Nesta sexta-feira, dia 28/04, o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto que possibilita às pessoas que moram em partes na Ucrânia, onde é governado por Moscou, de obterem a cidadania russa. Para aqueles que não aceitarem ou não legalizarem o seu status poderão ser deportados.
As quatros regiões que a Rússia reivindica são: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, estabelecidas na Ucrânia, mas que são parcialmente controladas pelo governo Russo.
Este novo decreto procura estabelecer maneiras para que os cidadãos ucranianos ou os portadores de passaportes emitidos pelas repúblicas separatistas apoiadas pela Rússia e que se encontram nas quatros regiões reivindicadas pelo país, possam iniciar o processo para se tornarem cidadãos russos ou legalizarem seu status com o governo russo.
Neste decreto também comunica que quem não tomar essas medidas até o dia 1° de julho do ano que vem (2024) passará a ser considerado cidadão estrangeiro e se encontrará sob o risco de ser deportado do território que a Rússia considera seu.
A partir deste decreto, as autoridades também terão o poder de deportar as pessoas que se encontram nas quatros regiões, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, se elas forem consideradas ameaça a segurança nacional do país ou se elas participarem de protestos não autorizados como se encontra escrito no decreto.
Homens caminhando em meios aos destroços da Guerra na Ucrânia. (Foto: Chris McGrath/Getty Images)
Enquanto isso, Kiev se posicionou e declarou que retomará as quatros regiões ocupadas pela Rússia. E acusou Moscou de tentar intimidar os cidadãos pressionando para aceitarem o decreto e assim se tornarem cidadãos russos.
A Guerra na Ucrânia começou quando o presidente Putin autorizou a invasão pelo leste do país ucraniano, onde se localizam as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk a partir de uma ação militar.
No dia 05/10 de 2022, o presidente Vladimir Putin anexou oficialmente as quatros regiões ucranianas, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia como parte do território russo.
Em Fevereiro deste ano (2023) a Guerra na Ucrânia completou um ano e não tem previsão para terminar.
Foto Destaque: Presidente da Rússia Vladimir Putin. Reprodução: Yuri Kochetkov/AFP
