Dupla de cientista ganha Nobel por desenvolver vacinas contra Covid-19

Alice Accioly Por Alice Accioly
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O prêmio Nobel de Medicina de 2023 foi entregue, nesta segunda-feira (2), à bioquímica húngara Katalin Karikó e ao médico norte-americano Drew Weissman. A dupla de cientistas realizou descobertas que foram importantes para desenvolver as vacinas contra a Covid-19.

Os dois modificaram o RNA mensageiro para conseguir atuar no sistema imunológico. O mRNA é uma cópia do código genético que faz com que a célula fabrique proteínas específicas. “Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, disse a Fundação Nobel no momento de divulgar os vencedores.

Além da homenagem, Karikó e Weissman ganharam 11 milhões de coroas suecas, equivalente a R$ 5 milhões. Essa foi a primeira premiação e ainda faltam cinco a serem anunciadas. O evento ocorre até a próxima segunda-feira e ainda serão entregues os prêmios do Nobel de Física, de Química, de Literatura, da Paz e o de Economia.

Quem são os vencedores do prêmio

Katalin Karikó é professora da Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, no EUA. A bioquímica já foi vice-presidente sênior e chefe de substituição de proteínas de RNA na BioNTech – empresa fabricante da vacina Pfizer – até 2022 e desde então atua como consultora da empresa.

Drew Weissman atua, também, na Escola da Perelman, na Universidade da Pensilvânia, como pesquisador de vacinas. Nascido no Estados Unidos, Weissman estudou imunologia e microbiologia durante a sua formação.


Os dois cientistas já haviam ganhado prêmios juntos por causa da descoberta. (Reprodução/AP Photo/Eugene Hoshiko)


O prêmio Nobel

A premiação foi realizada pela primeira vez em 1901 pelo empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel. A celebração desde do início era atribuída a realizações na ciência, literatura e relações humanas, e, nos anos posteriores, também à economia.

A bioquímica Katalin Karió é a 13ª mulher a receber um Nobel de Medicina. A primeira foi a americana Gerty Cori em 1947, por ter desenvolvido pesquisas essenciais para a compreensão da diabetes. Ao todo, 113 prêmios já foram concedidos. 

Foto destaque: Katalin Karikó e Drew Weissman venceram o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023. Reprodução/AFP

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