Nesta quarta-feira (29), os ataques com balões cheios de lixo como sapatos velhos, garrafas plásticas e fezes, continuaram a ser enviados à Coreia do Sul. Segundo os militares, entre ontem (28) e hoje, foram detectados pelo menos 250 balões chegando ao país.
O envio não é um ato isolado
O governo norte-coreano se pronunciou, colocando em cheque que mais dezenas de ataques do mesmo porte podem ser esperados através da cidade de Pyongyang, uma das mais antigas da Coreia do Norte.
Kim Yo-Jong, irmã de Kim Jong-Un, líder do país, completou a fala na mídia estatal KCNA, dizendo que a Coreia do Sul é “vergonhosa e descarada” por criticar o envio dos artefatos, enquanto defende a liberdade de expressão dos seus residentes.
Kim Yo-Jong, irmã de Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte (Foto/Reprodução/ Bloomberg/Getty Images embed)
Retaliação
Os dois países vivem uma grande divisão política, a animosidade entre as nações é reconhecida mundialmente. O país da metade sul da península coreana não fica para trás. Nos últimos anos, chegaram aos norte-coreanos balões com artefatos diferentes: panfletos promovendo informações negativas sobre o governo de Kim Jong-Un, cartões de memórias com músicas do tradicional gênero K-pop (já que o ritmo é proibido na Coreia do Norte), remédios e outros objetos para desfazer do regime que tenta garantir a lealdade e a conformidade ideológica da população a todo custo.
Mas, diferente do Norte, o governo da Coreia do Sul aposta em uma postura mais diplomática e não incentiva o ato dos ativistas. Cogitou até uma lei proibindo o envio desses balões, mas o projeto não avançou por ser considerado contra a liberdade de expressão dos cidadãos. A visão estatal é que tais atos não levam à pacificação.
Recomendação sul-coreana
o comunicado oficial da Coreia do Sul, emitido pelos militares diz que “Estes atos da Coreia do Norte violam claramente o direito internacional e ameaçam seriamente a segurança do nosso povo”.
A recomendação do governo é que os moradores liguem para a polícia imediatamente e não se aproximem, dada a postura rígida da Coreia do Norte, para evitar danos a integridade física dos sul-coreanos.