Ronaldinho Gaúcho nega à CPI ser sócio e dono de empresa investigada

Jadson Trajano Por Jadson Trajano
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Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador de futebol, declarou nesta quinta-feira (31), no depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara, não ser o proprietário nem sócio da empresa 18K Ronaldinho, que tem sido alvo de investigação por supostas fraudes com investimentos em criptomoedas. De acordo com Ronaldinho, seu nome teria sido usado indevidamente por criminosos. 

“Diferentemente do que se está sendo falado por esta CPI, falo que não sou o proprietário dessa empresa 18k Ronaldinho, logo também não sou sócio da mesma. Rafael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino são os respectivos sócios dessa empresa. Indevidamente, eles utilizaram o meu nome para criar esse nome fantasia desta empresa. Nunca tive participação de empresa” disse o ex-jogador. 

As afirmações foram feitas por Gaúcho inicialmente à CPI. Logo em seguida, Ronaldinho permaneceu em silêncio e não respondeu a nenhum dos questionamentos feitos pelos integrantes da comissão. No Supremo Tribunal Federal (STF), ele conseguiu uma decisão que o permitia permanecer em silêncio diante de situações que viessem a incriminá-lo.  

Suspeita

O ex-jogador foi intimado a prestar esclarecimentos por hipótese de estar envolvido com fraudes envolvendo a empresa 18k Ronaldinho. De acordo com investigações, ele seria um dos donos da organização. Quem fez a convocação foi o relator da comissão, deputado Ricardo Silva do PSD-SP.


Ronaldinho Gaúcho é investigado em suspeita de fraude. (Foto: Reprodução/assessoria de comunicação/Anoreg RS)


“A companhia alegava trabalhar com trading e arbitragem de moedas digitais e garantia a seus clientes lucros de até dois porcento ao dia, suspostamente firmado em transações com dinheiro digital, o que despertou suspeitas de se tratar de uma pirâmide monetária, devido as falsas promessas de resultados bons e rápidos” declarou o requerimento de convocação. 

O jogador na CPI

Ronaldinho não havia comparecido a outras duas convocações e, de acordo com a direção da CPI, ele poderia ser levado a comparecer à comissão de maneira coercitiva, ou seja, levado em companhia de agentes policiais, caso não estivesse na sessão desta quinta-feira. 


Ronaldinho Gaúcho. (Foto: Reprodução/EFE/Nathalia Aguilar)


O jogador falou no último dia 24 que não conseguiria comparecer em Brasília, em virtude do clima, que teve que cancelar voos em Porto Alegre próximo da sessão. Porém, na semana anterior Ronaldinho disse não haver recebido nenhuma notificação a tempo do agendamento.

 

 

 

Foto Destaque: Ronaldinho foi convocado a comparecer na CPI para prestar esclarecimento. Reprodução/Globo

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