Embora o uso de máscaras não seja mais obrigatório para frequentar o paddock da Fórmula 1, no último GP da Áustria, Lewis Hamilton foi visto utilizando o equipamento de proteção, antes e após a corrida. Uma cena que seria comum em 2020 e 2021, mas não este ano (2022) que passou a ser raridade desde que a FIA retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras.
Antes mesmo do último final de semana em Spielberg (Áustria), a cena já tinha sido vista na corrida anterior, em casa – Silverstone (Inglaterra), quando o heptacampeão mundial voltou a utilizá-las, voluntariamente, nas duas últimas corridas da temporada. Até agora de maneira isolada, o britânico atribuiu a readoção das máscaras para proteção em coletivas e eventos à alta de casos de coronavírus nos seus círculos sociais próximos.
“Acabei de notar que muitas pessoas ao meu redor estão ficando, doentes e definitivamente não querem ficar novamente. Já experimentei duas vezes. Mas só noto muitas pessoas ao meu redor, muitos dos meus amigos me mandando mensagens dizendo que estão com COVID, e alguns deles são muito piores que outros”, explicou Hamilton.
Um exemplo é o engenheiro de corrida de Hamilton, Peter Bonnington, que inclusive não esteve presente no Circuito de Red Bull Ring, em Spielberg, no último fim de semana e trabalhou de casa; a equipe Mercedes não confirmou o caso positivo, mas o piloto – que foi orientado na etapa pelo engenheiro de desempenho, Marcus Dudley – citou Bono ao dar detalhes sobre sua decisão: “Eu não tive Bono comigo neste fim de semana. Ninguém está usando máscara, então definitivamente estou usando a minha. Eu espero que as pessoas façam o que elas realmente querem fazer e isso é a sua saúde no fim das contas” – disse. “Eu quero ir para casa saudável. Eu quero ser capaz de me levantar e treinar e fazer as coisas que eu amo fazer. E eu tento, se posso, manter as pessoas que amo ao meu redor também seguras quando posso, quando estou perto delas”, finalizou.
De máscara, Lewis Hamilton circula pelo paddock da Fórmula 1. (Foto: Reprodução/Estadão)
Em uma das vezes em que se infectou com o coronavírus, Lewis Hamilton ficou fora do GP do Sakhir (Bahrein) de 2020. Para o seu lugar, a Mercedes teve seu atual companheiro de equipe, George Russell, então piloto reserva do time alemão, mas que à época pilotava pela Williams. O jovem conterrâneo liderou boa parte da prova, mas por um erro da própria Mercedes e um pneu furado, terminou a corrida em 9º lugar. Na ocasião, o vencedor da prova foi Sergio Perez, então piloto da Racing Point – atual Aston Martim. Hoje na RBR, o mexicano chegou a estar em 18º, mas fez uma corrida de recuperação e conquistou sua primeira vitória na categoria. Já pela equipe austríaca, Checo teve mais duas vitórias – GP Azerbaijão (Baku) 2021 e GP Monaco 2022 – sendo o maior vencedor do seu país na Fórmula 1.
Neste ano, em 2022, Lewis Hamilton também já disse ter se sentido desconfortável durante uma reunião de pilotos para o GP da Austrália (Melbourne) quando muitas das pessoas que estavam presentes optaram por não utilizar máscaras. A F1 retorna as atividades no próximo final de semana (22 a 24 de julho) para o GP da França, no Circuito de Paul-Ricard, em Le Castellet.
Foto Destaque: De máscara, Lewis Hamilton circula pelo paddock da Fórmula 1. (Foto: Reprodução/GE)