Macron comunica uma reforma no governo francês para enfrentar o seu segundo mandato

O presidente francês, Emmanuel Macron, divulgou nesta segunda-feira (4) uma reforma do governo. Apesar de ter conquistado o segundo mandato, Macron conseguiu apenas 250 deputados, 39 a menos que o necessário para a maioria absoluta, o que deve dificultar a implantação de suas pautas reformistas e liberais. Macron não fez mudanças profundas no governo de […]

04 jul, 2022

O presidente francês, Emmanuel Macron, divulgou nesta segunda-feira (4) uma reforma do governo. Apesar de ter conquistado o segundo mandato, Macron conseguiu apenas 250 deputados, 39 a menos que o necessário para a maioria absoluta, o que deve dificultar a implantação de suas pautas reformistas e liberais.

Macron não fez mudanças profundas no governo de sua primeira-ministra, Élisabeth Borne. Entretanto, o ministro de Solidariedades, Autonomia e Pessoas com Deficiência, Damien Abad, considerado uma vitória da direita, um dos três integrantes do gabinete acusados de estupro, foi afastado do cargo.


Macron comunica uma reforma no governo francês para enfrentar o seu segundo mandato

Damien Abad. (Foto: Reprodução/Instagram)


Após a justiça abrir uma investigação por tentativa de estupro, acusação que o agora ex-ministro nega, ele foi substituido pelo diretor-geral da Cruz Vermelha francesa, Jean-Christophe Combe. 

O maior destaque da mudança foi a entrada de Laurence Boone, atual economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), para ser secretária de Estado para Assuntos Europeus.

Christophe Béchu, atual ministro delegado para as Coletividades Territoriais, assumirá uma das pastas mais importantes, Transição Ecológica, em substituição a Amélie de Montchalin.

A reforma ministerial marca o início do segundo mandato do presidente de centro, dois dias antes do discurso de política geral de sua primeira-ministra, e encerra um período de indefinições desde sua reeleição em 24 de abril.

Borne já iniciou a negociação com a oposição de seu primeiro projeto de lei, um pacote de medidas que quer proteger o poder aquisitivo. O governo busca que ele seja aprovado entre o fim de julho e o início de agosto.

O aumento dos preços, em especial de combustíveis e de alimentos, consequência da guerra na Ucrânia, é o principal desafio que assola os franceses neste momento. O problema coloca o presidente Macron em alerta, uma vez que seu primeiro mandato teve grandes protestos sociais.

 

Foto em destaque: Presidente da França Emmanuel Macron. Reprodução/Instagram

Mais notícias