O pedido de autorização do Touro de Ouro deveria ser feito para a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), o colegiado que regula a instalação de estátuas temporárias na cidade de São Paulo, mas não havia sido protocolado até a última quinta-feira (18).
O órgão da CPPU é responsável pela análise de inserção de novos itens na cidade de São Paulo, já que a Lei Cidade Limpa proíbe poluição na paisagem. Por este motivo, todas as estátuas e eventos sazonais precisam ser submetidos a esta análise. Porém, o Touro de Ouro, que está localizado em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, não recebeu nenhum pedido de análise.
Touro de Ouro da Wall Street (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Segundo a empresa que estava responsável por entrar com esse pedido, a DMAISB Arquitetura e Construção, entrou com o pedido após descobrirem que o Touro estava irregular e agora está esperando uma reunião do conselho da Comissão, mas ainda está sem data marcada.
Além do pedido para a autorização da estátua na Rua XV de Novembro. também entraram com uma solicitação para sua instalação em outros locais, como a Subprefeitura da Sé e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) para que a arte seja transformada em um evento temporário que passa por vários locais, assim como ocorreu anteriormente com a Cow Parade, em 2017, que passou por 45 cidades diferentes ao redor do mundo.
A escultura do Touro de Ouro promete ser um dos novos ponto turístico no centro da cidade, sendo uma parceria entre o artista Rafael Brancatelli, o investidor Pablo Spyer e a B3 (Bolsa de valores).
B3 inaugura estátua dourada de touro em frente ao seu prédio
Manifestantes protestam contra a fome em frente a Bolsa
Pobreza extrema: Auxílio Brasil deixará milhões desassistidos
Lembrando que apenas um dia após ser estreado, o Touro foi vandalizado por protestantes que diziam que para a Bolsa de Valores a estátua simboliza a força do mercado financeiro, mas para os protestantes ele é um símbolo da miséria e superexploração do trabalho.
Foto Destaque: Reprodução/Seu Dinheiro