A nova lei de regulamentação passou a entrar em vigor nesta quinta-feira (1°), a lei foi uma unanimidade entre os 356 senadores franceses. O objetivo é que a profissão de influencer tenha as mesmas regras válidas como em outras profissões no país e que sejam proibidas a divulgação e a promoção de conteúdos que sejam classificadas de risco.
Os influenciadores digitais franceses estão proibidos de fazer divulgações de serviços e produtos que sejam considerados de risco. Procedimentos estéticos que precisam de prescrição médica, investimentos sob risco, como as criptomoedas, a divulgação de nicotina e outros produtos que sejam destinados a maiores de idade, entre outros.
Senado francês buscam regulamentar o que parlamentares classificam como “selva da influência” (Foto: reprodução/Alliancevita/Reprodução)
Antes dessa regulamentação, vários influencers divulgavam nas suas redes praticamente qualquer conteúdo de acordo com os valores que eles recebiam pelo marketing do produto ou conteúdo. Acontece que certas divulgações induzem que seus seguidores acabem entrando em uma área considerada arriscada, tanto para a saúde quanto financeiramente.
Foi proibido que os influencers divulguem procedimentos estéticos, pois se trata de uma área que somente cabe a um agente da saúde indicar, assim como a interrupção terapêutica. Também foi proibido a propaganda em apostas esportivas e em investimentos monetários, como a já citada criptomoedas.
Além de proteger os seguidores a serem induzidos, a lei quer quer os produtores de conteúdos digitais sejam transparentes com seus seguidores. De acordo com o órgão DGCCRF (Direção-Geral da Concorrência, Consumo e Repressão à Fraude), foi realizado um monitoramento em 50 influencers, e 30 deles já cometeram alguma infração. A maioria era no descumprimento da publicidade e no desrespeito ao direito básico do consumidor. Essas infrações acarretaram em 16 processos criminais, como apontou o relatório produzido pelo órgão. Influenciadores franceses de sucesso são acusados de fazer divulgações falsas e hoje respondem a inúmeros processos de fraude, e o caso do influencer Marc Blata, e do Dylan Thiry.
Foto Destaque: pessoa gravando em espaço público. Reprodução/iStock/Tilt (UOL)