Anna Wintour anuncia saída da chefia da Vogue após 37 anos
A saída de Anna Wintour do cargo de editora-chefe da revista Vogue foi anunciada na manhã de terça-feira (25), durante uma reunião com a equipe editorial da publicação, em Nova York, nos Estados Unidos. O motivo da decisão não foi informado oficialmente, mas a mudança foi comunicada pela própria jornalista britânica após quase quatro décadas […]
A saída de Anna Wintour do cargo de editora-chefe da revista Vogue foi anunciada na manhã de terça-feira (25), durante uma reunião com a equipe editorial da publicação, em Nova York, nos Estados Unidos. O motivo da decisão não foi informado oficialmente, mas a mudança foi comunicada pela própria jornalista britânica após quase quatro décadas à frente de uma das revistas de moda mais influentes do mundo.
Apesar de deixar a liderança editorial da Vogue, Wintour permanecerá na Condé Nast, grupo responsável pela publicação, como diretora global de conteúdo e continuará supervisionando as marcas da empresa em todo o mundo, incluindo Vanity Fair, GQ e AD. A informação foi confirmada por veículos como People, WWD e Business of Fashion nesta quarta-feira (26).
Ícone da moda redefine a Vogue
Anna Wintour iniciou sua trajetória como editora-chefe da Vogue em 1988, quando substituiu Grace Mirabella. Desde então, mudanças marcantes foram promovidas sob sua gestão. Sua primeira capa revolucionou a estética da revista ao exibir a modelo Michaela Bercu com um jeans simples de US$ 50 e um suéter de alta-costura da grife Christian Lacroix. A imagem, fotografada por Peter Lindbergh, marcou o início de uma nova era editorial.
Anna Wintour (Foto: reprodução/Instagram/@theannawintour)
Ao longo dos anos, Wintour foi reconhecida não apenas pela influência na imprensa de moda, mas também por seu papel à frente do Met Gala, evento anual do Museu Metropolitano de Arte de Nova York que arrecada fundos para o The Costume Institute. A curadoria da lista de convidados e a organização da cerimônia foram conduzidas por ela, tornando o evento uma vitrine global de tendências.
Referência para o cinema e símbolo de poder
A figura de Wintour se tornou tão marcante que teria inspirado a personagem Miranda Priestly no livro O Diabo Veste Prada, escrito por sua ex-assistente Lauren Weisberger. Embora a autora nunca tenha confirmado diretamente, o público e a crítica identificaram diversas semelhanças entre a ficção e a realidade. O filme homônimo lançado em 2006, com Meryl Streep no papel principal, reforçou ainda mais essa associação.
Além disso, Anna Wintour acumulou outros cargos de liderança ao longo dos anos. Em 2013, foi nomeada diretora artística da Condé Nast, e em 2019, passou a atuar também como consultora global de conteúdo. Sua permanência nas altas esferas da empresa indica que seu impacto na indústria da moda continuará sendo exercido, mesmo que de forma mais estratégica.
