Polícia do RJ defende megaoperação e diz ao STF que seguiu protocolos

Relatório enviado ao STF explica por que a operação buscou reduzir riscos nas comunidades e detalha como as ações podem aumentar a segurança dos moradores

18 nov, 2025
Megaoperação RJ | Reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed
Megaoperação RJ | Reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed

A Polícia Civil do Rio de Janeiro enviou, na última segunda-feira (17), um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal. O objetivo do documento é justificar a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão no fim de outubro. E ficou claro na defesa do órgão que a ação foi necessária porque a região abrigava líderes de facção armada e apresentava risco de confronto com forças de segurança.

Logo após a entrega do relatório, a corporação explicou que a operação foi planejada com base em investigações longas e detalhadas, conduzidas em parceria com o Ministério Público. A intenção, segundo o texto, era cumprir mandados contra suspeitos que estavam escondidos nas comunidades e impedir o avanço das atividades criminosas na região.

A operação foi considerada necessária

A Polícia Civil afirma que meses de investigação mostraram que a área funcionava como base de uma facção que domina partes da Zona Norte. O relatório menciona suspeitos com extensa ficha criminal, apontados como responsáveis por comandar atividades armadas e impor regras locais com violência.


Policiais em megaoperação no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/ Getty Images Embed)


Os investigadores afirmam que esse grupo usava armas de alto calibre, drones, câmeras e rádios para vigiar entradas e saídas das comunidades, dificultando qualquer ação policial. Segundo o documento enviado ao STF, esse cenário levou as equipes a concluírem que a operação era urgente.

A corporação relata que havia 51 mandados de prisão pendentes contra integrantes da organização criminosa. Entre os alvos, estavam líderes considerados estratégicos para a manutenção das atividades do grupo. Além disso, o relatório destaca que a operação foi planejada com supervisão jurídica. Houve comunicação prévia ao Ministério Público e acompanhamento de promotores, seguindo regras estabelecidas pelo próprio Supremo.

Resultado da operação e consequências para a população

De acordo com a Polícia Civil, a ação resultou no cumprimento dos 51 mandados de prisão e em mais de 140 buscas. No total, 17 pessoas foram presas por ordem judicial e outras 83 foram detidas em flagrante. Também houve apreensão de armas, munições, drogas e veículos. Para os moradores, a expectativa é que o aumento de apreensões e prisões ajude a diminuir a circulação de armas e, consequentemente, reduza episódios de violência.

A corporação afirma que o objetivo é trazer mais segurança para quem vive na região, já que a retirada de armamento pesado e líderes criminosos tende a enfraquecer a estrutura local do grupo investigado. A Polícia Civil diz ainda que pretende manter ações de acompanhamento para evitar que a facção retome o controle territorial.

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