Ninguém foi capaz de imaginar o roteiro com a entrada de Raniel, no intervalo de Sport x Vasco, na vaga do Nenê. Nos seus pés, o atacante teve a bola do jogo, que contou com provocação em frente à torcida rival, invasão de campo e jogo encerrado antes dos 45 minutos finais.
Na comemoração com as mãos no ouvido, o atacante explicou que foi provocado durante o jogo “me chamaram de noiado, de drogado e de traficante”. Xingado por torcedores do Sport, as ofensas ao Raniel também foram publicadas nas redes sociais.
Ofensas de parte da torcida para o Raniel (Foto: Reprodução/Twitter)
Ofensas de parte da torcida para o Raniel (Foto: Reprodução/Twitter)
Ofensas de parte da torcida para o Raniel (Foto: Reprodução/Twitter)
Ofensas de parte da torcida para o Raniel (Foto: Reprodução/Twitter)
Em entrevista recente ao “The Players Tribune”, o atacante recifense contou sobre uma série de problemas pessoais na sua carreira. Aos 17 anos, quando atuava pelo Santa Cruz, o atacante começou a usar cocaína e outras drogas ilícitas. Nesse período, Raniel chegou a ser traficante no Recife.
Quando era menor, o camisa 9 do Vasco perdeu o pai e foi entregue pela mãe, que sem condições de criá-lo, para uma vizinha, que faleceu quando Raniel tinha sete anos.
Depois da provocação do atacante vascaíno na Ilha do Retiro, o jogador foi expulso por Raphael Claus. Objetos foram arremessados em direção aos jogadores do time carioca, que correram para os vestiários quando viu parte da torcida que conseguiu arrombar um dos portões de acesso das arquibancadas ao campo. Com a briga, o Sport foi denunciado em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (artigos 205, 211 e 2013) e também nos artigos 19 e 20 do Regulamento Geral de Competições da CBF, e pode ser punido com perdas de mando de campo (de uma a 10 partidas), multa e perda de pontos.
Foto destaque: Jogadores do Vasco da Gama correndo em direção ao vestiário na Ilha do Retiro. Reprodução/Folha
