Em decisão inédita, trabalhadores do judiciário declaram apoio a Lula

Eduardo Raddi Por Eduardo Raddi
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Através de carta aberta divulgada nesta segunda-feira (24), três federações que representam trabalhadores do judiciário brasileiro declararam apoio ao candidato à presidência da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “È preciso ter posição e coragem para assumi-la”, diz o subtítulo.

As organizações que assinam a carta são a Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), Fenajude (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados) e a Fenamp (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos Estaduais).


Federações que representam trabalhadores do judiciário brasileiro se uniram em apoio a Lula. (Foto:Reprodução/Fenajufe)


No documento, os trabalhadores explanam o impacto direto das ações do atual governo no funcionalismo público: “…o governo Bolsonaro foi responsável pelo congelamento de dois anos dos salários e auxílios dos funcionalismo público e pretende, se reeleito, implementar uma reforma administrativa, por meio da PEC Nº 32 de 2020, para retirar direitos dos servidores, facilitar a demissão de efetivos e ampliar as contratações sem concurso público, fragilizando as relações trabalhistas no setor público e o serviço prestado à população”  

Na carta, as federações afirmam ainda considerar Bolsonaro uma ameaça a democracia e à soberania nacional, além de tocar em assuntos como a gradativa destruição de conquistas sociais por parte de movimentos de grupos que representam minorias na sociedade, a gestão do governo durante o período da pandemia, o desmonte das políticas de preservação da Amazônia e o sigilo de 100 anos. As organizações lembraram também do orçamento secreto: “… a política de desmonte do sistema nacional de proteção ao meio ambiente, à educação, à saúde pública, entre outros, tipificados em nossa Carta Magna, enquanto bilhões de reais são destinados ao orçamento secreto”.

A carta ainda ressalta: “A convicção é de que, assim agindo, estarão contribuindo com o processo de reconstrução do Brasil, a partir de um novo governo, centrado na defesa e ampliação dos direitos sociais, trabalhistas e da soberania nacional, na aplicação de políticas econômicas que possam patrocinar o crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, que valorize e proteja o mundo do trabalho, que realmente incentive as políticas públicas para a educação, a saúde e demais prioridades sociais, que respeite a diversidade religiosa e cultural de nosso povo, que seja um incondicional defensor da democracia, valores e das instituições da República, conforme registrados em seu plano de governo, entre outros atributos, completamente ausentes em relação ao candidato que pretende à reeleição”.

Foto Destaque: Lula tem conseguindo apoio de forças importantes nas últimas semanas. Reprodução/PT.

 

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