Nesta quarta-feira (08), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, se pronunciou sobre a tragédia que o Rio Grande do Sul vem enfrentando devido às fortes chuvas e às enchentes.
Guterres destacou que o acontecimento é consequência direta das mudanças climáticas que o mundo vem enfrentando por conta do desmatamento e da emissão de gases no ar, além disso, informou que a organização deseja ajudar o Brasil se for solicitado.
A declaração
A nota foi divulgada pelo porta-voz do secretário, Stéphane Dujarric, onde ele lamenta todas as mortes e danos causados na região e presta solidariedade às famílias atingidas e ao povo brasileiro.
Guterres ao comentar sobre as inundações, evidenciou que isto é uma ação provocada pelo efeito do clima do planeta que vem apresentando instabilidades desde o ano passado, e que um desastre nesse nível poderia ser evitado com mudanças.
“Catástrofes como esta são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência”.
António Guterres, secretário-geral da ONU
O secretário também declarou que a equipe da ONU estará a postos para ajudar os municípios gaúchos se o governo protocolar um pedido a organização. Ele termina a nota fazendo um apelo para que as nações internacionais comecem a conter com mais afinco os efeitos das mudanças climáticas para que outra tragédia não se repita.
Atualizações do RS
A Defesa Civil lançou um novo pronunciamento sobre a situação atual do estado gaúcho, o número de cidades atingidas subiu para 85%, o que equivale a 425 municípios. Somente 72 cidades não apresentaram problemas devido ao clima, e cerca de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pela catástrofe.
O número de mortes subiu para 107, com 374 feridos e 136 desaparecidos. Segundo dados divulgados pelo governo do Rio Grande do Sul, as chuvas podem piorar e causar novos problemas. Uma frente fria deve chegar no sábado (11) e afetar as áreas do centro-sul e norte do estado, já no domingo (12), todo o estado deve enfrentar novos temporais com alto volume de chuvas e novos estragos. É recomendado que a população não fique em áreas de risco e siga as orientações da defesa civil.