Corinthians conquista o hexacampeonato da Libertadores Feminina nos pênaltis
Timão derrota o Deportivo Cali por 5 a 3 nas cobranças após empate sem gols e reafirma sua hegemonia no continente; as brabas são as maiores campeãs
O Corinthians segue dominante no futebol feminino da América do Sul. Na tarde deste sábado (18), o clube paulista confirmou mais uma vez sua supremacia ao conquistar o hexacampeonato da Libertadores Feminina, superando o Deportivo Cali por 5 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. A final foi disputada no estádio Florencio Sola, em Buenos Aires, e coroou uma campanha marcada por consistência, garra e a força de um elenco acostumado a decisões.
Primeiro tempo equilibrado e emoção até o fim
O duelo começou equilibrado, com as duas equipes demonstrando respeito mútuo e um alto nível técnico. O Corinthians, fiel ao seu estilo ofensivo, criou as principais chances da etapa inicial. Érika e Duda Sampaio obrigaram a goleira Agudelo a fazer boas defesas, mantendo o placar inalterado. As paulistas chegaram a balançar as redes com Érika, mas o gol foi anulado após revisão do VAR, que apontou impedimento da atacante Vic Albuquerque na origem da jogada.
No segundo tempo, o cenário se inverteu. O Deportivo Cali passou a pressionar mais e quase abriu o placar em uma tentativa de gol olímpico, defendida com segurança pela goleira corintiana. As colombianas cresceram em volume de jogo, mas o time brasileiro mostrou maturidade e disciplina tática para segurar o empate até o apito final. A decisão, então, foi para as penalidades, onde a tradição e a frieza do Corinthians falaram mais alto.
Nas cobranças, Zanotti, Vic Albuquerque, Thaís, Mariza e Johnson converteram com categoria. Do lado do Cali, Ibargüen acabou desperdiçando, garantindo a vitória e o sexto troféu continental das Brabas.
Melhores momentos da vitória das brabas na final da Libertadores Feminina (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)
Hegemonia alvinegra na América do Sul
Com o novo título, o Corinthians alcançou a impressionante marca de seis conquistas da Libertadores Feminina: 2017, 2019, 2021, 2023, 2024 e 2025. O clube mantém um feito raro — 100% de aproveitamento em finais, sem sofrer gols em nenhuma decisão. A equipe comandada por Arthur Elias consolidou uma era de hegemonia, marcada por planejamento, investimento e excelência técnica.
Em 17 edições da competição, o Brasil acumula 14 títulos: seis do Corinthians, três do São José, dois da Ferroviária, dois do Santos e um do Palmeiras. Apenas três clubes estrangeiros conseguiram quebrar a sequência brasileira — Colo-Colo (2012), Sportivo Limpeño (2016) e Atlético Huila (2018). O domínio nacional reflete o avanço do futebol feminino no país, impulsionado por projetos sólidos e estruturas de alto nível.
O título garantiu ao Corinthians uma premiação de 2,05 milhões de dólares (aproximadamente R$ 11 milhões), valor recorde na competição. O Deportivo Cali, vice-campeão, recebeu 600 mil dólares (R$ 3,2 milhões), enquanto a Ferroviária, terceira colocada, ficou com 300 mil dólares (R$ 1,6 milhão).
Corinthians venceu o Desportivo de Cali e garantiu mas um título (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Luis Robayo)
Olhar voltado para o mundo
Além do troféu, o triunfo assegurou ao Corinthians uma vaga na Copa dos Campeões Feminina de 2026, torneio internacional que reunirá os vencedores dos principais campeonatos continentais. A competição será disputada em Wuhan, na China, e contará também com Arsenal (Inglaterra), Wuhan Jiangda WFC (China), Auckland United FC (Nova Zelândia) e Gotham FC (Estados Unidos).
O título de 2025 reafirma o papel das Brabas como uma potência global em ascensão. O Corinthians não apenas acumula troféus, mas também constrói uma história de protagonismo e inspiração para o futebol feminino. Com um elenco experiente e uma base sólida, o clube paulista segue traçando um caminho que combina excelência esportiva, representatividade e conquistas inesquecíveis.
