Com o novo Auxílio Brasil de R $400, o governo terá uma menor distribuição de renda em 2022 em relação a este ano. Deixando 22 milhões de famílias ficarem sem proteção social, serão R $11 bilhões a menos que o governo investirá.
Foram aprovadas esta semana no Senado a medida provisória que cria o Auxílio Brasil e também a PEC dos Precatórios,que abre espaço fiscal para a nova despesa. O Senado manteve o dispositivo que garante o pagamento a quem se encaixa nos critérios ao aprovar o auxílio, mas vinculou a fila à disponibilidade de orçamento. O governo quer liberar o pagamento do benefício antes do Natal.
Modelo do cartão Auxilio Brasil.(Foto:Divulgação/Governo)
Somando o auxílio emergencial, o programa Bolsa Família e o novo Auxílio Brasil, o executivo deve encerrar este ano com um gasto de R $96,8 bilhões conforme a projeção do consultor de orçamento do Senado Vinicius Amaral.
Os recursos direcionados para o Auxílio Brasil devem atingir R $85,8 bilhões no ano que vem a partir da aprovação da PEC. Ainda gerando uma queda real no repasse de renda de R $11 bilhões em relação a 2021, considerando a inflação.
O Senador Vinicius Amaral disse que:”Só podemos esperar um agravamento da situação. Em torno de 20 milhões de beneficiários vão perder o acesso e ainda não surgiu nenhuma proposta sobre que tipo de auxílio terão essas pessoas. Tem se falado em zerar a fila, mas essa fila é só anterior, e vai se formar uma nova”
Em resposta a reportagem a pasta afirma que: “É compromisso desta gestão ampliar de forma contínua o alcance das políticas socioassistenciais e atingir, com maior eficácia, a missão de superar a pobreza e minimizar os efeitos da desigualdade socioeconômica”. O auxílio emergencial contemplou 39,4 milhões de famílias em 2021 e o Auxílio Brasil atenderá a 17 milhões a partir de dezembro deste ano de acordo com o Ministério da Cidadania.
Foto Destaque: Auxilio Brasil.Reprodução/Marcelo Casal Jr/Agência Brasil