Javier Milei criticou a decisão do Brasil de bloquear temporariamente o X, acusando o presidente Lula de exercer “opressão típica de tiranos”. Segundo Milei, essa medida representa um ataque direto às liberdades civis e uma tentativa de controlar a informação. Embora o governo brasileiro defenda o bloqueio como uma ação necessária para combater a disseminação de desinformação e discurso de ódio, Milei vê na decisão uma violação dos princípios democráticos, que deveriam assegurar a liberdade de expressão e a transparência na comunicação.
Bloqueio do X no Brasil
O bloqueio temporário do X ocorreu em meio a um debate acirrado sobre os limites da liberdade de expressão online no Brasil. A rede social foi alvo de uma ação judicial que exigia a retirada de conteúdos falsos e prejudiciais, que estariam incentivando desinformação e polarização política. O presidente Lula apoiou essas medidas como parte de um esforço maior para combater o discurso de ódio e as fake news, especialmente em períodos eleitorais.
Para Javier Milei, a situação exemplifica o que ele classifica como abuso de poder. O político argentino, conhecido por suas declarações polêmicas e postura radical, aproveitou a oportunidade para reforçar sua plataforma de defesa das liberdades individuais e contra o que chama de “interferências autoritárias” dos governos na vida privada.
Milei e a política de enfrentamento
Com as eleições argentinas se aproximando, Milei tem intensificado seu discurso contra líderes da esquerda latino-americana, como Lula e o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Suas falas são um reflexo de sua promessa de combater o que ele chama de “avanço do socialismo” no continente. O candidato tem ganhado popularidade ao adotar uma postura firme contra qualquer forma de intervenção estatal, e a questão do bloqueio do X no Brasil parece ser mais um elemento que ele usará para galvanizar sua base de eleitores.
Para os apoiadores de Milei, suas críticas a Lula e à decisão de bloquear a rede social reforçam sua imagem de defensor das liberdades civis. Já para os críticos, suas posições podem ser vistas como um incentivo à desinformação e à polarização, em um momento delicado para a democracia brasileira.