Terremoto de magnitude 6,3 atinge o norte do Afeganistão
Norte do país foi afetado pelo terremoto, causando destruição em várias províncias, interrompe fornecimento de energia e deixa Cabul às escuras
Na madrugada desta segunda-feira (03), um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o norte do Afeganistão, perto da cidade de Mazar‑i‑Sharif, de acordo com o United States Geological Survey (USGS). O tremor, ocorrido a cerca de 28 km de profundidade, deixou ao menos vinte pessoas mortas e aproximadamente 320 feridas, segundo as autoridades locais.
Atingindo áreas próximas à província de Balkh, o tremor foi sentido também em países vizinhos como Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. Relatos apontam que a “Mesquita Azul”, um importante local histórico, sofreu “graves danos”.
Danos, caos e evacuação imediata
Relatos de moradores relatam momentos de pânico: “Minha família acordou apavorada… os filhos iam escada abaixo gritando”, disse uma residente de Mazar-i-Sharif à imprensa. Janelas quebradas e gesso caído nas paredes marcaram os danos em residências.
Equipes de emergência em balkh e na vizinha província de Samangan já trabalham no resgate e atendimento aos feridos. A baixa participação em preparativos para desastres naturais em regiões montanhosas do Afeganistão aumenta o risco de que casas simples entrem em colapso ou fiquem inacessíveis após tremores.
Câmeras de segurança registraram o momento dos tremores (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)
Contexto geológico e histórico de tremores no Afeganistão
O Afeganistão é uma área altamente ativa em termos sísmicos. Em agosto, um terremoto de magnitude 6,0 matou mais de 2,2 mil pessoas no leste do país. Em outubro de 2023, outro terremoto de magnitude 6,3 ocorreu no oeste do país, matando mais de 2 mil pessoas.
Especialistas alertam que a combinação de estruturas frágeis, pouco reforçadas e sistemas de resposta de emergência limitados torna as comunidades vulneráveis a cada novo evento. O atual tremor, embora de magnitude moderada em escala global, assume impacto elevado em regiões com baixa infraestrutura e pronta resposta debilitada.
