Seca no Iraque revela ruínas de mais de 3.400 anos

Diellen Grisante Por Diellen Grisante
2 min de leitura

Localizado às margens do Rio Tigre ,na cidade de Mossul, na região do Iraque, arqueólogos descobriram uma cidade submersa que acreditam ser a cidade de Zakhiku, que na época foi um importante centro comercial entre os anos 1550 e 1350 a.C. O Iraque está passando por períodos de seca extrema, fazendo com que o nível da água fique muito baixo, por um lado é preocupante para a cidade, mas também gerou uma oportunidade para equipes de arqueologia aproveitarem para mapear o local e começar as investigações.

Durante as escavações foram encontrados um palácio e vários edifícios, além disso cerca de 100 vasos com placas que continham escrituras cuneiformes, muito usados na época. Segundo o arqueólogo Peter Pfälzner “É quase um milagre que escrituras cuneiformes feitas de argila crua tenham sobrevivido tantas décadas por baixo de água”, explicou ele. 


Arqueologos trabalhando nas ruínas (Foto: Reprodução/ Universities of Freiburg and Tübingen, KAO)


Antes da construção da barragem, no ano de 2018, o local já tinha sido estudado, quando as águas do reservatório foram drenadas o suficiente para a  descoberta do palácio, dessa vez o nível ficou tão baixo que foi possível visualizar a cidade quase inteira.

Segundo estudos um grande terremoto atingiu a região, derrubando as construções, forçando os moradores a abandoná- los, mas só foi possível proteger os artefatos por conta dos escombros dos edifícios desmoronados. A cidade foi considerada importante pelo fato de pertencer ao império Mitani, o reino da Mesopotâmia naquela época.

Financiado pela Fundação Gerda Henkel, para evitar possíveis estragos futuros nas ruínas, pela subida do nível das águas, os arqueólogos recolheram uma grande quantidade de material para estudo e  decidiram cobrir o local com lonas de plástico e uma cama de cascalho. 

 

Foto de destaque: Cidade explorada pelos arqueologos ( Foto: Reprodução/ Universities of Freiburg and Tübingen, KAO)

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