Nesta terça-feira (26), os ataques ucranianos contra a Crimeia, anexada pela Rússia, deixaram um morto e dois feridos no porto de Feodosia. Um navio da frota russa também foi danificado. Segundo o governador da Crimeia, Sergei Aksionov, seis edifícios também foram danificados e os moradores foram forçados a deixar as suas residências.
Ataques ucranianos
Localizada na costa sul da península da Crimeia, a cidade de Feodosia abriga, aproximadamente, 69 mil habitantes. Esta cidade costeira é conhecida por sua rica história e importância estratégica na região, servindo como um importante centro urbano e cultural ao longo das décadas.
A Força Aérea da Ucrânia afirmou que destruiu um grande navio de desembarque russo, o Novocherkassk, no Mar Negro. O navio era capaz de transportar até 500 soldados, e era suspeito de transportar drones iranianos utilizados pela Rússia no conflito contra a Ucrânia. O exército ucraniano não revelou o local do ataque ao navio, mas o comandante da Força Aérea, Mykola Oleshchuk, divulgou um vídeo que mostra uma explosão na base naval russa de Feodosia.
“O grande navio de desembarque Novocherkassk foi destruído por pilotos da Força Aérea“, destacou em um comunicado do Telegram.
Imagem do Novocherkassk, quem o Ministério de Defesa da Rússia diz ter sido danificado pela Ucrânia (Foto: reprodução/REUTERS via CNN)
Conflitos pela Crimeia persistem
A administração da Crimeia, estabelecida pela Rússia, comunicou oficialmente que, devido a “questões técnicas”, a partida dos trens em Feodosia está tem porariamente suspensa. Além disso, foi anunciado que o tráfego nas ruas da região foi parcialmente interrompido. Já o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que a Crimeia é da Ucrânia e que não há “lugar para a frota do ocupante aqui“.
Os ataques ucranianos à Crimeia são uma escalada do conflito entre os dois países. A Rússia anexou a Crimeia em 2014, o que foi condenado pela comunidade internacional. O conflito entre ambos os países acontece devido a um impasse nas negociações de paz entre os dois países. As negociações estão paralisadas desde o início de dezembro.
Foto destaque: ataques ucranianos na costa da Crimeia nesta terça-feira (26) (Reprodução/Ministério da Defesa da Ucrânia)