Presidente dos EUA anuncia nova tarifa sobre caminhões médios e pesados

Medida busca proteger indústria nacional e caminhoneiros, mas reacende tensões comerciais e preocupa setores que dependem de veículos importados

07 out, 2025
Donald Trump | Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed
Donald Trump | Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (6) que uma tarifa de 25% será aplicada a todos os caminhões médios e pesados importados a partir de 1º de novembro. O anúncio, feito por meio de sua rede social, tem como objetivo proteger fabricantes nacionais como Peterbilt, Kenworth, Freightliner e Mack Trucks, além de garantir a saúde financeira dos caminhoneiros americanos.

Trump já havia sinalizado a medida em setembro, mas com previsão de início em 1º de outubro. O novo prazo foi divulgado com a justificativa de garantir tempo hábil para adaptação do setor e reforçar a segurança econômica do país. Segundo o presidente, a decisão responde à “inundação em larga escala” de produtos estrangeiros no mercado interno.

Indústria nacional recebe incentivo, mas importadores reagem

De acordo com o governo, a medida fortalece a indústria nacional e protege empregos em setores estratégicos. Trump destacou que a tarifa é essencial não apenas por questões econômicas, mas também de segurança nacional. “Precisamos proteger nosso processo de fabricação”, escreveu o presidente.


 Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

Fabricantes americanos elogiaram a decisão, enquanto representantes do setor de importação demonstraram preocupação. Para empresas que dependem de caminhões estrangeiros, o aumento repentino nos custos pode impactar diretamente a cadeia de suprimentos e atrasar entregas em setores logísticos, agrícolas e da construção civil.

Especialistas veem risco de tensão comercial e aumento de preços

Analistas alertam que a nova tarifa pode acirrar as relações comerciais com países exportadores, como China, México e Alemanha, além de elevar os preços finais dos caminhões no mercado americano. O temor é de que a medida, embora beneficie os fabricantes locais, resulte em retaliações comerciais e desequilíbrios no comércio internacional.

Trump, no entanto, mantém-se firme na defesa de políticas protecionistas. “Nossos caminhoneiros devem ser fortes e saudáveis. Não podemos deixá-los à mercê de práticas injustas”, declarou. O impacto da medida deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que o mercado se ajusta à nova regra e os países afetados reagem.

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