Justiça Eleitoral torna Pablo Marçal inelegível até 2032
Pablo Marçal, empresário e filiado ao PRTB, foi condenado pela terceira vez à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral de São Paulo, em razão de irregularidades cometidas durante sua campanha à Prefeitura da capital paulista em 2024. A decisão mais recente, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, aponta práticas como abuso de poder econômico, uso indevido […]
Pablo Marçal, empresário e filiado ao PRTB, foi condenado pela terceira vez à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral de São Paulo, em razão de irregularidades cometidas durante sua campanha à Prefeitura da capital paulista em 2024. A decisão mais recente, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, aponta práticas como abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Apesar de ser a terceira condenação, o tempo de inelegibilidade não é acumulativo, o que significa que Marçal permanecerá impedido de disputar eleições até 2032.
Condutas ofensivas e estratégias digitais
Entre os comportamentos considerados mais graves estão ataques a adversários políticos, como a acusação de que Guilherme Boulos seria usuário de drogas, além de insinuações de corrupção envolvendo a Justiça Eleitoral e a candidata Tábata Amaral. O juiz também destacou que Marçal violou o princípio da igualdade entre os candidatos ao incentivar eleitores a produzirem e distribuírem materiais de campanha por conta própria, transferindo a eles os custos e obrigações legais.
Durante o período eleitoral, Marçal também promoveu sorteios de brindes e dinheiro para aumentar seu engajamento nas redes sociais. Após ter seus perfis suspensos temporariamente, passou a utilizar influenciadores digitais para continuar divulgando sua candidatura. Mesmo sem ter avançado ao segundo turno, o juiz considerou que a gravidade das ações justificava a condenação.
Marçal reage à decisão e enfrenta histórico de condenações eleitorais
Em nota, Marçal afirmou que recebeu a decisão com tranquilidade e reafirmou sua confiança na Justiça, acreditando que as instâncias superiores poderão reverter a sentença.
As outras duas condenações envolvem práticas semelhantes. Em uma delas, ele foi acusado de oferecer apoio político em troca de doações financeiras. Na outra, foi responsabilizado por impulsionar sua candidatura irregularmente nas redes sociais, atingindo milhões de pessoas. Uma dessas decisões também impôs multa de R$ 420 mil. As ações foram movidas por adversários políticos, como o PSB, partido de Tábata Amaral.
