Após reunião com Lula, Argentina e Brasil anunciam acordo

Pedro Ribeiro Por Pedro Ribeiro
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Os ministros da Economia da Argentina e do Brasil, Sérgio Massa e Fernando Haddad, anunciaram, em coletiva de imprensa conjunta realizada na última segunda-feira (28), um acordo estimado em US$ 600 milhões, prevendo financiamentos de exportações brasileiras para o país comandado por Alberto Fernández. A negociação já se estendia desde maio e visa ajudar a contornar a grave crise financeira vivida pela nação vizinha.

Essa operação aconteceria por meio de uma colaboração direta entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o CAF, Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe. O último seria responsável por dar a garantia aos bancos brasileiros, que pagariam pelas exportações. No dia 14 de setembro, haverá uma segunda reunião a fim de que seja providenciada a documentação necessária.



Retomada de trocas fluviais  

Durante o encontro, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi retomada a discussão sobre a construção de uma frota marítima compartilhada, o que levaria a um aumento das trocas entre os países: “Era um processo que nós havíamos construído ao longo de 20 anos que havia sido interrompido no governo Bolsonaro por decisão do Brasil de não renovar o acordo”, afirmou o ministro argentino.

Foi anunciada também a extensão do acordo entre as cidades de São Borja e São Tomé, localizadas na fronteira entre os dois países. A região serve como porta de entrada das exportações feitas via terra entre as nações. Na coletiva, Massa afirmou que essa troca responde, hoje em dia, a quase 60% do comércio bilateral.

Convite para o BRICS

Também foi pauta o convite feito pelo BRICS para que a Argentina passe a integrar o bloco, ao lado de outros cinco países. O movimento foi justificado pelo presidente brasileiro como uma forma de combinar, dentro do bloco, mais de 30% do PIB global, e reforçou que outros candidatos serão aceitos no futuro, desde que se encaixem em critérios pré-estabelecidos.

 

Foto destaque: Ministros Fernando Haddad e Sérgio Massa. Reprodução/Valter Campanato/EBC

 

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