Conhecido como um dos maiores atentados escolares no Brasil, o episódio do Massacre de Realengo ficou marcado na história do país. Há 13 anos atrás, no dia 7 de abril de 2011, ocorreu uma tragédia na Escola Municipal Tasso de Oliveira, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que matou 12 adolescentes. O autor do crime foi um ex-aluno, que após invadir a escola, matar crianças e ferir 10 jovens, se suicidou.
Memória das 12 vítimas
Neste último domingo (7), familiares e amigos das vítimas do massacre se reuniram em uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Realengo, para homenagear a memória das crianças que morreram naquele mesmo dia, 13 anos atrás. Durante a homenagem, jovens que estavam iniciando a catequese seguraram cartazes com nome e idade de todos os adolescentes assassinados: Luiza Paula, 14 anos, Karina Chagas, 14, Larissa dos Santos, 13, Rafael Pereira, 14, Samira Pires, 13, Marina Rocha, 12, Ana Carolina, 12, Bianca Rocha, 13, Géssica Guedes, 15, Laryssa Silva, 13, Milena dos Santos, 14, e Igor Moraes, 13.
A memória das crianças é relembrada não só em datas, mas também o ano todo. Os familiares das vítimas criaram o projeto Anjos de Realengo, que funciona como rede de apoio e incentiva políticas públicas direcionadas a evitar massacres em escolas no Brasil. Além de trazer o nome e idade dos jovens que morreram na escola, familiares e amigos das vítimas vestiram camisas com o rosto dos 12 adolescentes.
O caso
No dia 7 de abril de 2011, um ex-aluno da Escola Municipal Tasso Oliveira, de 23 anos, se apresentou no portão como palestrante e conseguiu entrar na escola. O colégio estava comemorando 40 anos de funcionamento e chamou ex-alunos para palestrar sobre suas vidas depois que saíram da escola.
O atirador carregava em sua mochila dois revólveres, que usou à queima roupa contra os 12 adolescentes. Segundo relatos de presentes no local, ele atirava nas meninas na cabeça e nos meninos no corpo. Quando a polícia entrou na escola, o criminoso levou um tiro na barriga e em seguida se matou com um tiro na cabeça. Durante a investigação policial, foi encontrada uma carta em sua casa em que o atirador diz ter sido vítima de bullying na escola.