Nesta quinta-feira (3), o corpo do icônico jornalista Cid Moreira, que faleceu aos 97 anos, foi conduzido ao Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, pela Guarda de Honra da Polícia Militar. A cerimônia, em homenagem a um dos nomes mais respeitados da comunicação brasileira, foi marcada por emoção e tributos, com a presença de familiares, amigos e personalidades da mídia. Parte do velório foi realizada em caráter reservado, a pedido da família, mas foi aberta ao público a partir das 10h da manhã.
O corpo de Cid Moreira, que já havia passado por um primeiro velório na noite anterior no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, será enterrado em sua cidade natal, Taubaté, no interior de São Paulo. Segundo Fátima Sampaio, viúva do jornalista, o desejo de Cid era ser enterrado ao lado de sua primeira esposa, filha e neto. A data e o local exato do sepultamento ainda não foram divulgados.
Homenagens e tributos no Palácio Guanabara
A chegada do corpo ao Palácio Guanabara foi marcada por uma escolta especial, realizada por seis integrantes da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar, que conduz os serviços de segurança no palácio. A despedida no local foi acompanhada de homenagens de colegas de profissão e fãs, que reconheceram a imensa contribuição de Cid ao jornalismo brasileiro. Em Petrópolis, cidade onde o jornalista viveu seus últimos anos, o prefeito decretou luto oficial de três dias em homenagem à sua trajetória e legado.
Entre as várias homenagens, destacam-se as palavras dos atuais apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, que lembraram o carisma, a presença marcante e o inconfundível “Boa Noite” de Cid Moreira, que por 26 anos marcou as noites dos brasileiros à frente do telejornal. Bonner mencionou a capacidade de Cid de permanecer relevante mesmo após deixar o Jornal Nacional, com participações no programa Fantástico e em outros formatos. Renata destacou a combinação única de seriedade e leveza, que fez de Cid uma figura respeitada e querida por milhões de brasileiros.
Cid Moreira: um ícone eterno do jornalismo brasileiro
Cid Moreira, com sua voz marcante e postura firme, se consolidou como um dos principais ícones do telejornalismo no Brasil. Ao longo de sua carreira, ele construiu uma imagem de seriedade, mas sempre com um toque de simpatia e proximidade que conquistou o público. Sua trajetória à frente do Jornal Nacional, programa que ajudou a consolidar como o principal telejornal do país, foi repleta de momentos históricos e contribuiu para a formação da opinião pública em momentos decisivos do Brasil.
Ao longo de sua carreira, Cid não apenas informava, mas também conquistava a confiança dos telespectadores, sendo uma voz que ecoou na casa de milhões de brasileiros. Mesmo após se afastar do comando do telejornal, sua presença continuou a ser relevante, com participações que exploraram um lado mais leve e descontraído do apresentador, como em quadros de humor e narrações icônicas.