Cientistas temem que bactéria causadora de IST se torne ultrarresistente

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
2 min de leitura

Existe uma preocupação na comunidade científica muito comum, a evolução de micro-organismos e consequentemente a criação de resistência aos antibióticos que os exterminam. Esse fato é uma realidade e foi apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais preocupações na saúde mundial, o desenvolvimento de super bactérias.

O foco de preocupação de cientistas no momento é a bactéria o Mycoplasma genitalium, responsável por ocasionar uma infecção sexualmente transmissível (IST) sem nome, abortos ou até mesmo nascimentos prematuros. Ela é conhecida pela resistência praticamente imbatível a todos os antibióticos já criados para eliminá-la.

Desde sua descoberta em 1980 em Londres, é feito um trabalho incansável em descobrir como tratá-la e fazer com que não evolua para um perigo mundial de grande escala. Até hoje, só existe um teste no mundo para obter o diagnóstico e foi aprovado somente em 2019. Contudo, só está disponível nos Estados Unidos.


Mycoplasma genitalium segurada por um cientista (Foto: Reprodução/Quero Viver Bem)


Além de provocar abortos espontâneos e nascimentos prematuros, a Mycoplasma genitalium é capaz de causar infertilidade e outros problemas como uretrite não específica em homens e doença inflamatória pélvica.

A principal transmissão ocorre por meio de relações sexuais e pode ter como consequência passar da mãe para o bebê. Alguns dos principais sintomas dessa IST, são:

  • Sangramento e inchaço na genitália;
  • Inchaço e irritação da uretra;
  • Dores ao urinar;
  • Inflamação no colo do útero.

Vale lembrar que, por existir apenas um teste no mundo todo, é preciso ter muito cuidado ao se relacionar sexualmente sem proteção e evitar ao máximo contrair essa bactéria.

O apelo da comunidade científica ao redor do mundo é fazer com que tenha mais investimento em pesquisas, a preocupação com essa super bactéria está tomando grandes proporções desde que o avanço para combatê-la ainda seja pequeno. Dessa forma, cientistas estão atentos e cuidadosos para conseguir achar uma fraqueza e eliminá-la.

 

Foto Destaque: Reprodução/shutterstock

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