Rodrigo Maia processa por stalking casal que o hostilizou em hotel

Juliana Gomes Por Juliana Gomes
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O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB-RJ), pediu à Polícia Civil para investigar o casal que o hostilizou em hotel na Praia do Forte, no litoral norte da Bahia, pelo crime de stalking (perseguição). Ele requereu também à Justiça que os condene por injúria e difamação pelas ofensas recebidas em público.

O deputado e a esposa, advogada Vanessa Canado, foram abordados durante o café da manhã no dia 20 de novembro, no Hotel Tivoli, por Tamara Renno e Hélio Camargo Junior, que filmou o ataque. Tamara acusou Maia de ter roubado a população brasileira e de ter atrasado o país, e Hélio o chamou de “pilantra“. Também perguntaram à advogada se “é gostoso ser casada com bandido”. O congressista reagiu fazendo a letra “L” com a mão, se referindo ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu com o apoio de Maia.  Ele junto com a companheira pediram licença e que parassem com as ofensas, mas os atacantes continuaram.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Rodrigo Maia é hostilizado em resort na Bahia <a href=”https://t.co/QDZftL77Sj”>pic.twitter.com/QDZftL77Sj</a></p>&mdash; BNews (@bnews_oficial) <a href=”https://twitter.com/bnews_oficial/status/1594337953571999745?ref_src=twsrc%5Etfw”>November 20, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Vídeo de Rodrigo Maia e a advogada Vanessa Canado sendo hostilizados durante café da manhã (Foto: Reprodução/Twitter)


Hélio e Tamara, após o registro de ocorrência policial, foram identificados por dados fornecidos pelo hotel. O deputado disse, no pedido de investigação, que a abordagem foi “intimidatória e agressiva” contra a própria integridade e a da companheira e que “desencadeou uma onda de xingamentos generalizados, a qual foi registrada em mais e mais vídeos”. 

Os advogados, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que representam Maia afirmam, na peça enviada à polícia, que o compartilhamento das imagens em redes sociais pelos agressores intensificam a perseguição contra as vítimas, “para mantê-las em constante estado de abalo psicológico”. 

A defesa do deputado disse que “o presente caso, como visto, ao que tudo indica, trata de ambos os casos de stalking, tanto presencial quanto virtual, na medida em que os ataques se iniciam pessoalmente, mas são renovados com a divulgação dos vídeos e posterior desencadeamento proposital de onda de compartilhamentos”. O crime de stalking, definido como perseguir alguém constantemente e por qualquer meio (se for pela internet, é considerado cyberstalking), foi incluído no ano passado na legislação brasileira. 

Também foi enviada, pelos advogados de Maia, uma queixa-crime ao Juizado Especial Criminal de Mata de São João, na Bahia, pedindo a abertura de uma ação e condenação dos agressores por injúria e difamação. O congressista fala no documento que a abordagem foi desproporcional e extrapolou os direitos à crítica e à opinião. O pedido diz que “Os querelados, sem qualquer provocação anterior, passaram a proferir uma série de ofensas gratuitas e deliberadas em desfavor do ora querelante [Rodrigo Maia]. É evidente, portanto, que os insultos não tiveram outro intuito senão o dolo específico de ofender a dignidade e a honra do querelante”. 

Hélio Camargo Junior é, de acordo com os registros públicos da Receita Federal, sócio de três empresas, duas delas estando na lista da Dívida Ativa da União, com débitos tributários superiores a R$ 1 milhão. Na terceira empresa, ele é sócio de um empresário que foi condenado, em 2017, a três anos e meio de prisão por crime contra a ordem tributária. Além disso, a empresa foi considerada, pela Receita Federal em 2019, inapta por omissão de declarações.

 

Foto destaque: Deputado Federal Rodrigo Maia (Foto: Reprodução/Poder 360)

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