Ainda que o Rio de Janeiro tenha registrado, no primeiro semestre deste ano, uma diminuição no que diz respeito ao número de pessoas que morreram por intervenção de agentes do estado do Rio de Janeiro, o dado que se tem recente do estado fluminense mostra a alta letalidade das ações das forças policiais de segurança. Do ano de 2018 até meados de junho deste ano, os números do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam uma realidade triste e preocupante: 7.848 pessoas perderam suas vidas por meio de ações desenvolvidas pela polícia do estado.
Policiais durante operação no complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Eduardo Anizelli/folhapress)
Números de casos diariamente
Segundo o instituto ISP, em média, foram quase 4 mortes diariamente nessas ações. Vale destacar que, no intervalo de tempo, somente a 16ª área Integrada de Segurança Pública (AISP)registrou 321 casos; onde há o complexo da Penha, lamentavelmente dez pessoas perderam suas vidas nesta quarta-feira, no momento em que policiais militar e civil realizavam uma operação. Esses dados mostram um retrato que precisa ser mudado no no estado, com relação a atuação das forças de segurança.
Policiais no Complexo da Penha, no rio. ( Foto: Reprodução/Pilar Olivares/Reuters)
Primeiro semestre
Vale destacar que só nos primeiros seis meses deste ano, os dados apresentados pelo Instituto de Segurança Pública mostram, porém, um declínio de 12,3% dos óbitos por meio de ações de agentes de segurança do rio: foi registrado 569 ocorridos de janeiro a junho deste ano, em detrimento com 649 na mesma data de 2022. Durante o período do ano de 2022, todavia, com 1.330 pessoas mortas, o estado só permaneceu atrás do estado da Bahia, que teve um registro de 1.464 mortes, números concretos de óbitos em decorrência de ações policiais, de acordo com o ABSP, Anuário de Segurança Pública, postado no mês anterior.
Operação conjunta entre as polícias deixou oito mortos na Vila Cruzeiro (Foto: reprodução/Marcia Foletto/Agência O Globo)
Durante estes cinco anos e meio, o número de pessoas que vieram a perder suas vidas por meio de ações de forças de segurança pública do estado aponta cerca de 27% do resultado total de 29.207 óbitos violentos no rio, que integram o indicador de letalidade brusca, inserindo os homicídios dolosos, assaltos resultando em mortes e ferimentos corporais resultante em morte, de acordo com o ISP.
Foto Destaque: Operação policial após ataques às bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Reprudução/Fernando Frazão/Agência Brasil