Se há uma coisa que não faltará em 2023 serão os eventos astronômicos que irão marcar os céus dos próximos 12 meses
Dentre os fenômenos, os destaques incluem 12 chuvas de meteoros, a conjunção de Vênus e Saturno, 2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas e até uma lua azul.
Segundos datos recolhidos, segue abaixo alguns dos fenomenos astronômicos que poderão ser vistos esse ano:
Imagem de eclipse (Foto: Reprodução / UOL)
Eclipses
• 20 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil)
• 5-6 de maio – Eclipse lunar penumbral (não visível no Brasil)
• 14 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país)
• 28-29 de outubro – Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país)
Em 2023 dentre os eclipses que teremos, serão 2 solares: um total (quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol), em 20 de abril, e um anular (quando o Sol forma um anel ao redor da sombra da Lua), em 14 de outubro.
O total infelizmente não será visível no Brasil, apenas em alguns países da Ásia e Oceania que poderão conseguir observar o fenômeno.
Mas o anular, o famoso “anel de fogo” ao redor da Lua passará sim pelo país e poderá ser visto em cidades como Natal (RN), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e São Félix do Xingu (PA).
Já em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, quem olhar para o céu perto das 15h da tarde do dia 14 de outubro verá o sol meio que “mordido” pela Lua, um fenomeno que acontece porque um eclipse solar parcial sempre acompanha um eclipse solar anular.
Enquanto que os eclipses lunares não serão tão marcantes este ano, pelo menos para o Brasil. Pois, tecnicamente, o eclipse lunar parcial de outubro, por exemplo, passará por algumas cidades do litoral nordestino localizadas mais ao extremo leste da porção continental do país (além das Ilhas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas e São Pedro e São Paulo).
Apenas uma pequena porção do nosso satélite natural ficará encoberta, o que deve dificultar a observação do fenômeno. Mas ainda assim, na cidade de João Pessoa, a Lua poderá ser vista perto da linha do horizonte no momento que o eclipse atingir seu máximo, porém ainda será difícil de ver o eclipse.
Imagem da Terra (Foto: Reprodução / G1)
Periélio e afélio
Outro grande evento a se esperar será quando a terra atingir seu ponto mais próximo do Sol, que já ocorre nesta Quarta-feira (04/01). O fenômeno ocorrerá às 13h17 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente “perto do Sol”), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar. Dessa forma, no periélio, o Sol aparece maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano.
Já o afélio (o oposto do periélio, quando o Sol apresenta seu menor diâmetro aparente e a Terra alcança o ponto de sua órbita mais distante do astro) ocorrerá no dia 6 de julho, às 17h06 no horário de Brasília. Neste ponto, a Terra estará a 152 milhões de km do Sol e atingirá a sua menor velocidade do ano.
O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação
Eventos planetários e conjunções
Os principais eventos planetários e conjunções (quando mais de dois corpos celestes aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, retiradas de acordo com o site Time and Date:
• 22 de janeiro – Conjunção de Vênus e Saturno; na data Vênus passará perto de Saturno no céu. No ponto mais próximo um do outro, os planetas estarão separados por 0,34 graus.
• 30 de janeiro – Alongamento máximo ocidental de Mercúrio; período ideal para observar o planeta, que estará no seu ponto de maior distância do Sol durante o céu da madrugada/início da manhã.
• 11 de abril – Alongamento máximo oriental de Mercúrio; esse é o pico de visibilidade leste do planeta.
• 29 de maio – Um novo alongamento máximo ociedental de Mercúrio.
Chuva de Meteoros em céu estrelado (Foto: Reprodução / G1)
Chuvas de meteoro
No total, serão 12 chuvas de meteoro relevantes ao longo do ano, abaixo segue as datas dos fenômenos segundo o Observatório Real de Greenwich:
Quadrantids: ativa de 28 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
• Lyrids: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
• Eta Aquariids: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
• Alpha Capricornids: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
• Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
• Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
• Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
• Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
• Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
• Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
• Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
• Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.
Superlua no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / G1)
Superluas
Ao todo teremos duas superluas em 2023:
• A primeira em 1º de agosto
• E a segunda no dia 31 de agosto (também conhecida como Lua Azul)
A “superlua” ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.
Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.
Já a Lua Azul é o apelido dado à segunda lua cheia que acontece em um mesmo mês, um fenômeno que ocorre apenas a cada dois anos e meio, em média. Por ser apenas uma referência ao calendário, não tem de fato uma relação com alguma alteração de cor ou aparência do satélite.
Foto Destaque: Lua Cheia (Reprodução / G1)