O partido Progressistas (PP), do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que irá recorrer perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que recursos do partido não sejam bloqueados em virtude da ação movida pelo (PL), que levantou questionamentos sobre as urnas eletrônicas. Para a CNN Brasil, Cláudio Cajado disse que não autorizou a ação do PL junto à Corte.
“O presidente Valdemar (Costa Neto, do PL), como representante da coligação, entrou em nome de toda a coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados e como podemos ser penalizados?”, questionou ele.
Segundo o PP, ainda nesta quinta-feira (24), os advogados do Partido Progressistas entrarão com um recurso tendo em vista excluir a multa e o bloqueio do fundo partidário. “Impugnaremos o valor atribuído a uma causa que não tem valor econômico. O valor da causa aqui seria inestimável, quando a multa poderia ser fixada em até 10 vezes o valor do salário-mínimo”.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Falha apontada por PL não altera resultado da eleição, dizem especialistas <a href=”https://t.co/sUKaSll4CO”>https://t.co/sUKaSll4CO</a></p>— UOL Notícias (@UOLNoticias) <a href=”https://twitter.com/UOLNoticias/status/1595170651282714624?ref_src=twsrc%5Etfw”>November 22, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
No dia 22 a UOL Notícias fez uma matéria acerca do pedido do PL para anular as eleições (Reprodução/Twitter)
A alegação do PP é de não ter sido intimado para se manifestar na ação, assim como Valdemar Costa Neto, que já não teria poder para falar sobre as demais legendas da coligação. “A ata de eleição do representante da coligação não pode ser um cheque em branco”, acrescenta o partido. Ainda para a reportagem, Cajado fez questão de lembrar que “as eleições já terminaram e o resultado foi admitido pelos presidentes dos partidos”, deixando evidente o reconhecimento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como presidente eleito, que irá assumir o mandato em 1º de janeiro de 2023.
Como tudo aconteceu
Na quarta-feira (23), Alexandre Moraes, presidente do TSE, indeferiu o pedido vindo do PL para anular o segundo turno das eleições deste ano. Em sua decisão, o ministro condenou os partidos da coligação de Bolsonaro a pagarem uma multa de R$ 22,9 milhões. Além do PL, a coligação também conta com Progressistas e Republicanos.
O PL, partido do presidente, apresentou na terça-feira (22) um relatório com supostas inconsistências em seis modelos de urnas que foram usadas na votação, defendendo que parte dos votos fossem anulados. Pouco tempo depois, Moraes pediu ao partido que também incluísse no relatório dados sobre o primeiro turno das eleições, uma vez que as mesas foram usadas nas duas etapas do pleito. Contudo, o PL não apresentou os dados.
Foto destaque: Cláudio Cajado Presidente do Progressistas. Reprodução/Twitter