Uma crise atípica abala a era de Pep Guardiola no Manchester City. No último fim de semana, o time comandado pelo técnico espanhol sofreu uma derrota por 2 a 0 para o Liverpool, estendendo a sequência negativa para seis jogos sem vitórias na temporada. Essa fase difícil gerou repercussões significativas, incluindo uma análise crítica do jornal The Guardian, que não poupou questionamentos ao trabalho de Guardiola.
Queda de rendimento inesperada
O periódico enfatizou a rapidez com que a situação se deteriorou no clube, observando: “Devemos nos concentrar na velocidade do colapso, que há poucas semanas parecia não apenas improvável, mas impossível. Devemos nos surpreender mais com o fato de uma dinastia poder desmoronar em três semanas ou com a façanha de sustentá-la em um mundo onde isso é possível?”. Essa reflexão ilustra a perplexidade diante da queda repentina de um time que dominou o futebol inglês nos últimos anos.
Nos últimos seis jogos, o Manchester City perdeu cinco vezes e empatou uma, em partidas válidas pela Liga dos Campeões e pelo Campeonato Inglês. A má fase resultou em uma queda expressiva na tabela da Premier League, deixando o time fora do G-4, algo raro na trajetória do clube sob o comando de Guardiola. Após a derrota em Anfield, os torcedores adversários provocaram o técnico com cânticos irônicos sugerindo sua possível demissão, o que intensificou o clima de pressão.
Respondendo as provocações
Guardiola, conhecido por seu temperamento competitivo, respondeu aos torcedores mostrando o número seis com as mãos, em alusão aos seis títulos da Premier League conquistados desde sua chegada ao clube em 2016, incluindo os últimos quatro de forma consecutiva. O gesto foi criticado pelo The Guardian, que ironizou: “Isso representa o número de derrotas desde a última vitória?”.
Apesar das críticas e do momento turbulento, Guardiola e o Manchester City reafirmaram seu compromisso mútuo ao renovar o contrato do treinador por mais dois anos. Com isso, o técnico espanhol poderá completar mais de uma década à frente do clube, caso permaneça até o término do acordo em 2027. Essa decisão reflete a confiança do clube em sua capacidade de superar o momento adverso e reconstruir a trajetória vitoriosa, consolidando seu legado como um dos maiores técnicos da história recente do futebol.