A Netflix divulgou na última terça-feira (19) a perda de quase um milhão de assinantes em sua plataforma de streaming. O número chegou ao patamar de 970 mil clientes perdidos entre os meses de abril e junho deste ano.
Apesar da redução, o cenário acabou sendo visto de forma positiva pelos investidores, já que a previsão de perda pelos analistas estava estimada em mais de 1 milhão de clientes por todo o mundo.
Em abril, a empresa esperava perder cerca de 2 milhões de clientes durante o segundo trimestre, mesmo com o sucesso da quarta temporada da série “Stranger Things”. O resultado acabou sendo positivo, com a subida das ações em 12%, após o balanço divulgado nos EUA.
Na Europa e países como o Canadá, houve um decréscimo de clientes, com a perda de pouco mais de 770 mil assinantes. Por outro lado, a empresa teve um forte crescimento no continente asiático, com mais de 1 milhão de novas assinaturas.
Mesmo com o sucesso de “Stranger Things”, a plataforma perdeu quase um milhão de assinantes. (Foto: Reprodução/ Netflix).
Apesar do recuo e do medo dos investidores sobre o futuro do streaming, a companhia ainda se mantém como a de maior número de clientes entre as concorrentes, com um saldo de 220,7 milhões de assinantes em 190 países.
Somente no segundo trimestre deste ano, a Netflix faturou US$7,97 bilhões, o que representa 8,6% em comparação com o ano de 2021, apesar do baixo resultado previsto pelos analistas.
Uma das estratégias utilizadas pela empresa para reverter a crise é a criação de um serviço de streaming mais barato, com a veiculação de publicidade, o que atualmente não existe na plataforma. Há poucos dias, a Netflix anunciou uma parceria com a Microsoft para desenvolver esse produto.
Além disso, outra forma de aumentar a receita é começar a cobrar taxas extras de usuários que compartilham contas com outros, o que é uma forma de não incentivar a prática para desse modo, buscar novos assinantes.
Em abril deste ano, a companhia disse que estava trabalhando para reduzir os cancelamentos por meio de ações que impedissem o compartilhamento de senhas por várias pessoas, começando a cobranças em cinco países da América Latina: Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana, com o valor variando de US$ 1,70 a US$2,99. Ainda não há previsão para o Brasil.
Foto destaque: Apesar do recuo e da perda de assinantes, a provedora de séries continua sendo a maior dentre as concorrentes. Reprodução/ Netflix.