O ex presidente Jair Bolsonaro (PL) foi incluído no inquérito que investiga os ataques terroristas em Brasília, no último domingo. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido da PGR, Procuradoria Geral da República, e incluiu o ex presidente nas investigações.
O pedido para incluir Bolsonaro nas investigações foi feito na sexta-feira de manhã e aceito pela Suprema Corte no mesmo dia. O inquérito visa “autores intelectuais”, ou seja, pessoas do alto escalão da política brasileira que estejam por trás dos ataques aos Três Poderes no último domingo.
Jair Bolsonaro (PL) fez um post em suas redes sociais 2 dias após os ataques defendendo seus apoiadores e os atos golpistas realizados na capital federal. Dessa forma, Moraes entendeu que o pronunciamento feito por Bolsonaro nas redes sociais foi uma situação em que ele estimulou os ataques golpistas e atacou de forma criminosa as instituições.
Em vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro contesta, sem proovas e fudamentos, as eleições de 2022, que garantiu a vitória de Lula (PT). E o vídeo foi postado poucos dias após a invasão dos Três Poderes, o que foi visto como uma provoção.
O ministro Alexandre de Moraes disse que “O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, se reveleu como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal, imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato, e o Tribunal Superior Eleitoral, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, disse o ministro da Suprema Corte.
Jair Bolsonaro publica vídeo defendendo ação terrorista em Brasília de seus apoiadores (Foto: Reprodução/estadão)
Durante as investigações aos ataques terroristas em Brasília, grandes aliados políticos de Bolsonaro já estão sendo investigados, como Ibanês Rocha que já está afastado do governo do Distrito Federal e o seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que foi preso neste sábado (14). Ambos são acusados de terem facilitado a ação dos terroristas na Esplanada dos Ministérios.
Foto destaque: Jair Bolsonaro se junta a Anderson Torres e torna-se investigado pelas ações golpistas em Brasília Reprodução/uol