“Wonka”, o filme protagonizado por Timothée Chalamet e dirigido por Paul King, estreia nesta quinta-feira, 7 de dezembro, nos cinemas. O filme baseado no famoso livro lançado em 1964, “Charlie e a fantástica fábrica de chocolate”.
Escrito pelo autor galês Roald Dahl, a obra visa explorar a origem do icônico personagem marcante da obra original, “Willy Wonka”, antes interpretado por Johnny Depp e Gene Wilder e que agora é interpretado pelo jovem ator franco-americano, Timothée Chalamet, que vem se destacando no cenário cinematográfico.
Sinopse
O jovem e inexperiente Willy Wonka chega a Paris após viajar o mundo explorando a culinária de diversos lugares para elaborar receitas exóticas para seus chocolates, e assim, fundar a maior loja de chocolate do mundo, em específico, na famosa galeria gourmet, sonho idealizado por Willy enquanto era criança e conversava com sua mãe. Ele acabou criando laços com o chocolate, diante das memórias afetivas que tem do doce.
Trailer do filme (Vídeo: reprodução/Youtube/Warner Bros Pictures)
Uma surpresa de fim de ano
“Wonka” é um filme que carrega como principal mensagem a busca pelos sonhos, e consegue transmitir bem essa mensagem, além de contar com um design de produção incrível e imersivo, que utiliza de uma paleta de cores extensa e bem dosada, conversando diretamente com o tom de cada cena. O longa também complementa a narrativa com cenas dinâmicas de musicais e momentos de humor bem elaborados.
O filme não deixa de carregar um teor técnico, que merece destaque, com planos de câmera inventivos, enquadramentos que ressaltam o já elogiado design de produção e uma edição que passa a sensação de aventura e diversão para o filme, ainda mais durante as elaboradas cenas de dança e música. O roteiro, por sua vez, também não fica para trás, introduzindo ideias ao longo da trama de forma natural, com elementos que futuramente são revisitados e possuem uma importância narrativa.
Uma nova roupagem
Um dos grandes méritos do filme é ter Paul King como diretor, que anteriormente já dirigiu filmes como “Paddington” e “Paddington 2”. O diretor consegue dar uma nova roupagem para o personagem sem causar estranheza.
As adaptações anteriores da figura de Willy Wonka, inicialmente por Mel Stuart e futuramente por Tim Burton, não eram somente um personagem adorável que vendia chocolate, afinal, possuíam traços obscuros em sua personalidade, que eram retratados nos filmes apenas nas entrelinhas, de forma sútil. Paul King, por sua vez, opta por descartar completamente os elementos utilizados anteriormente e trazer um personagem ingênuo e sonhador que sempre visa o bem-estar alheio, tendo um arco de desenvolvimento justamente voltado para essa questão.
Produzindo um filme feito para “toda a família”, é notável o tom agradável que Paul King deseja transmitir, fazendo uma trama leve com um desenvolvimento divertido que possui bons momentos de humor e musicais responsáveis por ditar as ideias e o tom das cenas.
Foto destaque: Timothée Vhalamet como protagonista (Reprodução/Divulgação/Warner)
