Nesta segunda-feira, )07) o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que Pequim permanece “imparcial” na guerra na Ucrânia, um dia após participar de negociações sobre o fim da guerra.
A ligação
Uma delegação chinesa participou de uma reunião sobre o fim do conflito na Arábia Saudita, com representantes de cerca de 40 países, entre os quais não se inclui a Rússia. Um dia após a reunião, o ministro chinês Wang Yi ligou para o ministro Sergei Lavrov para afirmar que a China continuará imparcial na guerra: “Na crise da Ucrânia, a China manterá uma posição independente e imparcial, emitirá uma voz objetiva e racional, promoverá ativamente as negociações de paz e se esforçará para buscar uma solução política em qualquer ocasião multilateral internacional”.
A reunião
Cerca de 40 países foram convidados para uma reunião sediada na Arábia Saudita sobre o fim da guerra, incluindo os principais aliados da Ucrânia, o Brasil, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Alemanha, a Índia e várias nações do Oriente Médio. Entre as listas dos convidados, não é possível encontrar Moscou.
Arábia Saudita sediou uma reunião com cerca de 40 países para discutir cessar fogo na Ucrânia. (Reprodução/Poder 360)
O objetivo da reunião era discutir a “fórmula da paz”, uma proposta de 10 pontos apresentada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para fortalecer uma aliança e conquistar o apoio de países como o Brasil, Índia, África do Sul e China.
A Ucrânia e seus aliados ocidentais têm a esperança de que o presidente da China, Xi Jinping, que se diz amigo do presidente russo Vladimir Putin, possa desempenhar um papel importante para convencer Moscou à paz. Dmytro Kuleba, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, considerou a participação da China na reunião como “um super avanço e uma vitória histórica”.
No entanto, a participação da China na reunião não representa uma mudança na posição do país em relação à guerra. Pequim continua com sua proposta de 12 pontos, onde pede negociações de paz, mas não demanda a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Foto destaque: Ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia, Wang Yi e Sergei Lavrov, em visita de Wang Yi à Moscou em fevereiro de 2023. Reprodução/TASS.