontrar com ele e o irmão, príncipe William, de forma sigilosa: “Por muito tempo, eu me recusei a aceitar que ela tinha partido. Ela nunca faria isso conosco, mas também talvez isso fosse parte do plano”, disse Harry. 

Duvidando da morte de sua mãe, quando fez 23 anos, Harry foi até Paris e quis ir ao local do acidente. Naquele período, ele e seu irmão cogitaram reabrir as investigações do caso:“Eu queria ver se era possível dirigir na velocidade que Henri Paul estava dirigindo, se era possível perder o controle do carro e bater na pilastra, matando quase todos que estavam no carro”, disse. “Eu precisava fazer isso. Eu precisava fazer a mesma rota”.


Harry conta que por muitos anos não aceitava a morte de sua mãe, Princesa Diana. Reprodução/Youtube.


Para Harry, as circunstâncias que levaram a princesa Diana à morte ainda não foram todas elucidadas: “Verdade seja dita, não acredito que tenho todas as respostas. Eu não penso que tenho. E não creio que meu irmão pense diferente. Não acho que o mundo tem. Preciso saber mais do que já sei? Não. Não acho que mudaria muita coisa”.

Foto destaque: Ex-príncipe Harry. Reprodução/Gettyimages. 

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