A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (29) uma alta no preço do Diesel. Com o intuito de diminuir a diferença que vem sendo cobrada no mercado internacional em relação ao preço que a empresa cobra no Brasil, a estatal decidiu que com esse ajuste, o valor médio do diesel vendido por ela às distribuidoras passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 o litro, reajuste médio de R$ 0,25 por litro.
Mesmo diante de críticas de caminhoneiros que demonstraram insatisfação com o reajuste e do Presidente da República, a empresa tem mantido preços considerados até baixos. É a primeira alta do diesel em 85 dias. A última que ocorreu foi em 05 de julho. Naquele período, houve um aumento de R$ 0,10 (3,7%) e o preço chegou a R$ 2,81 o litro nas refinarias.
Segundo a companhia relatou:
“Esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras. Reflete parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio”
O diesel ficará mais caro no bolso dos brasileiros. (Foto: Reprodução/Sérgio Morais/Reuters)
Para o analista da SFA Investimentos, Rafael Chacur, antes de aplicar o reajuste, a Petrobras vendia o diesel 15% mais barato do que o preço cobrado no mercado internacional. Com isso, mesmo com reajuste de quase 9%, ainda há uma defasagem de 7%, fazendo essa comparação. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), calcula que mesmo com o reajuste, o valor ficará R$ 0,21 centavos abaixo do que seria adequado para política de preços. Para a Abicom, o valor que deveria ser cobrado era de R$ 3,27.
A influência do dólar e o preço internacional do petróleo são os responsáveis pelo aumento.
Foto destaque: Reprodução/Lucas Stuqui