Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14) no Rio de Janeiro aos 84 anos. O diretor de cinema sofreu complicações na realização de uma cirurgia e não resistiu. O hospital em que ele estava e o procedimento a que foi submetido não foram informados.
O velório está previsto para acontecer nesta tarde na Academia Brasileira de Letras, da qual o cineasta ocupava a sétima cadeira desde agosto de 2018. A academia está localizada no Palácio Petit Trianon, na Avenida Presidente Wilson, 203, no centro do Rio de Janeiro.
Carlos José Fontes Diegues era natural de Maceió e nasceu no dia 19 de maio de 1940. Aos seis anos de idade, se mudou para o bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, ao qual passou a infância e adolescência.
Diegues foi um dos precursores do chamado “Cinema Novo”, mesmo movimento de cineastas como Glauber Rocha (“Deus e o Diabo na Terra do Sol”), Leon Hirzman (“Eles Não Usam Black Tie”) e Paulo César Saraceni (“Porto das Caixas”).
Filmes
Em sua trajetória, Cacá Diegues fez mais de 20 obras de longa-metragem. Algumas das principais são “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Veja Esta Canção” (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é Brasileiro” (2003).
Desta forma, o diretor recebeu uma homenagem na 11º edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado em 2012.
Enredo de Escola de Samba
A escola de Samba Inocentes de Belford Roxo homenageou Cacá Diegues em sua apresentação do carnaval de 2016, com o enredo “Cacá Diegues – Retratos de um Brasil em Cena”
Na época, Cacá desfilou no último carro, definiu a apresentação como um “grande encontro familiar” e afirmou ter sido “um prazer inenarrável”. O enredo foi assinado pelo carnavalesco Márcio Puluker.
O cineasta deixa quatro filhos e três netos. Dois dos filhos são fruto de seu casamento com a cantora Nara Leão, que durou de 1967 a 1977. Diegues era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães.