Cruz Vermelha dos Estados Unidos passa a aceitar doações de sangue de gays e bissexuais

Joana Tchian Por Joana Tchian
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Nesta segunda-feira (07), a Cruz Vermelha dos Estados Unidos anunciou que a partir de agora os homens homossexuais e bissexuais poderão doar sangue sem restrições.

Em um comunicado, a organização humanitária celebra o avanço da inclusão na doação de sangue: “A Cruz Vermelha celebra esta medida histórica como um avanço significativo e mantém seu compromisso de conseguir um processo inclusivo de doação de sangue que trate todos os doadores potenciais com igualdade e respeito, ao mesmo tempo que mantém a segurança do fornecimento de sangue”.

Em maio deste ano, houve uma atualização de diretrizes que foi anunciada pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), tornando possível esta mudança nas doações. O objetivo desta mudança é aumentar o número de pessoas doadoras de sangue.

Doadores responderão às mesmas perguntas

Nesta nova mudança, todos os doadores de sangue irão responder às mesmas perguntas para fazer a doação. Todos os possíveis doadores serão questionados se tiveram novos ou múltiplos parceiros sexuais nos últimos três meses. Se a resposta for “sim”, uma nova pergunta será feita: se praticaram sexo anal neste período.

Caso a resposta for positiva, a doação de sangue será adiada. Isso porque a penetração no sexo anal possui um risco maior de contágio de muitas doenças que são transmitidas sexualmente, pois o revestimento do ânus é danificado com muita facilidade, o que o torna vulnerável para infecções.


Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA). (Foto: Reprodução/iStock)


Homossexuais excluídos destes adiamentos

Anteriormente, os homens homossexuais estavam excluídos do adiamento da doação de sangue. O pesquisador sobre o câncer, Andrew Goldstein, de Los Angeles, era doador de sangue regular quando era mais jovem, antes de ser impedido de doar pelas políticas anteriores da FDA por ele ser homossexual, e ficou muito satisfeito e feliz com a mudança. “Representa muito para mim o fato de eu poder voltar a doar”, afirma. Em 2021, ele participou de um estudo clínico que abriu caminho para a nova mudança.

De acordo com a Cruz Vermelha, a cada dois segundos nos EUA, uma pessoa precisa de doação de sangue ou de plaquetas para cirurgias, doenças crônicas, tratamento contra o câncer ou lesões.

 

Foto destaque: Pessoa doando sangue. Reprodução/Observatório do Terceiro Setor

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