Exército prepara celas para possível prisão de Bolsonaro e militares 

Sofia Souza Por Sofia Souza
3 min de leitura
QG do Exército prepara celas para eventuais prisões de militares investigados. Foto: Reprodução/Freepik

À pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), as Forças Armadas do Exército preparam novas celas no Quartel General (QG), em Brasília, para a eventual prisão do ex-presidente Bolsonaro e militares que prestarão depoimento nesta quinta-feira (22) à Polícia Federal. 

De acordo com a revista Veja, uma fonte do Exército confirmou que uma espécie de alojamento localizado no Comando Militar do Planalto, dentro do QG em Brasília, está recebendo melhorias para a possível prisão de generais do alto comando que estão sendo investigados pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as prisões”, disse a fonte à revista Veja.

Quem prestará depoimento nesta quinta-feira

Ao todo 23 investigados terão que se apresentar à Polícia Federal nesta quinta-feira (22), desses, 13 prestarão depoimento na sede da PF em Brasília. Vale ressaltar que todos os investigados depõem simultaneamente às 14h30, no horário de Brasília. 


Jair Bolsonaro prestará depoimento à PF nesta quinta-feira (22). (Foto: Reprodução/Sergio Lima/AFP)

Entre esses, Jair Bolsonaro é um dos investigados que terá que falar à PF, no entanto, de acordo com a defesa, o ex-presidente ficará em silêncio durante todo o depoimento. Além dele, também compõe a lista de investigados que terão que prestar esclarecimentos à PF: Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha e o general Walter Braga Netto, ex- ministro da Casa Civil,  da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. 

A investigação

De acordo com as apurações da Polícia Federal, o núcleo em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro organizava e projetava a disseminação de uma possível fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo do pleito, atuando assim, como uma organização criminosa que tentou viabilizar e legitimar a tomada do Estado Democrático de Direito. 

Além disso, as investigações também afirmam a existência de pelo menos três planos planejados pelos golpistas  contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. 

Em entrevista ao Globo, Moraes revelou que, segundo as investigações, os planos planejados contra ele foram desde a pretensão de que as Forças Especiais do Exército o prenderiam e o levariam para Goiânia, até o seu enforcamento na Praça dos Três Poderes.

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