Segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, Israel realizou, nessa segunda-feira (22), bombardeios em Khan Younis, no Sul de Gaza, depois de ordenar que a população abandonasse a área. Pelo menos 70 pessoas foram mortas.
Bombardeios em Gaza (Foto: reprodução/SAID KHATIB/Getty Images Embed)
O atentado aconteceu quando Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense se dirigia a Washington, onde fará um discurso no Congresso nesta quarta-feira (24).
A desistência de Biden da presidência
No último domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não buscará a reeleição, afirmando que essa decisão é “do melhor interesse do meu partido e do país”. Ele declarou ainda seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como sua substituta na corrida presidencial. A decisão, tomada a quatro meses das eleições, altera significativamente a dinâmica da disputa pela Casa Branca.
O presidente israelense caracterizou sua partida de Israel como uma “viagem muito importante” em meio a uma “grande incerteza política“, decorrente da decisão do presidente Joe Biden de não se candidatar à reeleição. A guerra afetou as relações entre Israel e os EUA, seu principal aliado. Os dois líderes deverão se reunir na quinta-feira (25), segundo uma autoridade americana.
Joe Biden (Foto: reprodução/Mario Tama/Getty Images Embed)
Segundo Biden, o objetivo é encontrar uma solução para acabar com a guerra de Gaza, alcançar a paz no Oriente Médio e trazer todos os reféns israelenses de volta para casa.
Netanyahu também se encontrará com Kamala Harris, apoiada por Biden como candidata democrata às próximas eleições, embora ela não participe da cerimônia que Netanyahu receberá no Congresso.
Os EUA sobre a guerra
No cenário internacional, os Estados Unidos expressaram descontentamento com a reação de Israel à incursão fatal de 7 de outubro por militantes do Hamas no sul do país. Washington destaca a necessidade de proteger os civis e permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007. Segundo Steven Cook, especialista em Oriente Médio do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, as relações bilaterais nunca estiveram tão tensas.