O mercado financeiro da Europa fechou em alta na última terça-feira, 28, por conta da flexibilização das regras de quarentena na China. Na última semana, o governo chinês liberou a população para a retomada de algumas atividades econômicas, após um longo período da ”Covid Zero”. Uma das medidas é o fim da quarentena obrigatória para viajantes que chegam ao país.
Com a expectativa do crescimento da segunda maior economia do mundo, os investidores voltaram sua atenções ao mercado chinês. Enquanto os mercados de Londres e Dublin seguem fechados, por conta do feriado de Natal, o índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,1%. Empresas de luxo chinesas, como LVMH , Kering e Richemont subiram entre 1,7% e 2,4%. No campo energetico, as ações de energia subiram 0,4% com a recuperação da China, principal consumidora do recurso na Europa, principalmente do petróleo. A expectativa de alguns analistas é que hajam intensas negociações também de outros países, já que os preços das commodities estão baixos.
O índice europeu STOXX 600 recuou mais de 12% até agora em 2022 e caminha para seu pior desempenho anual desde 2018. Mesmo com a melhora do cenário, os rombos provocados pela pandemia geram temores de recessão em todos os mercados do mundo.
Mercado financeiro europeu sobe com fim da ”Covid Zero” na China. Foto: BBC
Política do ”Covid Zero”
Mesmo com o fim das restrições de deslocamento da população, a China vive uma explosão de casos de Covid-19 e uma superlotação dos hospitais. Segundo o governo chinês, nas últimas 24 horas, três pessoas morreram pela doença, mas os demais números não tem transparência, já que funerárias apontam que muitos óbitos não estão sendo contabilizados. Desde o início do mês de dezembro, o governo acabou com os testes em massa e com bloqueios nas cidades, após diversos protestos dos chineses. Segundo especialistas, com o fim da quarentena, milhões de pessoas devem ser infectadas.
Foto destaque: Bolsa de valores na europa. Reprodução: BBC
